Ora, se existe tanto dinheiro público para tais fins, por que vemos tantos problemas de âmbito educacional, de moradia, de atendimento médico-hospitalar, de falta de emprego para os menos favorecidos e do aumento brutal do consumo de drogas? E além do mais, imaginem o impacto estrutural e ambiental que estas cidades sofrem; pois ao contrário do que divulgam a grande imprensa, essas cidades não tem a infra-estrutura necessária para receber tanta gente. Diga-se de passagem, que estas cidades da Região Salineira neste período carnavalesco, chegam a decuplicar a sua população.E ainda poderíamos acrescentar que, existe cidade nesta região que tem índice altíssimo de mortalidade infantil chegando a 22,7 para cada 1000 crianças nascidas vivas. Segundo a UNICEF, o máximo é 13 para cada 1000 nascimentos vivos.
Enfim, algo está errado. Agora, para fins propagandísticos todos esses elementos são considerados matéria prima para manter esses “homens bons” à frente dos municípios da região.
Contudo, como estamos no auge do carnaval da
Região Salineira, e para não perdermos o compasso e o ritmo carnavalesco
escutem essa marchinha, composta pelo grande mestre carnavalesco Capiba. E assim sendo, para fazermos uma reflexão a respeito destes desmandos
existentes na nossa imponente Região Salineira e mostrar que os menos favorecidos são “madeira que cupim não rói”,
vejam abaixo a letra e o vídeo da marchinha.
Madeira que Cupim Não Rói
Capiba
Madeira do rosarinho
Vem a cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original
Não vem pra fazer barulho
Vem só dizer... e com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão
E se aqui estamos, cantando esta canção
Viemos defender a nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não rói