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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

REGIÃO SALINEIRA: O CARNAVAL DAS MULTIDÕES???

Para muitos habitantes afro-indigenistas que sofrem as agruras e as exclusões impostas pelo modelo de administração destes “homens bons”, da Região Salineira, tanto a noção de grandiosidade econômica quanto a de ter o melhor carnaval do Estado do Rio Grande do Norte é uma saída fenomenal que eles encontraram para maquiar os verdadeiros problemas que assolam a região desde a mecanização das salinas na década de 60. Desta forma cidades como Macau, Areia Branca, Guamaré e outras mais da região aparecem nos noticiários da grande imprensa como cidades que promovem mega-eventos carnavalescos.

 
Ora, se existe tanto dinheiro público para tais fins, por que vemos tantos problemas de âmbito educacional, de moradia, de atendimento médico-hospitalar, de falta de emprego para os menos favorecidos e do aumento brutal do  consumo de drogas? E além do mais, imaginem o impacto estrutural e ambiental que estas cidades sofrem; pois ao contrário do que divulgam a grande imprensa, essas cidades não tem a infra-estrutura necessária para receber tanta gente. Diga-se de passagem, que estas cidades da Região Salineira neste período carnavalesco, chegam a decuplicar a sua população.E ainda poderíamos acrescentar que, existe cidade nesta região que tem índice altíssimo de mortalidade infantil chegando a 22,7 para cada 1000 crianças nascidas vivas. Segundo a UNICEF,  o  máximo é 13 para cada 1000 nascimentos vivos.
Enfim, algo está errado. Agora, para fins propagandísticos todos esses elementos são considerados matéria prima para manter esses “homens bons” à frente dos municípios da região.
Contudo, como estamos no auge do carnaval da Região Salineira, e para não perdermos o compasso e o ritmo carnavalesco escutem essa marchinha, composta pelo grande mestre carnavalesco Capiba. E assim sendo, para fazermos  uma reflexão a respeito destes desmandos existentes na nossa imponente Região Salineira e mostrar que os menos favorecidos são  “madeira que cupim não rói”, vejam abaixo a letra e o vídeo da marchinha. 



  Madeira que Cupim Não Rói

Capiba

Madeira do rosarinho
Vem a cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original

Não vem pra fazer barulho
Vem só dizer... e com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão

E se aqui estamos, cantando esta canção
Viemos defender a nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não rói



2 comentários:

  1. olhe ai o homem! Até que enfim encontrei...

    Grande amigo, em alguns passagens que ocorrem comigo, lembro-me daquelas nossas conversas e debates sobre assuntos diversos (política, sociedade, cultura, educação e até mesmo assuntos do dia-a-dia).
    A tempos venho buscando um contato com vc, mas, não tive êxito.
    Até que me encontrei com Edilson (o "coisa" do quarteto) e ele me passou três números de telefone seu, mas nenhum deles deu certo. Então tive a oportunidade de reecontrá-lo e ele me passou o endereço eletrônico do seu blog, e aqui estou. Espero que possamos manter mais contatos e posterormente macarmos algum encontro para colocarmos os assuntos em dia!
    Valeu Luiz (fiquei na dúvida se o seu nome era com "z" ou com "s", mas me lembrei que o "z" vem de luz, então é com z mesmo!)

    De: Carpeggiane cândido
    Email: pegiane@hotmail.com

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    Respostas
    1. Olá, camarada acabei de ver a vossa mensagem.Contudo, em breve nos encontraremos.

      Valeu.
      Luiz Cláudio.

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