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quarta-feira, 27 de julho de 2022

6º ANO HISTÓRIA 27/07/2022

 

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 6º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

IMPÉRIO ROMANO





Após assistir ao vídeo -aula responda as questões abaixo:


 Praticando o Ensino- Aprendizagem

 

1.    Quem foram os indo-europeus?

2.    Conta à lenda que Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos que teriam sido amamentados por uma loba e criado por pastores.  Segundo essa mitologia, esse fato reporta a fundação de qual cidade?

3.    Quem a assembleia Curiata representava?

4.    Quais eram as classes sociais que existia na antiga Roma?

5.    Qual a classe social romana que podia ocupar cargos políticos, religiosos e militares?

6.    Como se chamava o grupo que recebia proteção dos patrícios?

7.    Quem eram os escravos?

 

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

2º ANO HISTÓRIA 22/07/2022

 

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 2º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

 

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

A Independência dos EUA foi anunciada no dia 4 de julho de 1776, no 2º Congresso Continental da Filadélfia. Os ingleses somente reconheceram a independência americana em 1783.

A Independência dos Estados Unidos foi declarada no dia 4 de julho de 1776 e colocou fim ao vínculo colonial que existia entre as Treze Colônias  (nome pelo qual a região era conhecida nesse período) e a Inglaterra. Com essa conquista, os Estados Unidos transformaram-se na primeira nação do continente americano a ter sua independência.

A nova nação que surgiu foi construída em um modelo republicano e federalista e inspirada pelos ideais iluministas que defendiam as liberdades individuais e o livre comércio, por exemplo. De toda forma, a Independência dos EUA foi encabeçada pela elite colonial, insatisfeita com a forma como a Inglaterra tratava os colonos.

A Independência dos EUA e o modelo de nação desenvolvido pelos norte-americanos no século XVIII serviram de inspiração para outras nações do continente americano. A República instaurada no Brasil, a partir de 1889, por exemplo, inspirou-se claramente no modelo norte-americano.

CAUSAS

A Independência dos EUA foi resultado direto da divergência de interesses que existia entre a metrópole (Inglaterra) e as Treze Colônias. Na segunda metade do século XVIII, a política da Inglaterra em relação às Treze Colônias alterou-se drasticamente, e isso desagradou aos colonos, motivando-os a rebelarem-se contra a Inglaterra.

O primeiro ponto relevante a ser abordado é que, durante o século XVII, a Inglaterra havia deixado de ser uma monarquia absolutista, tornando-se uma monarquia parlamentar constitucionalista, na qual a burguesia, por meio do Parlamento, controlava o país. Com o advento da Revolução Industrial, essa burguesia tinha interesse na expansão da indústria e por isso buscava novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores.

As colônias da Inglaterra, naturalmente, foram enxergadas como “fontes para alimentar o processo industrial inglês”, conforme definiu o historiador Leandro Karnal. 

 

 Além disso, ao longo do século XVIII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos que aumentaram peso dos impostos para os colonos.

Ao longo do século XVIII, a Inglaterra envolveu-se nas seguintes guerras:

 Guerra da Liga de AugsburgoGuerra da Secessão EspanholaGuerra da “Orelha de Jenkins”, Guerra do Rei JorgeGuerra Franco-Índia e Guerra dos Sete Anos.

 

A soma desses conflitos, para a Inglaterra, foi positiva, pois esses contribuíram para enfraquecer a França na América e aumentaram as posses territoriais dos ingleses.

 

Com a ocorrência de tantas guerras, a Inglaterra optou por manter um exército permanente nas Treze Colônias, o que representava um custo de 400 mil libras anuais para os colonos. Isso aumentou o impacto financeiro para esse último, criando um desgaste na relação. Esse desgaste foi ampliado quando o rei Jorge III proibiu os colonos de ocuparem as novas terras conquistadas que ficavam entre os Montes Apalaches e o Rio Mississippi. A medida do rei visava impedir que novos conflitos de colonos com indígenas acontecessem.

A reação entre colônia e metrópole realmente começou a ficar ruim quando a política da Coroa inglesa, em relação a suas colônias, modificou-se. Até então, a colonização inglesa tinha sido pautada pela autonomia das Treze Colônias e pela pouca interferência da Coroa nos assuntos internos. Karnal estabelece que o ano de 1763 é o ponto de partida para a modificação dessa postura.|

Essa transformação da política inglesa em relação às Treze Colônias (mediante todo o cenário apresentado de necessidade de expansão industrial e aumento de gastos com as guerras e com as tropas permanentes) concretizou-se, basicamente, em aumentos de impostos. A partir da década de 1760, uma série de leis foi decretada, pela Inglaterra, com o objetivo de aumentar a arrecadação das Treze Colônias.

Dentre essa série, podem ser destacadas:

·         Lei do Açúcar: aumentava os impostos sobre o açúcar e outros artigos, como vinho, café e seda;

·         Lei da Moeda: proibia a emissão de papéis de crédito nas Treze Colônias;

·         Lei do Selo: estipulava que em publicações como contratos, jornais e documentos públicos, em geral, deveria constar um selo que era pago à Coroa;

·         Lei da Hospedagem: determinava que os colonos deveriam abrigar os soldados enviados pela Coroa.

·         Atos Townshed: aumentava impostos sobre vidros, corantes e chá.

O impacto da maioria dessas leis sobre os colonos foi grande e gerou muita insatisfação. Muitos colonos começaram a boicotar as mercadorias inglesas, e protestos aconteciam em diferentes partes das Treze Colônias.

 Algumas leis como, a Lei do Selo, precisaram ser revogadas, tamanha insatisfação que causaram.

 

O estopim para a revolta geral dos colonos aconteceu quando os ingleses decretaram a Lei do Chá, que determinava que o chá nas Treze Colônias somente seria vendido pela Companhia das Índias Orientais. A insatisfação com a lei levou 150 colonos, disfarçados de índios, a invadirem o porto de Boston durante a madrugada, atacarem três navios e jogarem ao mar 340 caixas de chá. | Esse acontecimento ficou conhecido como Festa do Chá de Boston.



A rebeldia dos colonos resultou em medidas duras decretadas pela Inglaterra. As medidas determinadas pela Coroa ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis. Entre as medidas das Leis Intoleráveis, estão as seguintes:

·         O porto de Boston foi fechado até que os prejuízos fossem ressarcidos.

·         O direito de reuniões foi suspenso.

·         A colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas britânicas.

·         Os colonos foram obrigados a abrigar e alimentar as tropas inglesas que dominaram a região.

As medidas deixaram claro para os colonos que havia uma grande divergência de interesses entre colônia e metrópole. Assim, os colonos, que até então eram reticentes quanto à possibilidade de separação, começaram a cogitar a independência. Essa ideia ainda era muito tímida, e isso ficou claro quando foi organizado o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia.

Nesse congresso, os representantes das Treze Colônias (exceto da Geórgia) reuniram-se para redigir um documento ao rei inglês declarando sua lealdade, mas protestando contra as medidas determinadas pelas Leis Intoleráveis. A reação do rei, no entanto, motivou mais insatisfação, pois foi determinado que o número de soldados na colônia aumentasse. Com essa medida, os primeiros conflitos armados entre colonos e tropas inglesas aconteceram.

 

 

DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS



Em seguida, foi realizado o Segundo Congresso Continental da Filadélfia que, dessa vez, contou com representantes de todas as colônias. Nesse congresso, os colonos chegaram à conclusão de que não era mais possível manterem-se sob o domínio colonial inglês, uma vez que consideravam que as ações da metrópole eram um desrespeito aos interesses dos colonos. Desse congresso, elaborou-se a Declaração de Independência dos Estados Unidos, publicada no dia 4 de julho de 1776.

Os colonos, reunidos no congresso, estabeleceram 27 causas que explicam a Declaração de Independência, e os motivos pelos quais os colonos entendiam a situação são resumidos por Leandro Karnal:

[…] as leis mercantilistas, as guerras que prejudicavam os interesses dos colonos, a existência de tropas inglesas que os colonos deviam sustentar etc. A paciência dos colonos, sua calma e ponderação são destacadas em oposição à posição intransigente e autoritária do rei da Inglaterra, no caso, Jorge III.

A Declaração de Independência dos Estados Unidos foi escrita por Thomas Jefferson. Com a independência, foi iniciada a Guerra de Independência, na qual os colonos lutaram, durante cinco anos, contra as tropas inglesas.

 

GUERRA DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

 

A Guerra da Independência dos Estados Unidos estendeu-se durante cinco anos. Os colonos defenderam sua independência por meio do Exército Continental, força criada logo após a declaração. Após o rompimento com a colônia, desenvolveu-se nos Estados Unidos um dispositivo legal que permitia aos cidadãos armarem-se. Essa ideia fez com que o porte de armas nos Estados Unidos fosse incluído na Constituição do país.

Os ingleses enviaram uma série de comandantes importantes para liderarem suas tropas na América. Além disso, contaram com muitos colonos traidores que lhes forneceram informações importantes. Os colonos, por sua vez, uniram-se contra os ingleses motivados, principalmente, pela violência com que eram tratados durante a guerra.

Nisso, franceses espanhóis entraram no conflito fornecendo apoio vital aos americanos. Os dois primeiros tinham interesses em enfraquecer os ingleses no continente americano e viram, no apoio à Independência dos Estados Unidos, uma forma de atingi-los. A vitória final dos colonos americanos aconteceu após a Batalha de Yorktownque correu em 19 de outubro de 1781. Os ingleses reconheceram a Independência dos EUA, com a assinatura do Tratado de Paris, em 1783.

Por que a França ajudou na Independência dos EUA?

O envolvimento francês na Guerra de Independência dos Estados Unidos aconteceu porque os franceses tinham o interesse em enfraquecer os britânicos na América. Lembrando que, durante o século XVIII, as duas nações haviam entrado em combate durante a Guerra dos Sete Anos, na qual os franceses, derrotados, foram obrigados a ceder uma série de territórios.

A Guerra de Independência dos EUA era vista pelos franceses também como uma possibilidade de recuperarem tais territórios perdidos. Com a derrota, os ingleses foram obrigados a devolver Senegal, algumas ilhas no Atlântico e algumas terras na América, para os franceses.

Os espanhóis, que também lutaram ao lado dos colonos, receberam de volta Minorca, uma ilha no Mediterrâneo, e territórios na Flórida.

CONSEQUÊNCIAS

A Independência dos Estados Unidos também é conhecida como Revolução Americana. Desse processo, as principais consequências que podem ser destacadas são:

·         Consolidação dos Estados Unidos enquanto nação independente.

·         Os ideais iluministas defendidos pelos americanos inspiraram movimentos de independência em outras partes da América, inclusive no Brasil.

·         Republicanismo consolidou-se como alternativa política. No século XIX, as colônias espanholas, por exemplo, converteram-se em repúblicas, após conquistarem suas independências.

·         Declínio do domínio colonial da Inglaterra na América continental.

·         França e Espanha recuperaram parte de seus territórios na América, após a derrota inglesa na guerra;

·         Deu-se início ao processo de expansão territorial dos EUA, após a Inglaterra ceder as terras entre os Montes Apalaches e o Rio Mississípi.

 

 

 

 

 

 

Resolva a atividade proposta

 

 

1.    O que influenciou a Independência dos EUA? Explique.

2.    Comente a respeito desta série de leis foi decretada, pela Inglaterra, com o objetivo de aumentar a arrecadação das Treze Colônias.

3.    O que foi Festa do Chá de Boston? Explique

4.    Que conclusão (ões) chegaram neste Segundo Congresso Continental da Filadélfia? Explique.

5.    Por que a França ajudou na Independência dos EUA? Explique

6.    Os ingleses reconheceram a Independência dos EUA, com a assinatura de qual tratado?

7.    Cite uma das consequências da Independência dos Estados Unidos e comente.

 

1º ANO FILOSOFIA 22/07/2022

 

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: Filosofia 

Professor: Luiz Cláudio

Série: 1º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________


A transformação da Filosofia na contemporaneidade - séculos XIX e XX



PRATICANDO

 1.    Por que o século XIX é visto como um período de otimismo?

2.     Por que o século XX é visto como um período de pessimismo?

3.    Qual é a compreensão da filosofia pós-moderna em relação aos séculos passados? Explique

4.    Essa ideia de progresso remete a concepção de qual filósofo?

5.     Explique o séculos XIX e XX em relação as ciências e as técnicas.



6ºANO HISTÓRIA 22/07/2022

 

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 6º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________


CULTURA GREGA






PRATICANDO

 

Após assistir ao vídeo acima responda as questões abaixo:

 

1.      Explique como se formou a Grécia Antiga.

2.      Como era e educação dos meninos na Grécia Antiga?

3.      Por que na Grécia Antiga as meninas recebiam uma educação que valorizava o esporte?

4.      Qual era a língua falada na Grécia Antiga?

5.      Quem os gregos chamavam de bárbaros?

6.      Qual era a principal atividade econômica da Grécia Antiga?

7.      O que era a Ágora? E o que os gregos faziam lá?

8.      Em Atenas que grupos começaram a questionar o poder dos aristocratas?

9.      Quem era considerado cidadão na Grécia Antiga?

quinta-feira, 21 de julho de 2022

1º ANO HISTÓRIA 21/07/2022

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 1º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________ 



Minotauro: Confronto dos Deuses 




Após assistir ao vídeo-aula responda a atividade

Praticando

1.    Quem era i rei de Creta?

2.    No mito, como foi criado o Minotauro? Explique

3.    Quem é o deus do mar na mitologia grega?

4.    Que significado tem o touro para os gregos? Explique

5.    O conceito do poder do touro foi levado a quais templos?

6.    Quais forças personificam Teseu e o Minotauro? Explique

7.    O que simboliza a vitória de Teseu sobre o Minotauro? Explique

8.    Na mitologia grega o mar Egeu tem esse nome baseado em que fato? Explique.

9.    Quais são as leituras possíveis, que se pode fazer a respeito da história do Minotauro? Explique 


3°ANO HISTÓRIA

 

ESCOLA ESTADUAL AUGUSTO XAVIER DE GÓIS — PRAIA MURIÚ/RN

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 3º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________


A Era Vargas 


A Era Vargas é a fase da história brasileira em que Getúlio Vargas governou o país de 1930 a 1945. Foi forçado a renunciar à presidência após um ultimato dos militares.

 

Era Vargas foi um período iniciado em 1930, logo após a Revolução de 1930, e finalizado em 1945 com a deposição de Getúlio Vargas. Nesse período da história brasileira, o poder esteve centralizado em Getúlio Vargas, que assumiu como presidente do Brasil após o movimento que depôs Washington Luís da presidência.

 

Resumo

A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se estendeu de 1930 a 1945 e no qual Getúlio Vargas era o presidente do país. A ascensão de Vargas ao poder foi resultado direto da Revolução de 1930, que destituiu Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes (presidente eleito que assumiria o país).

Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder. Muitos historiadores, inclusive, entendem o período 1930-1937 como a “gestação” da ditadura de Vargas. Vargas também ficou marcado pela sua aproximação com as massas, característica que se tornou muito marcante durante o Estado Novo.

Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à presidência por causa de um ultimato dos militares. Com a saída de Vargas do poder, foi organizada uma nova Constituição para o país e iniciada outra fase da nossa história: a Quarta República (1946-1964).

 

CARACTERÍSTICAS DA ERA VARGAS

 

Resumir as características da Era Vargas é uma tarefa complexa, principalmente porque cada fase assumiu aspectos diferentes. De maneira geral, as seguintes características podem ser destacadas.

·         Centralização do poder  Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas para enfraquecer o Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo.

·         Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os benefícios trabalhistas. Para isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu poder aproximando-se das massas.

·         Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a partir do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)

·         Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas  estavam no mesmo grupo apoiando-lhe.

A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada com o populismo, principalmente pelos seguintes aspectos:

1.    Relação direta e não institucionalizada do líder com as massas;

2.    Defesa da união das massas;

3.    Liderança baseada no carisma;

4.    Sistema partidário frágil.

TRANSIÇÃO DE PODER

 

A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo político que existia no Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920, inúmeras críticas foram feitas ao sistema oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque.

A implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa eleição, a oligarquia mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o presidente Washington Luís recusou-se a indicar um candidato mineiro para concorrer ao cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes.

Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente rompia com o acordo existente entre as duas oligarquias (Politica do Café com Leite)). Assim, os mineiros passaram a conspirar contra o governo e, aliando-se às oligarquias paraibana gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à presidência: Getúlio Vargas.

A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do primeiro. No entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada Aliança Liberal) começaram a conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas, porém, havia aceitado a derrota).

Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando João Pessoa, vice de Getúlio Vargas, foi assassinado em Recife por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma relação com a eleição disputada, mas o acontecido foi utilizado como pretexto para que um levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.

A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de outubro de 1930, o presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar governou o Brasil durante 10 dias e, em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à rebelião quando ela estava em curso, assumiu a presidência do Brasil.

 

FASES DA ERA VARGAS

 

Os historiadores dividem a Era Vargas em três fases: Governo Provisório (1930-34), Governo Constitucional (1934-37) e Estado Novo (1937-1945).

 

·         Governo Provisório (1930-34)

 

O governo provisório, como o próprio nome sugere, deveria ter sido uma fase de transição em que Vargas rapidamente organizaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Getúlio Vargas, porém, nesse momento, já deu mostras da sua habilidade de se sustentar no poder, pois adiou o quanto foi possível a realização da Constituinte.

Nessa fase, Vargas já realizou as primeiras medidas de centralização do poder e, assim, dissolveu o Congresso Nacional, por exemplo. A demora de Vargas em realizar eleições e convocar uma Constituinte teve impactos em alguns locais do país, como São Paulo, que se rebelou contra o governo em 1932 no que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.

 

 

O movimento foi um fracasso e, após a sua derrota, Getúlio Vargas atendeu as demandas dos paulistas, nomeando para o estado um interventor (governador) civil e nascido em São Paulo, além de garantir a realização de uma eleição em 1933 para compor a Constituinte. Dessa Constituinte, foi promulgada a Constituição de 1934.

A nova Constituição foi considerada bastante moderna para a época e trouxe novidades, como o sufrágio universal feminino (confirmando o que já havia sido estipulado pelo Código Eleitoral de 1932). Junto da promulgação da nova Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para ser presidente brasileiro entre 1934 e 1938. Após isio, um novo presidente deveria ser eleito.

Nessa fase, a política econômica de Vargas concentrou-se em combater os efeitos da Crise de 1929 no Brasil. Para isso, agiu comprando milhares de sacas de café e incendiando-as como forma de valorizar o principal produto da nossa economia. Nas questões trabalhistas, autorizou a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e começou a intervir diretamente na atuação dos sindicatos.

 

·         Governo Constitucional (1934-1937)

 

Na fase constitucional, o governo de Vargas, em teoria, estender-se-ia até 1938, pois o presidente não poderia concorrer à reeleição. No entanto, a política brasileira como um todo – o próprio Vargas, inclusive – caminhava para a radicalização. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização do nosso país.

1.    Ação Integralista Brasileiro (AIB): grupo de extrema-direita que surgiu em São Paulo em 1932. Esse grupo possuía inspiração no fascismo italiano, expressando valores nacionalistas e até mesmo antissemitas. Tinha como líder Plínio Salgado.

2.    Aliança Libertadora Nacional (ANL): grupo de orientação comunista que surgiu como frente de luta antifascista no Brasil e converteu-se em um movimento que buscava tomar o poder do país pela via revolucionária. O grande líder desse grupo era Luís Carlos Prestes.

A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder aqui no Brasil em 1935. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas foi um fracasso completo. Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias, o que resultou no Estado Novo.

Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio Vargas realizou um autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no país. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma conspiração comunista que estava em curso no país.

 

·         Estado Novo (1937-1945)

 

O Estado Novo foi à fase ditatorial da Era Vargas e estendeu-se por oito anos. Nesse período, Vargas reforçou o seu poder, reduziu as liberdades civis e implantou a censura. Também foi o período de intensa propaganda política e um momento em que Vargas estabeleceu sua política de aproximação das massas.

No campo político, Vargas governou a partir de decretos-leis, ou seja, as determinações de Vargas não precisavam de aprovação do Legislativo, pois já possuíam força de lei. O Legislativo, por sua vez, foi suprimido e, assim, o Congresso e as Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais foram fechadas. Todos os partidos políticos foram fechados e colocados na ilegalidade.

censura instituída ficou a cargo do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável por censurar as opiniões contrárias ao governo e produzir a propaganda que ressaltava o regime e o líder. Para fazer a propaganda do governo, foi criado um jornal diário na rádio chamado “A Hora do Brasil”.

Durante esse período, também se destacou a política trabalhista, destacando-se a criação do salário-mínimo (1940) e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Os sindicatos passaram para o controle do Estado.

A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário enfraqueceram o Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições começaram a acontecer. Pressionado, Vargas decretou para o fim de 1945 a realização de eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi deposto do poder pelos militares.

 

Praticando

 

 

1.   EXPLIQUE O QUE FOI A ERA VARGAS.

2.   Em 1930 houve de fato uma revolução? Explique.

3.   EXPLIQUE AS CARACTERÍSTICAS DA ERA VARGAS

4.   Quais foram às fases da Era Vargas?

5.   No período do governo constitucional de Vargas quais grupos políticos expressavam o radicalismo? Explique.

6.   Quais foram às conquistas trabalhistas no período do governo Vargas? Explique.

7.   O que foi o Estado Novo? Que benefícios esse período da era Vargas trouxe para a sociedade? Explique.