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terça-feira, 5 de junho de 2012

UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL



Desde tempos imemoriais, que o meio ambiente é explorado e destruído pelo bicho gente, nesta longa aventura de vários milênios, interesses consideráveis são postos em jogo e raras são as explorações feitas sem o apoio financeiro e político de Estados e Grandes Corporações Transnacionais capitalistas de influência. O objetivo é, muitas vezes, o estabelecimento de relações comerciais.

Essa motivação de subtrair do espaço terreal víveres para alimentar a voracidade mercadológica, aguçara as primeiras viagens de descobertas egípcias, explica as relações que chineses e romanos tentam estreitar por volta do início da era cristã; ela viabiliza, de modo ambicionável pelo Império Marítimo Europeu, essa fantástica e fabulosa descoberta que será a revelação das terras do Novo Mundo.

Os séculos que se seguem terminam num desencanto e horríveis pesadelos: as Américas exploradas; os Continentes: Africano, Asiático, Oceania e as terras geladas, cercados e subjugados às tiranias européias e estadunidenses. Porém, neste novo milênio essa espécie de bicho gente continua a explorar de forma tão brutal e das mais perversas maneiras o meio ambiente que os mais audaciosos aventureiros do passado nem sequer suspeitavam que pudesse ser atingido e do qual, na realidade não destruíram senão uma ínfima parcela.

Neste sentido, “o atual modo de produção hegemônico é a própria antítese do meio natural, que sofre uma exploração constante, sem se verificarem as conseqüências deste mecanismo dentro de uma visão associada à reversibilidade evolutiva e à imprevisibilidade contida nas relações sistêmico-geográficas que envolvem a sociedade e a natureza” (Camargo: 2005).

Cabe ressaltar que, Camargo nos chama atenção a respeito do modo de produção hegemônico, que literalmente falando tem sido benéfico para os capitalistas; mas, para o meio ambiente e a maioria societável ainda está longe de ser um modelo desenvolvimentista ideal. Por isso, se almejamos um mundo diferente deste, é importante fazermos uma reflexão a respeito desta deixa do Camargo. 

Portanto, nesta teça-feira, 5 de junho de 2012, comemoramos mais um dia Internacional do Meio Ambiente. Deste modo, o dia Internacional do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) a partir da Resolução Nº. 2994 (XXVII) em 15 de dezembro de 1972.

Esta data emblemática de 5 de junho fora escolhida por ter sido o dia da abertura da Conferência de Estocolmo, capital da Suíça. Evento esse, realizado entre os dias 5 e 16 de junho de 1972, onde foram abordados diversos temas; diga-se de passagem, estavam presentes nas discussões mais de 400 instituições governamentais e não governamentais e teve a participação de 113 países. Teoricamente, essa Conferência de Estocolmo tinha como objetivo tentar organizar as relações de harmonia e parceria do bicho gente com o Meio ambiente.

É importante ressaltar que, também nesta data fora criada o Programa das Nações para o Meio Ambiente (Pnuma). Com efeito, A importância da celebração do meio ambiente tem precedentes históricos; porém, no segundo quartel do século XIX um biólogo alemão chamado Ernest Haeckel (1834-1919) criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente ao propor, em 1886, o nome de ecologia para esse ramo da biologia.

Deste modo, mais do que essa data simbólica temos que encarar o Meio Ambiente como algo que faz parte do nosso bem viver, ou seja, do nosso cotidiano: sem ar, água e  terra não teríamos em hipótese alguma condições de sobreviver  neste planetinha, pelo menos com essa condição de vida que nos foi agraciada. Destaco aqui nesta prosa, cinco pontos fundamentais que estão intrinsecamente ligados ao nosso comportamento, relacionamento e responsabilidade com o Meio Ambiente: água, ar, solo, florestas e o consumo.

Enfim, o Meio Ambiente e as questões inerentes a ele, devem ser trabalhadas sempre nas escolas, não podemos nos limitar somente a o 5 de junho; pois, o ambiente escolar é concreto e está lá todos os dias. E assim sendo, é o espaço ideal que temos para educar as novas gerações para uma generosidade cidadã e ampliar a noção de dever quanto à consciência ambiental que é fundamental para o futuro do nosso planetinha. E além do mais, discutirmos questões ambientais no âmbito escolar é refletirmos literalmente, sobre os processos humanizantes, políticos, éticos, estéticos, históricos, sociais e culturais.

Referência Bibliográfica
BARBOSA, Lívia. Sociedade de Consumo. 2ºed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
CAMARGO, Luís Henrique Ramos de. A Ruptura do Meio Ambiente: conhecendo as mudanças ambientais do planeta através de uma nova percepção da ciência: a geografia da complexidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
MARTINEZ, Paulo Henrique. História Ambiental no Brasil: pesquisa e ensino. São Paulo: Cortez, 2006.
SILVA, Kalina Vanderlei & SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. 4ºed. São Paulo: Contexto, 2012.

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