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domingo, 17 de junho de 2012

Descortinando à História


  

A relação do ser humano com a natureza é um processo histórico e social. Sua construção está relacionada com formas históricas pelas quais os povos, as sociedades, as classes sociais e os indivíduos produziram, e compartilharam conhecimentos que possibilitavam explicar e recriar a realidade em que viviam. Os mitos, as explicações mágicas, as explicações religiosas e a ciência são produtos dessas construções históricas que fazem parte do grande acervo que a humanidade possui para registrar a sua existência neste planisfério.



Os limites e as possibilidades dessa história impõem, atualmente, questionamentos, preocupações, desafios e alternativas. Pois, haja vista que, vivemos num mundo marcado pela diversidade cultural, pela convivência nem sempre pacífica – de varias etnias, pelas desigualdades sociais, guerras, intolerâncias crônicas, consumismo desenfreado, destruições ambientais, uso intenso das tecnologias que nos permitem conhecer e explorar o espaço, a terra e o mar.

 




Em síntese, vivemos em um mundo cada vez mais complexo. Porém, diante dessas nuances, como estudioso da história, é preciso estar atento a esta íntima relação existente entre presente e passado. 

Isto nos possibilitará adquirir matéria-prima para podermos de forma potencial participar da reconstrução desta sociedade como cidadão crítico, atuante e participativo.





Contudo, quando falamos de presente e passado temos que ter um referencial, aí pululam as datas como balizadoras; logo vem o antigo questionamento: “datas históricas não constituem um tema ultrapassado para a compreensão da História? Não se questionou muito sobre as inutilidades de um ensino de História voltado para a ‘decoração de nomes e datas’ e para as comemorações de feitos de heróis duvidosos, representantes, em sua maioria, de setores de elite? Uma resposta a essas indagações deve partir de uma reflexão sobre a concepção de datas históricas e o significado delas para a nossa sociedade. Queiramos ou não, as datas são suportes de memória. Essa consideração é fundamental e realista. E, para nós, constitui uma forma de pensar sobre elas e sobre seu papel na constituição de um tempo histórico” (Bittencourt, Circe, 2007:11).

A Persistência da Memória - Salvador Dali - 1931
 
Assim sendo, o mês de junho, especificamente este de 2012, será muito rico para trabalharmos dentro da contextualização histórica; ora é o período das badaladas festas juninas, que tem seu dia emblemático o 24, onde se comemora o dia de São João. Na contextualização brasileira inserem-se num longo processo iniciado com a cristianização de ritos imemoriais que celebravam o solstício de verão na Europa e no Oriente Médio.

Além do São João, podemos enfatizar também o 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente ( Ver Postagem "Um Outro Mundo É Possível"); o 12 de junho, Dia Internacional de Erradicação ao Trabalho Infantil, que desde 2002 a Oganização Internacional do Trabalho(OIT) incentiva e  mobiliza a sociedade e os Estados para esse problema grave que existe pelos rincões deste planeta. Embora, tenha acontecido oficialmente, apenas  duas Conferências Global Contra o Trabalho Infantil; ambas na Holanda, nos anos de 1997 e 2010  respectivamente, caracterizando assim,  uma  não  periocidade deste  evento em nível mundial, mas se faz necessário discutir exaustivamente tematicas desta envergadura. Pois, temos que defender as nossas criancinhas; e além do mais, lugar de criança é na escola, não à mercê dos capitalistas. Com efeito, a Presidente da República: Dilma Roussef, baixou o Decreto de 14 de junho de 2012 convocando a III Conferência Global Sobre o Trabalho Infantil , que acontecerá no Brasil em outubro de 2013, na cidade de Brasília (DF).

E para não desentoar a nossa prosa,  lá no finalzinho do mês junino vamos destacar o 28 de junho, que notabilizara o marquês de Pombal na História da Educação brasileira, “quando, com pioneirismo em relação aos demais países da Europa, tomou a iniciativa de expulsar a Companhia de Jesus de Portugal e suas colônias pelo alvará 28 de junho de 1759. Qualquer crítica que se possa fazer à política educativa dirigida por Portugal sob a direção do marquês de Pombal não retira o mérito do estadista: com Pombal, pela primeira vez, o Estado nacional postava-se como responsável pela jurisdição e pelo controle dos assuntos da educação” (Boto Carlota, 2007:145).

E ainda em 28 de junho, mas no ano de 1969 é instituído o Dia da Consciência Homossexual. Segundo, o antropólogo Luiz Mott (2007:151), “cansados de ser humilhados e apanhar da polícia, que toda a noite invadia seus espaços de lazer, agredindo e chantageando-os, decidiram reagir à prepotência policial. Era a época dos hippies, dos protestos contra a guerra do Vietnã, das manifestações de rua do movimento negro e feminista, auge da moda unissex (...) (...) Nesta data na área de Christopher Street, o centro gay nova-iorquino, travou-se uma verdadeira batalha entre os homossexuais (lésbicas, gays e transgêneros) contra a repressão policial, onde na ocasião gritavam: ‘gay power’ ‘gay pride’ (poder gay, orgulho gay). Esse evento passou para a história como ‘Stonewall riots’(revoltas de Stonewall). Foi essa a primeira manifestação/revolta de massa realizada por homossexuais de que se tem notícia na história, e a partir dos anos seguintes, todo dia 28 de junho, primeiro em Nova York depois nas principais cidades do mundo, os homossexuais passaram a celebrar com manifestações de rua e diferentes atividades culturais e políticas, o Gay Pride ou Dia Internacional do Orgulho Gay - hoje rebatizado como Dia do Orgulho de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais.”


E por fim, a grande conferência da ONU a RIO+20 que acontecerá entre os dias 20 e 22 deste mês na cidade do Rio de Janeiro. A respeito deste grande evento vejam a publicação passada: Ode à Vida.  
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Referências bibliográficas
BITTENCOURT, Circe. Dicionário de Datas da História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2007.
SCHMIDT, Dora. Historiar: fazendo, contando e narrando a história. São Paulo: Scipione, 2002.

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