Os limites e as possibilidades dessa história impõem, atualmente, questionamentos, preocupações, desafios e alternativas. Pois, haja vista que, vivemos num mundo marcado pela diversidade cultural, pela convivência nem sempre pacífica – de varias etnias, pelas desigualdades sociais, guerras, intolerâncias crônicas, consumismo desenfreado, destruições ambientais, uso intenso das tecnologias que nos permitem conhecer e explorar o espaço, a terra e o mar.
Em síntese, vivemos em um mundo
cada vez mais complexo. Porém, diante dessas nuances, como estudioso da
história, é preciso estar atento a esta íntima relação existente entre presente
e passado.
Isto nos possibilitará adquirir matéria-prima
para podermos de forma potencial participar da reconstrução desta sociedade
como cidadão crítico, atuante e participativo.
Contudo, quando falamos de presente e passado
temos que ter um referencial, aí pululam as datas como balizadoras; logo vem o
antigo questionamento: “datas históricas
não constituem um tema ultrapassado para a compreensão da História? Não se
questionou muito sobre as inutilidades de um ensino de História voltado para a
‘decoração de nomes e datas’ e para as comemorações de feitos de heróis
duvidosos, representantes, em sua maioria, de setores de elite? Uma resposta a
essas indagações deve partir de uma reflexão sobre a concepção de datas
históricas e o significado delas para a nossa sociedade. Queiramos ou não, as
datas são suportes de memória. Essa consideração é fundamental e realista. E,
para nós, constitui uma forma de pensar sobre elas e sobre seu papel na
constituição de um tempo histórico” (Bittencourt, Circe, 2007:11).
A Persistência da Memória - Salvador Dali - 1931
Assim sendo, o mês de junho,
especificamente este de 2012, será muito rico para trabalharmos dentro da
contextualização histórica; ora é o período das badaladas festas juninas, que
tem seu dia emblemático o 24, onde se comemora o dia de São João. Na
contextualização brasileira inserem-se num longo processo iniciado com a
cristianização de ritos imemoriais que celebravam o solstício de verão na
Europa e no Oriente Médio.
Além do São João, podemos enfatizar também o 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente ( Ver Postagem "Um Outro Mundo É Possível"); o 12 de junho, Dia Internacional de Erradicação ao Trabalho Infantil, que desde 2002 a Oganização Internacional do Trabalho(OIT) incentiva e mobiliza a sociedade e os Estados para esse problema grave que existe pelos rincões deste planeta. Embora, tenha acontecido oficialmente, apenas duas Conferências Global Contra o Trabalho Infantil; ambas na Holanda, nos anos de 1997 e 2010 respectivamente, caracterizando assim, uma não periocidade deste evento em nível mundial, mas se faz necessário discutir exaustivamente tematicas desta envergadura. Pois, temos que defender as nossas criancinhas; e além do mais, lugar de criança é na escola, não à mercê dos capitalistas. Com efeito, a Presidente da República: Dilma Roussef, baixou o Decreto de 14 de junho de 2012 convocando a III Conferência Global Sobre o Trabalho Infantil , que acontecerá no Brasil em outubro de 2013, na cidade de Brasília (DF).
E para não desentoar a nossa prosa, lá no finalzinho do mês junino vamos destacar o 28 de junho, que notabilizara o marquês de Pombal na História da Educação brasileira, “quando, com pioneirismo em relação aos demais países da Europa, tomou a iniciativa de expulsar a Companhia de Jesus de Portugal e suas colônias pelo alvará 28 de junho de 1759. Qualquer crítica que se possa fazer à política educativa dirigida por Portugal sob a direção do marquês de Pombal não retira o mérito do estadista: com Pombal, pela primeira vez, o Estado nacional postava-se como responsável pela jurisdição e pelo controle dos assuntos da educação” (Boto Carlota, 2007:145).
E para não desentoar a nossa prosa, lá no finalzinho do mês junino vamos destacar o 28 de junho, que notabilizara o marquês de Pombal na História da Educação brasileira, “quando, com pioneirismo em relação aos demais países da Europa, tomou a iniciativa de expulsar a Companhia de Jesus de Portugal e suas colônias pelo alvará 28 de junho de 1759. Qualquer crítica que se possa fazer à política educativa dirigida por Portugal sob a direção do marquês de Pombal não retira o mérito do estadista: com Pombal, pela primeira vez, o Estado nacional postava-se como responsável pela jurisdição e pelo controle dos assuntos da educação” (Boto Carlota, 2007:145).
E ainda em 28 de junho, mas no
ano de 1969 é instituído o Dia da
Consciência Homossexual. Segundo, o antropólogo Luiz Mott (2007:151), “cansados de ser
humilhados e apanhar da polícia, que toda a noite invadia seus espaços de
lazer, agredindo e chantageando-os, decidiram reagir à prepotência policial. Era
a época dos hippies, dos protestos contra a guerra do Vietnã, das manifestações
de rua do movimento negro e feminista, auge da moda unissex (...) (...) Nesta
data na área de Christopher Street, o centro gay nova-iorquino, travou-se uma
verdadeira batalha entre os homossexuais (lésbicas, gays e transgêneros) contra
a repressão policial, onde na ocasião gritavam: ‘gay power’ ‘gay pride’ (poder
gay, orgulho gay). Esse evento passou para a história como ‘Stonewall
riots’(revoltas de Stonewall). Foi essa a primeira manifestação/revolta de
massa realizada por homossexuais de que se tem notícia na história, e a partir
dos anos seguintes, todo dia 28 de junho, primeiro em Nova York depois nas
principais cidades do mundo, os homossexuais passaram a celebrar com
manifestações de rua e diferentes atividades culturais e políticas, o Gay Pride
ou Dia Internacional do Orgulho Gay - hoje rebatizado como Dia do Orgulho de
Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais.”
E por fim, a grande
conferência da ONU a RIO+20 que acontecerá entre os dias 20 e 22 deste mês na
cidade do Rio de Janeiro. A respeito deste grande evento vejam a publicação
passada: Ode à Vida.
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Referências bibliográficas
BITTENCOURT, Circe. Dicionário de Datas da História do Brasil.
São Paulo: Contexto, 2007.
SCHMIDT, Dora. Historiar: fazendo, contando e narrando a
história. São Paulo: Scipione, 2002.
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