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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

ESTUDO SOBRE O LIVRO CEM ANOS DE SOLIDÃO - Autor : Gabriel Garcia Marquez - Feito Por Luiz Cláudio Costa da Silva


 


Cem Anos de Solidão

Gabriel Garcia Márquez

Estudo Feito Por:

Luiz Cláudio Costa da Silva


ESTUDO SOBRE O LIVRO CEM ANOS DE SOLIDÃO


É uma tarefa complexa escrever um romance histórico de forma que prenda o leitor do início ao fim do enredo; porém, neste livro Garcia Márquez não somente fez essa mágica através do seu realismo fantástico, como discerniu a transcendência dos fatos com desenvoltura e paciência de um artesão ao narrar à saga dos Buendía; Trazendo para os amantes da literatura “Cem Anos de Solidão”, que de uma maneira fictícia estabelece relações com os eventos ocorridos na América Latina a partir da década de sessenta, com uma linguagem acessível e gostosa a qualquer leitor.

A presente obra está inserida entre muitos trabalhos escritos a respeito deste continente que teve suas populações massacradas, escravizadas e levadas à condição de subserviências pelos donatários do poder ao longo dessas eras. Assim sendo, de forma simples, mas contundente fizemos esse breve estudo comparativo sobre a obra do Escritor: Gabriel Garcia Márquez nasceu em aos 6 de março de 1927 em Aracataca  cidade colombiana, com um estilo arrojado de contador de estória, foi o responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana.

Gabriel Garcia Márquez é escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano, viajara muito pelo mundo, essas viagens aliada as suas experiências de vida contribuiu, sobretudo, para que esse colombiano  perpassasse com maestria por vários campos do saber como literatura, jornalismo, cinema e política.

 Mas especificamente, a literatura que fora a responsável pela projeção dele como escritor renomado e admirado no mundo inteiro, concedendo-lhes várias premiações; dentre tantas, destacamos a Medalha da Legião Francesa (Paris, 1981); Condecoração Águila Azteca (México, 1982) e Nobel de Literatura (1982).

A erudição e a clareza caracterizam seu trabalho, Garcia Márquez em sua obra fenomenal publicada em 1967 e que já ultrapassa mais de 50 edições, o livro Cem anos de Solidão, percebe-se a sua maestria de grande escritor ao narrar nesta obra a saga da família Buendía na pacata e fictícia cidade de Macondo, desde a sua fundação até a sétima geração.


Essa obra formidável de realismo fantástico pontua vários episódios históricos exibidos no palco do anfiteatro América Latina. Além de Cem Anos de Solidão Gabriel Garcia Márquez tem uma infinidades de livros publicados, iremos destacar neste trabalho apenas alguns que sejam mais condizentes com a nossa temática. Tais como: Relato de um Náufrago (1970); A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da Sua Avó Desalmada (1974); O Outono do Patriarca (1978); Amor nos Tempos do Cólera (1985); O general em seu labirinto(1990).

O livro Cem Anos de Solidão é uma obra que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de alicerce naturalista e evolucionista, ao tecimento literário, que se fundamentou num fatalismo trágico e numa visão romântica da natureza.

O autor teve a perspicácia de perceber, de maneira dramática, esse embate entre natureza e história e a partir de então, moldou Macondo como cenário, cuja "aldeia à margem de um rio de águas diáfanas", permitiria antever a cobiça dos forasteiros. “Recriou, pelo ritmo binário e pela sintaxe labiríntica", as chegadas esfuziantes dos ciganos "todos os anos, pelo mês de março" e o comportamento inquietante de seus habitantes.

É interessante também frisar que, a luz envolvente que emana de Cem Anos de Solidão é aquela que o espírito angustiado do autor precisou existir para se locupletar e nela se exprimir. Este colombiano através da imaginação vai dando vida a paisagem em sua volta, vendo por toda parte imagens e cenários que remetem à mitologia, à história e à literatura.

A saga dos Buendía em Macondo, por exemplo, Gabriel García Márquez, a priori com muita destreza, já nos conduz, a um universo onde o confronto ideológico das personagens pulula de maneira clara e evidente.

Porém, em primeiro plano apresenta o tipo José Arcádio Buendía dominado pela emoção ao invés da razão, a visão subjetiva da realidade, a ânsia do desenvolvimento e a transformação do povoado.

 No outro extremo, aparece a estereótipo de Úrsula Iguarán que se transveste de ficção e realidade, neste momento, é evidenciado o predomínio da razão sobre a emoção, a observação e a análise do comportamento humano.

Neste instante, o autor se revela de maneira sutil deixando transparecer sua frustração pela chegada do estranho.

Certamente, o autor através da perspicácia, sutileza e sensatez das mulheres que povoam Macondo mostra-se incomodado e ao mesmo tempo defensor de seu povoado.

Podemos ainda acrescentar que, as mulheres além de donas de casas e mães, também exercem as funções de orientadoras, informantes, sonhadoras, guerreiras, amantes, lideranças, e sempre conscientes de tudo que acontece em Macondo; sutilmente o autor mostra também os seus sonhos e desilusões, através das batalhas memoráveis travadas pelos heróis da independência da América Latina como Símon Bolívar, Miguel Hidalgos e tantos outros que morreram sem alcançar seus verdadeiros objetivos.

Mas, mesmo assim não tira esse ímpeto de decisão destas mulheres que romperam com os preceitos determinado pela sociedade, tecendo de maneira brilhante o papel social feminino na construção de um mundo digno e humanitário.

Porém, Gabriel García Márquez retrata muito bem isto através das personagens de Úrsula Iguarán, Amaranta, Pilar Ternera e Amaranta Úrsula. Contudo, o feito destas mulheres de Macondo muito nos lembra da participação das mulheres nas lutas pela independência política da América Latina.

Todavia, sabe-se que, Cem Anos de Solidão foi escrito da efervescência das ditaduras latino-americanas e na sedimentação das multinacionais no continente. Gabriel García Márquez é um autor fantástico, pois, teceu a obra de uma maneira tal que, enfatizou também, a exploração do homem pelo homem; a exploração da terra; o poder exercido pela igreja; a influência da universidade e principalmente a política caudilhista e os embates partidários.

Conquanto, a partir de então, o Gabriel García Márquez, vai dando vida a suas personagens no suntuoso anfiteatro "América Latina".

O autor pontua de forma magistral a atuação da igreja católica em Macondo, mostrando que, através das pregações e atitudes ambíguas da personagem do padre Nicanor, pode-se perceber nitidamente que, é uma mera semelhança das práticas que esta instituição vem desempenhando na América Latina desde a chegada dos europeus ao Novo Continente.

O autor também é muito perspicaz quando mostra Macondo sendo tomada por lutas civis permanentes em torno de dois grupos políticos, os liberais e os conservadores. Neste ínterim, a figura caudilhista entra em cena; esses figurões na pós-independência dos países latino-americanos foram os detentores de grandes latifúndios, poder político, arbitrários e grandes mestres nas práticas fraudulentas dos processos eleitorais.

E ainda outro ponto importante no qual, se enquadra tal asserção seria os conflitos partidários entre os unitaristas e os federalistas desencadeados na Argentina. Onde os unitaristas representavam à civilização e os federalistas a barbárie. Isto é, o confronto entre cidade x campo.

O autor pontua muito bem essa política caudilhista e os embates partidários através das ações das personagens de José Arcádio Buendía, do seu filho o coronel Aureliano Buendía, do seu neto Arcádio e do Sr. Apolinar Moscote.

Outro ponto significativo que, o autor destaca também na obra é a influência que a universidade proporcionou no continente Latino Americano, porém, é na figura do cigano Melquíades que através de suas experiências científicas e a montagem de um laboratório em Macondo que ele deixa transparecer a importância deste estabelecimento educacional.

García Márquez abordou nesta obra o povoado Macondo que significa república de bananas como uma comunidade primitiva, dominada pela saga da família Buendía, onde haveria o amor livre e o coletivismo dos bens.

 Ademais uma aldeia que tinha uma exuberante vegetação sustentada por um solo fértil, e que de tempos em tempos era visitada por estranhos. É claro que logo seria invadida e explorada. Era só questão de tempo.

Podemos reforçar isto que falamos com palavras do próprio autor: "Não houve, entretanto, muito tempo para pensar no assunto, porque os desconfiados habitantes de Macondo mal começavam a si perguntar que diabo era o que estava acontecendo, quando já a aldeia se tinha transformado em acampamento de casas de madeira com teto de zinco, povoado por forasteiros...”.

E ainda, é interessante também reter a fala de um Buendía a respeito da invasão: "Olhem a confusão em que nos metemos só por termos convidado um americano para comer banana".

Finalmente em a luta política o autor de Cem Anos de Solidão narrou os acontecimentos de guerra, que levaram ao extermínio de Macondo. Procurando mostrar como os dois lados do conflito – a área rural e a área urbana –, se encontravam tomadas por fanatismo políticos e econômicos.

 

 

 

MÁRQUEZ, Gabriel García. Cem Anos de Solidão. Tradução Eliane Zagury. 52ºed. Rio de Janeiro: Record, 2002.





quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ AVALIAÇÃO 9º ANO

 ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________________________

Série:   9º ano              Turno: Matutino 

Parte I

 OS PROBLEMAS DA POLÍTICA BRASILEIRA

A Política Brasileira possui problemas que são estruturais e estão há muito tempo acompanhando-a. Segundo os cientistas políticos Bruno Garschagen e Luiz Philippe de Orleans e Bragança, alguns dos principais problemas são: patrimonialismo: políticos agem como se os bens públicos fossem deles mesmos. Essa confusão de tratar a coisa pública como bem privado é o que constitui o patrimonialismo. Como se sentem donos, eles usam da máquina para favorecer pessoas próximas, favorecerem-se e conseguir vantagens nada republicanas. Corrupção: é um dos maiores problemas da política brasileira. É possível encontrar em todas as esferas de governo e acontece quando o servidor público fere a legalidade para conseguir uma vantagem para si ou para alguém. Gasto exagerado de dinheiro públicoEm 2019, o STF aprovou o uso de R$ 491.000.000,00 para comprar lagostas e vinhos. Esse é um exemplo de como o dinheiro público é usado de maneira irracional para conceder privilégios a poucos. Ineficiência: a educação brasileira e a saúde pública são exemplos de como o Estado Brasileiro vem falhando em prestar serviços de qualidade à população. Além disso, a burocracia exagerada do Estado torna lento todo processo de melhoria. Violência: confrontar determinados políticos no Brasil é perigoso. Não são poucos os exemplos de assassinatos evidentemente políticos ou suspeitos. Segundo o jornal Dia, entre 2005 e 2015, 20 políticos foram assassinados no Rio de Janeiro. - Algumas pessoas suspeitam que o jurista Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato, foi assassinado. Ele morreu em uma queda de avião em 2017. 

Corrupção na Política Brasileira

 

O Índice de Percepção de Corrupção 2021 colocou o Brasil na 96ª posição em um ranking com 180 países, sendo a 1ª posição a de país menos corrupto e a 180ª posição a de país mais corrupto. O Brasil obteve a nota 38, o que está abaixo da média global. Isso mostra que o país é mais corrupto e menos transparente que grande parte dos demais. Esses dados servem para reforçar a opinião geral do povo de que a política brasileira é corrupta. Esse problema vem de tempos atrás e é possível identificar casos de corrupção já no Brasil Colônia. Na Primeira República, a prática de voto de cabresto e compra de votos era algo generalizado. Durante a construção de Brasília empreiteiras conseguiram vantagens ilegais. Na Ditadura Militar o governo corrompia o sistema para dar um ar de legalidade à perseguição aos seus inimigos políticos. Hoje em dia, na chamada Nova República, a corrupção ainda existe. O primeiro presidente eleito por votos diretos caiu após uma crise instaurada por envolvimento em corrupção.

Praticando Ensino-aprendizagem

1.       Quais são os problemas estruturais que o texto evidencia a respeito da política brasileira?

2.       Dos problemas estruturais apresentados no texto destaque um e comente.

3.       Por que a política brasileira é corrupta? Faça um comentário.

 Parte II

REVOLUÇÕES NA ÁSIA

 REVOLUÇÃO CHINESA

A guerra entre os comunistas na China e os nacionalistas (capitalistas) estendia-se desde a década de 1920, sendo interrompida por conta da invasão japonesa na década de 1930. Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o conflito foi retomado e os comunistas liderados por Mao Tsé-Tung, conseguiram derrotar os nacionalistas. Em 1949, a China converteu-se em uma nação comunista, e os Estados Unidos passaram a intervir mais abertamente na Ásia para impedir que outros países fossem influenciados pela China.

GUERRA DA COREIA

A Coreia foi ocupada e dividida por americanos e soviéticos, no final da Segunda Guerra Mundial, e dessa divisão nasceram duas nações: a Coreia do Norte, comunista, e a Coreia do Sul, capitalista. Essa divisão resultou em uma guerra iniciada em 1950, quando os norte-coreanos invadiram a Coreia do Sul com o objetivo de conquistá-la e de reunificar as Coreias.

Os sul-coreanos lutaram com o apoio aberto dos Estados Unidos que chegaram, inclusive, a enviar soldados para participar dessa guerra. Em 1953, um armistício (tratado de paz) foi assinado entre os dois lados, e a divisão entre Coreia do Sul e Coreia do Norte permanecem existindo até hoje.

GUERRA DO VIETNÃ

Outro símbolo da interferência norte-americana na geopolítica da Ásia durante a Guerra Fria foi o Vietnã. Esse país era uma antiga colônia francesa que conquistou sua independência após uma guerra de oito anos de duração (os EUA apoiaram os franceses). Depois desse conflito, o país dividiu-se em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul, sendo os primeiros influenciados pelo comunismo e os segundos, pelo capitalismo.

A Guerra do Vietnã teve início em 1959, e a entrada dos Estados Unidos nesse conflito aconteceu em 1965. O envolvimento americano na guerra foi extremamente impopular na sociedade norte-americana, teve um peso altíssimo para a economia do país e matou milhares de jovens americanos, além de ter resultado em enorme barbárie no país asiático. Em 1973, as tropas norte-americanas foram retiradas do Vietnã e, em 1976, os comunistas venceram a guerra e reunificaram o país.

 Praticando Ensino-Aprendizagem

1.Quais grupos estavam envolvidos na Revolução Chinesa?

2.Quem liderava os comunistas na China?

3.Depois que a China se converteu em uma nação comunista, qual medida os Estados Unidos tomaram?

4.    A Coreia foi ocupada e dividida por americanos e soviéticos, no final da Segunda Guerra Mundial, e dessa divisão nasceram duas nações. Cite-as.

5.Quando teve início a Guerra do Vietnã? Quando essa Guerra acabou?

6.Qual a sua opinião a respeito de guerras?

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ AVALIAÇÃO 8º ANO

 ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________________________

Série:   8º ano              Turno: Matutino 

Parte I

 Texto I

 Os colonizadores de Jamestown [ primeiro assentamento inglês estabelecido na América], quase todos os homens, vieram por uma razão: buscar fortuna, que eles esperavam conseguir na mineração do ouro. Em contraste, os peregrinos, [que fundaram Plymouth, o segundo assentamento inglês na américa] em grupo familiares, procuravam preservar sua cultura enquanto eram livres para praticar sua religião. Os aventureiros de Jamestown não encontraram muito ouro, mas descobriram que as terras inundáveis da Virgínia eram um ótimo lugar para cultivar tabaco, o novo vício dos sofisticados homens ingleses. Para trabalhar nessa lavoura, que exigia trabalho intensivo, em 1619, eles trouxeram os primeiros escravos africanos para a América Inglesa. Os peregrinos também possuíam escravos, mas eles nunca tiveram uma economia que exigisse um grande número de trabalhadores do campo. Assim, os agricultores livres de colônia de Plymouth se tornaram exemplos para a emergente colônia norte americana.

 The Story of Jamestown, four centuries later. The New York Time, agosto 2021. Disponível em www.nytimes.com

1. Segundo o texto, dois grupos diferentes fundaram os primeiros núcleos de povoamento na América Inglesa. Que grupos eram esses?

2. Que atividades econômicas os colonos desenvolveram em Jamestown? Qual era a mão de obra utilizada nesse trabalho?

3. Que razões levaram os peregrinos a fundar Plymouth? Segundo o texto, de que forma os colonos se organizavam economicamente?

4. A que conclusão o autor chegou depois de comparar os dois núcleos de povoamento da América Inglesa?

 

 Texto I I

As mulheres tiveram muitos papéis na Revolução Francesa, incluindo líderes políticas, ativistas e intelectuais. O movimento feminista emergiu em Paris como parte de uma ampla demanda por reformas sociais e políticas. Essas mulheres exigiam igualdade aos homens e depois passaram a exigir o fim da dominação masculina. Seu principal veículo de agitação eram panfletos e clubes de mulheres, especialmente a Sociedade das Mulheres Republicanas Revolucionárias. No entanto, o elemento jacobino no poder aboliu todos os clubes de mulheres em outubro de 1793 e prendeu seus líderes. O movimento foi esmagado. A década seguinte confirmou e perpetuou o status de segunda classe das mulheres com o Código Napoleônico.

  1. Qual a ideia central do texto?

 2. Quais papéis as mulheres desmpenharam na Revolução Francesa?

 3. Em todos os eventos, que aconteceram no planisfério terreal, as mulheres sempre particparam de forma direta ou indireta. Comente a afirmação

Parte II

 Manifesto das mulheres de Goiana

 Queridas compatriotas

O imperador que soube de tal arte de iludir-nos que chegamos a adorá-lo como Fundador e Defensor da Liberdade [...] traindo a nossa confiança [...] tirou finalmente a máscara hipócrita com que se disfarçava e fez ver em toda a caridade que, se nos embalava com a Independência, era para mais facilmente [...] nos escravizar [...]. A dissolução da Augusta Assembleia Nacional à força de artilharia e baionetas, e a prisão do nosso imortal Compatriota o Sr. Barata, são atentados[...] que nenhuma que nenhuma dúvida deixa [...]. Todos os seus atos posteriores o confirmarão, e tendem ao mesmo fim, o de escravizar-nos.  [...] Alguém poderá tachar-nos de nos intrometermos em política, por ser matéria alheia do nosso sexo: isso responderemos [...] não somos nós mães e esposas? E queremos acaso ser mães e esposas de escravos? [...] As Brasileiras [...] são sensíveis [...] à honra[...]e a glória de concorrerem para a liberdade e salvação da Pátria, pelas quais não duvidam arriscar as próprias vidas, preferindo a morte à escravidão.

                                                                                         Goiana, 10 de fevereiro de 1824.

BERNARDES, Denis A.de Mendonça.  A gente ínfima do povo e outras gentes na Confederação do Equador. In: DANTAS, Monica Duarte (org.). Revoltas, motins, revoluções: homens livres, pobres e libertos no Brasil do século XIX. São Paulo: Alameda, 2001. p. 153-154.

 

Goiana: Cidade pertencente a Pernambuco

Compatriota: Termo usado para pelos rebeldes de 1824 para se autodenominarem.  

 

Praticando o Ensino-Aprendizagem

 

1.       De que forma D. Pedro I foi descrito nesse documento de época?

2.       Que atos de D. Pedro I as autoras do manifesto citam para justificar a descrição que dele fazem?

3.       Com que argumentos elas se defendem de possíveis críticas por se intrometerem em política, que, na época, era considerada matéria alheia ao sexo feminino?   

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ AVALIAÇÃO 7º ANO

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS–CAPIM/ EXTREMOZ

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________________________

Série:   7º ano              Turno: Matutino          A ÁFRICA NO BRASIL

Cultura afro-brasileira é toda a manifestação cultural realizada no Brasil com influência ou tradição africana. O Brasil é um dos países com maior influência africana, já que são mais de 4 milhões de homens afrodescendentes.

Ela é fundamento e riqueza deste nosso país altamente miscigenado culturalmente. Sua presença é tão forte e fundamental que cada dia mais se faz necessário conhece-la e difundi-la, promovendo o respeito e a integridade. Vamos analisar um pouco nossa relação com a cultura afro-brasileira. Por exemplo, vamos observar o uso que fazemos da palavra “escravo”. É comum ouvirmos e lermos diversas vezes que “escravos foram trazidos da África” ou que “o Brasil foi culturalmente influenciado pelos escravos”.  Seria mais correto usarmos os termos “africanos”, pois a usar a palavra escravo, dá a impressão de ser natural o que era uma condição forçada naquele momento. No período colonial, os africanos escravizados por Portugal foram trazidos de algumas regiões específicas da África, os Bantos, vinham de Angola, Congo e Moçambique, enquanto os Sudaneses vinham da região ocidental do continente africano, do Sudão e da Costa da Guiné. A povoação do território brasileiro pelos africanos foi mais intensa na Bahia, Pernambuco, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. Os navios negreiros também eram conhecidos com “tumbeiros” pois muitos africanos morriam na viagem devido às péssimas condições em que eram transportados.  Nas maiores embarcações, o número de negros transportados, em condições deploráveis, chegava a 400, e eram separados em homens, mulheres, crianças e mulheres grávidas.  No período em que o comércio de escravos foi permitido, calcula-se que só o Brasil teve em torno de 4 milhões de africanos escravizados no seu território. Duas vezes a população de Curitiba, em números de hoje. Chegando aqui, seus costumes foram duramente reprimidos, mas não foram sufocados por completo. A comunidade negra mesmo escravizada mantinha algumas de suas práticas culturais e tradições.  Esses costumes, como a maneira de preparar alimentos, danças, músicas e rituais religiosos são hoje parte integrante da diversidade da cultura brasileira. Você sabia que o Brasil foi o último país a libertar os escravos? Sabe aquela imagem da Princesa Isabel, assinando a Lei Áurea, e os milhares de escravos sendo libertados felizes das senzalas, fazendas e canaviais? Pois é, isso é coisa de novela, não foi bem assim. Muito antes da Abolição, no ano de 1850, por pressão da Inglaterra, foi assinada a Lei Eusébio de Queirós, nome do ministro que pôs fim ao tráfico internacional de escravos para o Brasil. Em 1870, surgem as primeiras manifestações abolicionistas no país, e no ano seguinte, José Maria da Silva Paranhos - o Visconde do Rio Branco - promulga a Lei do Ventre Livre, que dá liberdade aos filhos e filhas de escravos nascidos a partir daquela data. E em 1885 é sancionada a lei Saraiva-Cotegipe, popularmente conhecida como a Lei dos Sexagenários, que libertava escravos com idade maior de 60 anos e compensava seus proprietários. Lógico que essa lei foi pouco útil, e muito criticada pelos que defendiam a libertação dos escravos, pois poucos chegavam a essa idade. Em 1888, a Lei Áurea foi assinada. A maioria das nações já tinha abolido a escravidão, o movimento abolicionista já era intenso no país, e o Brasil foi o último país americano a libertar seus escravos. A aceitação dos Costumes dos Africanos. Os costumes e crenças dos africanos não eram aceitos socialmente, mesmo após a Abolição. Aliás, após a lei Áurea, os africanos sofreram com a condição inferiorizada que foi imposta pela sua falta de estudos ou de profissão. Seus costumes somente passaram a ser aceitos como parte da diversidade da nossa cultura nacional no século XX, mais especificamente nos anos 30, no governo de Getúlio Vargas. 

1.       Qual a ideia central do texto?

2.       O que é cultura afro-brasileira?

3.       Explique por que não havia aceitação dos Costumes dos Africanos no Brasil?

4.       A Lei Áurea libertou de fato todos os escravos? Explique

5.        Onde aconteceu a povoação mais intensa de africano no território brasileiro? Explique