Documentário mostra a história de um carismático
jovem lutador brasileiro
Por Mário Augusto Jakobskind,Do Rio de Janeiro (RJ)
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"Osvaldão" conta história de militante comunista |
O documentário
"Osvaldão", que conta a história de um personagem carismático oriundo
das classes populares e que teve papel destacado como comandante da guerrilha
do Araguaia está nas telas dos cinemas brasileiros.
Com a direção de Vandré
Fernandes, Ana Petta, Fábio Bardella e André Michiles, um quarteto de jovens
que não eram nascidos quando da guerrilha, além de Renata Petta na produção, o
documentário tem uma história pouco comum. Ele foi realizado de forma
independente ao ser financiado por diversos movimentos sociais e contribuintes
individuais. Não dependeu de empresas públicas ou privadas.
O filme fala sobre Osvaldo
Orlando da Costa, um jovem nascido no município mineiro de Passa Quatro (MG),
de família descendente de escravos. Depois de exercer várias atividades,
inclusive como lutador de boxe no Vasco da Gama, ele ganhou uma bolsa de
estudos na então Tchecoslováquia, onde se formou em engenharia.
Militante comunista
Osvaldão tornou-se militante do
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e, a partir de 1967, durante a ditadura
civil militar, entrou fundo no projeto de guerrilha. Sua missão era preparar
terreno para a deflagração do movimento. A narração do documentário é feita
pelo ator Antônio Pitanga, pela cantora Leci Brandão e pelo cantor Criolo.
A guerrilha do Araguaia acabou
sendo reprimida de forma violenta. Seus militantes foram assassinados por
militares deslocados para combater um movimento que tentava dar os seus
primeiros passos. Quase todos os guerrilheiros foram presos e assassinados fora
de combate. Os corpos de alguns deles, entre os quais Osvaldão, estão
desaparecidos até hoje.
Pelo relato de camponeses
moradores da região, Osvaldão transformou-se numa lenda. Era uma figura
respeitada, não só pelo seu carisma como pelo poder de comunicação. Era
cultuado pelos habitantes locais, que também tiveram de enfrentar a fúria
repressiva do Estado brasileiro, no maior deslocamento de tropas ocorrido na
história do país desde a Guerra de Canudos.
Quem for
ver Osvaldão terá a oportunidade de conhecer com mais profundidade o jovem
negro brasileiro que tinha por objetivo acabar com a ditadura civil militar que
assolou o país depois da derrubada do Presidente constitucional João Goulart,
em abril de 1964. Ele e tantos outros companheiros deram a vida para
proporcionar melhores condições de vida ao povo brasileiro, pela via do
socialismo.
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/
17/02/2016
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