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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

CAPIM 8º ANO HISTÓRIA 08/12/2021

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 8º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 

Economia Cafeeira

A economia no Segundo Reinado sofreu grandes mudanças com a introdução do café nas pautas de exportação. Trazida pelas mãos do tenente coronel Francisco de Melo Palheta, as primeiras mudas da especiaria vingaram em solo paraense. Já nessa época, o consumo de sua bebida amarga era conhecido entre os consumidores europeus. Aos poucos, o café se tornou o produto-chefe de uma economia ainda sustentada pela imponência de seus latifúndios agroexportadores. O plantio sistemático da planta só se desenvolveu pelas regiões férteis do território fluminense, onde em 1760 eram cultivadas as primeiras remessas do produto. O terreno úmido e pantanoso da Baixada Fluminense era ricamente adaptado às exigências do novo gênero agrícola. Em breve espaço de tempo, o Rio de Janeiro galgou a posição de pioneiro do cultivo e na venda do café. No fim do século XVIII, as regiões da Tijuca, da Gávea e do Corcovado já estavam tomadas pelas plantações.

Preservando as características de nossa economia colonial, as plantações cariocas se sustentavam no uso do latifúndio, da monocultura e da mão-de-obra escrava. Tais características fizeram com que o plantio de café no Rio fosse atingido por sérias dificuldades. Uma delas estava relacionada ao uso indiscriminado do solo, o que acabou empobrecendo o potencial produtivo da região. Além disso, a proibição do tráfico negreiro, em 1850, acionou um freio na produção em terras fluminenses.

Porém, a ameaça de crise na ascendente produção cafeeira não se consolidou graças a uma nova frente de expansão de cultivo. A região do Oeste paulista, ao longo do tempo, conseguiu substituir os mercados dominados pelas primeiras lavouras e alcançar valores ainda mais expressivos. Isso aconteceu por conta da conquista dos mercados europeu e norte-americano. Paralelamente, a lógica produtiva implantada pelos cafeicultores paulistas também justificou o ritmo acelerado com que os pés de café dominaram nossa economia. Constituindo um perfil diferente dos antigos grandes proprietários de terra, os cafeicultores do Oeste Paulista sustentaram a produção com uma nova postura. As lavouras eram sistematicamente inspecionadas, as técnicas de plantio eram renovadas e o emprego de infraestrutura não foi poupado. Os recursos financeiros para tantos empreendimentos foram obtidos do acúmulo de capitais conquistado pela rápida aceitação do produto, o uso de capital financeiro e a dinamização da economia interna.

Sobre esse último aspecto, podemos destacar como o fim do tráfico negreiro contribuiu para que os recursos antes investidos nessa atividade fossem canalizados para a indústria e o comércio. Além disso, esse mesmo fenômeno contribuiu para que a mão-de-obra assalariada fosse adotada em substituição a outrora força de trabalho obtida pela exploração dos escravos negros. Nesse sentido, essa nova experiência abriu portas para formação de novas classes sociais no Brasil.

Em contrapartida, essa mesma diversificação econômica não deixou de fortalecer a classe proprietária de terras do país. Os grandes fazendeiros, durante o Segundo Reinado e a República Velha, tinham grande força de atuação política. Tal experiência causou diversos conflitos que marcavam o interesse conservador dos fazendeiros e as demandas inéditas de grupos de trabalhadores assalariados e urbanos. Somente no final da década de 1920 que observamos a crise das elites agroexportadoras, inclusive a cafeeira, frente às mudanças experimentadas no Brasil Republicano.

Praticando Ensino-Aprendizagem

1.    Quem trouxe para o Brasil as primeiras mudas de café?

2.    Que região do Brasil galgou a posição de pioneiro do cultivo e na venda do café?

3.    .que outra região do Brasil, ao longo do tempo, conseguiu substituir os mercados dominados pelas primeiras lavouras e alcançar valores ainda mais expressivos.

4.    “Constituindo um perfil diferente dos antigos grandes proprietários de terra, os cafeicultores do Oeste Paulista sustentaram a produção com uma nova postura. As lavouras eram sistematicamente inspecionadas, as técnicas de plantio eram renovadas e o emprego de infraestrutura não foi poupado”.

A questão “4” é para marcar Certo ou Errado

(      ) Certo                        (       ) Errado

5.    “O fim do tráfico negreiro contribuiu para que os recursos antes investidos nessa atividade fossem canalizados para a indústria e o comércio”.

A questão “5” é para marcar Certo ou Errado

(      ) Certo                        (       ) Errado

6.     “O fim do tráfico negreiro contribuiu para que a mão-de-obra assalariada fosse adotada em substituição a outrora força de trabalho obtida pela exploração dos escravos negros”.

A questão “6” é para marcar Certo ou Errado

(      ) Certo                        (       ) Errado

7.    “Os grandes fazendeiros, durante o Segundo Reinado e a República Velha, tinham grande força de atuação política. Tal experiência causou diversos conflitos que marcavam o interesse conservador dos fazendeiros e as demandas inéditas de grupos de trabalhadores assalariados e urbanos”.

    A questão “7” é para marcar Certo ou Errado

(      ) Certo                        (       ) Errado

 

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