ESCOLA MUNICIPAL MARIA
ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina: História
Professor: Luiz
Cláudio
Série: 8º
Ano
Aluno: ______________________________________________
MOVIMENTO
ABOLICIONISTA
O movimento abolicionista
atuou durante grande parte do Segundo Reinado, mas ganhou força na década de
1870 e contribuiu para a abolição da escravatura no Brasil em 1888.
A abolição da escravatura no Brasil foi uma
conquista tardia e que aconteceu no dia 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea. Esse acontecimento foi resultado
de intensa mobilização popular para que a escravidão dos negros deixasse de
existir no país. Essa mobilização fez parte do movimento abolicionista que agrupou pessoas de diferentes classes da sociedade contra a escravidão.
Movimento abolicionista no século XIX
O movimento
abolicionista, que surgiu no século XIX, teve papel fundamental na aprovação da
Lei Áurea, em 1888. Esse movimento reuniu pessoas de diferentes grupos da
sociedade que agiram de diferentes maneiras para defender o fim da escravidão
dos negros no Brasil. Dentro do movimento abolicionista está também a
resistência dos escravos.
O movimento
abolicionista ganhou força no Brasil a partir da década de 1870 e isso é bem
exemplificado com o fato de que, entre 1868 e 1871, surgiram no país 25
associações que defendiam a abolição. Nesse período, as formas como esses
grupos agiam contra a escravidão eram diversas. O crescimento da pauta
abolicionista ocorreu inclusive na política brasileira, embora a resistência
ainda fosse grande.
Essas associações
reuniam pessoas que debatiam estratégias e que atuavam publicamente na defesa
do abolicionismo. Essas associações reuniam pessoas que tiveram papel destacado
na defesa da abolição como André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Abílio César Borges, Joaquim Nabuco,
entre outros.
As associações
continuaram crescendo nas décadas de 1870 e 1880 e somente entre
1878 e 1885 surgiram no Brasil 227 associações abolicionistas no
país. Essas associações abolicionistas organizavam conferências que debatiam a
causa, realizavam eventos públicos, incentivavam escravos a fugir, abrigavam
escravos fugidos, transportavam os fugidos para locais mais seguros etc.
Existiam abolicionistas
e associações que redigiam folhetos e os divulgavam publicamente como foi o
caso de “O
abolicionismo”, redigido por Joaquim Nabuco, em 1883. Os
jornais também foram um recurso importante na divulgação da causa, e jornais
como A
Abolição, O Federalista e o Jornal
do Commercio publicavam textos com artigos pró-abolição.
O movimento abolicionista
ganhou duas facetas no século XIX: uma que agia pelas vias legais e outra
radical, que agia por meio de ações ilegais (de acordo com a lei da época).
Entre as ações legais estavam a distribuição de panfletos, publicação de
artigos, realização de eventos públicos, abertura de ações na Justiça etc.
Entre as ações ilegais estavam as ações de desobediência civil contra
a escravidão.
Os abolicionistas
incentivavam os escravos a fugir e os auxiliavam dando-lhes abrigo ou
transportando os fugidos para estados como o Ceará (que aboliu a escravidão em
1884), ou quilombos que ficavam nas redondezas do local que atuavam.
A atuação do movimento abolicionista
incentivava os escravos a se rebelarem contra seus senhores, e inúmeros relatos
nos mostram que a ação dos escravos passou de fugas individuais para fugas
coletivas e constantes como
forma de pressionar seus donos. Havia também revoltas de escravos contra seus
senhores, que resultavam na morte de seu dono e de sua família.
As ações dos escravos, nesse contexto, foram enxergadas
pelo historiador Walter Fraga como rebeldia antissistêmica,
isto é, a ação dos escravos visava a romper com o sistema escravista e a
conquistar a sua liberdade. Essa ação acontecia, porque os escravos perceberam
que a ação do movimento abolicionista enfraqueceu a instituição da escravidão
no país.
Muitos dos escravos que fugiam reuniam-se em quilombos, e
locais, como Rio de Janeiro e Santos, ficaram cercados por vários quilombos que
sugiram a medida que os escravos fugiam. Um desses quilombos – o Quilombo
do Leblon – ficou conhecido por ter “criado” o símbolo do
abolicionismo no Brasil: a camélia branca.
Essa flor tornou-se símbolo da causa e portá-la em broche ou cultivá-la em casa
tornou-se sinal de apoio ao abolicionismo.
No longo prazo, a junção do movimento abolicionista à
resistência dos escravos conseguiu forçar o Império para que fosse aprovada a Lei Áurea,
em 13 de abril de 1888, que decretou a abolição da escravatura de maneira
imediata e sem indenização.
Leis
abolicionistas
Conforme o movimento abolicionista ganhava força na
política brasileira, as mudanças iam acontecendo, mas de maneira lenta. No interesse
de estender a escravidão vigente o máximo possível, os escravocratas defendiam
uma transição gradual e, para isso, as leis abolicionistas tiveram um peso
importante, pois garantiram essa gradualidade na transição.
Ao longo do período 1850-1888, ou seja, o período entre a
Lei Eusébio de Queirós e a Lei Áurea, foram aprovadas duas leis abolicionistas:
a Lei
do Ventre Livre, de 1871 e a Lei dos Sexagenários,
de 1885. Cada uma das leis, decretava o seguinte:
·
Lei do Ventre Livre (1871): declarava que
todo filho de escrava nascida a partir de 1871 seria livre depois de um certo
período de tempo. Segundo essa lei, o filho da escrava poderia ser liberto com
oito anos e o dono receberia uma indenização de 600 mil réis ou, então, ele
poderia ser liberto aos vinte e um anos, e o dono não receberia indenização.
·
Lei dos Sexagenários (1885): declarava que
todo escravo com mais de sessenta anos seria liberto depois de trabalhar por
três anos como forma de indenização.
Quais
foram os líderes do movimento abolicionista?
O movimento abolicionista não contou com a liderança de
uma pessoa na articulação da causa como um todo, mas contou com o envolvimento
e liderança de diferentes pessoas que atuaram de diversas maneiras, em
diferentes espaços e regiões. Entre essas pessoas podemos destacar os seguintes
nomes:
·
Joaquim Nabuco: abolicionista
que tentou conquistar o apoio de abolicionistas europeus e era defensor da
realização de reforma agrária após a abolição.
·
André Rebouças: engenheiro e
negro que foi tesoureiro da Confederação Abolicionista.
·
José do Patrocínio:
negro e jornalista que redigiu o manifesto da Confederação Abolicionista.
·
Luís Gama: negro, vendido
como escravo pelo pai. Após conquistar a sua liberdade, tornou-se jornalista e
rábula (advogado sem formação).
Foram organizados ataques de abolicionistas que
“roubavam” os escravos e depois os levavam para locais seguros e os libertavam.
|Houve até casos em que grupos abolicionistas defenderam um levante armado pelo
fim da escravidão.
Entre as associações abolicionistas, a de maior destaque
foi a Confederação Abolicionista, criada em
1883 por José do Patrocínio e André Rebouças, que defendia a abolição sem
indenização para os donos de escravos. A Confederação Abolicionista teve papel
de suma importância e coordenou a campanha pela libertação dos escravos em
nível nacional.
Praticando
Ensino-Aprendizagem
1.
Qual
foi o período de atuação do movimento
abolicionista?
2.
O
que foi a abolição da escravatura no Brasil?
3.
Entre
os anos de 1878 e 1885 existiam quantas associações abolicionista
no Brasil?
4.
Cite
o nome dos jornais que divulgavam ideias abolicionistas.
5.
O
movimento abolicionista contou com a liderança de diversas pessoas. Cite-as.
6. Cite as Leis abolicionistas.
7.
“Entre as associações abolicionistas, a
de maior destaque foi a Confederação Abolicionista,
criada em 1883 por José do Patrocínio e André Rebouças, que defendia a abolição
sem indenização para os donos de escravos. A Confederação Abolicionista teve
papel de suma importância e coordenou a campanha pela libertação dos escravos
em nível nacional”.
A questão “7 é para marcar Certo ou Errado
( )
Certo ( ) Errado
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
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QUESTÕES
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