Filme mostra
resistência de comunidades “engolidas” pela metrópole mineira.
Da Redação De Belo Horizonte (BH)
Existência do quilombo está registrado desde o séc. 19 | Foto: Daniel Cruz |
“Não fomos nós que
viemos pra cá. A cidade é que veio”, conta Maria Luzia Sindônio, do quilombo
urbano dos Luízes. Este e outros depoimentos de quilombolas foram reunidos no
documentário “Vozes da Resistência”, que será lançado na quinta-feira (8), no
cine Humberto Mauro.
O filme conta a
história de três comunidades de Belo Horizonte, o Luízes, Mangueiras e Manzo
Ngunzo Kaiango, áreas consideradas quilombos urbanos. Apesar de se originarem
de ex-escravos, as comunidades foram “engolidas” pela cidade, causando uma
série de infrações a direitos.
A Defensoria
Pública da União, produtora do filme, reuniu pela primeira vez a história e
reivindicações destes quilombolas sobre a regularização fundiária. A direção é
da servidora da Defensoria Pública da União em Belo Horizonte Zuleide
Filgueiras e o argumento é do defensor Estêvão Ferreira Couto.
Seminário da
resistência
Nos dias 6 e 7 de
outubro, a Defensoria realiza o seminário “Vozes da Resistência – em defesa dos
direitos dos quilombolas” para divulgar os direitos dos cidadãos que tenham se
originado de quilombos. A atividade serve também para tornar públicos os
trabalhos feitos com quilombolas nos últimos anos.
Os debates contarão
com a presença de defensores, juristas, professores universitários, quilombolas
e representantes do governo de Minas Gerais e de Belo Horizonte. O evento
acontece na terça e quarta-feira, de 9h às 17h, no Museu Histórico Abílio
Barreto (Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim).
Lançamento de
“Vozes da Resistência – os quilombos urbanos de Belo Horizonte”
Quando: quinta-feira
(8), às 19h
Onde: Cine Humberto Mauro, Palácio das Artes
Fonte:http://www.brasildefato.com.br/
06/10/2015
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