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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

CAPIM HISTÓRIA 8º ANO 25/08/2021

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 8º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 

Rebeliões Nativistas,

Contradições da Colonização,

Aclamação de Amador Bueno,

Revolta de Beckman,

Guerra dos Mascates,

Guerra dos Emboabas,

A Revolta de Vila Rica.

Insurreição Pernambucana

 

 

Carga Horária: 02 Horas

 

 

 

Rebeliões Nativistas

As Rebeliões Nativistas ocorreram no Brasil entre os séculos XVII e XVIII como resultado, em sua maioria, de indisposições com a Coroa Portuguesa.

Durante a colonização do Brasil, muitos problemas foram se apresentando. Tais problemas abrangiam situações como a forma de concessão de terrenos para colonos e aventureiros que vinham de Portugal para aqui se estabelecer, a extração de recursos naturais, como o pau-brasil, o apresamento e o tráfico de indígenas, entre outras coisas. Essas situações acabaram promovendo as chamadas contradições da colonização

De tais contradições, as Rebeliões Nativistas acabariam por se tornar emblemáticas.

A expressão “Rebeliões Nativistas” refere-se às revoltas e tentativas de revoluções políticas que se desenrolaram em solo brasileiro entre os séculos XVII e XVIII. Essas rebeliões aconteceram nesse período especialmente porque o sistema colonial (começado efetivamente em 1530) já estava consolidado no Brasil e a Corte Portuguesa já conseguia exercer sua autoridade na maior parte do território que dominava, sobretudo, naqueles que se tornaram os grandes polos de atividade econômica: a Capitania de Pernambuco e a Capitania de Minas Gerais.

Contudo, o estabelecimento pela Coroa de regras e de exigências para os colonos, como a cobrança de impostos sobre o que se produzia, chocava-se com as perspectivas dos próprios nativos, que aqui passaram a fazer suas próprias regras, inclusive, em alguns momentos, articulando-se com outros povos europeus, como os holandeses e os espanhóis. Esse choque de perspectivas gerou situações extremas, provocando confrontos e tentativas de instituição de governos paralelos com autonomia política.

A chamada Aclamação de Amador Bueno, que ocorreu na Capitania de São Paulo, por exemplo, consistiu em uma tentativa dos bandeirantes paulistas de elegerem o fazendeiro e também bandeirante, Amador Bueno, governador da referida Capitania à revelia da Coroa. As razões para tanto vinham das restrições que a Coroa Portuguesa, após o fim da União Ibérica, passou a impor ao tráfico de índios na colônia (uma das atividades mais lucrativas para os bandeirantes) e, sobretudo à comercialização com os espanhóis por meio das fronteiras na região Sul.

Revolta de Beckman, ocorrida em 1684, na cidade de São Luís do Maranhão. Essa revolta teve como motivo central as exigências de melhorias nas relações entre Maranhão e a Coroa Portuguesa, que, segundo os revoltosos, não garantia o devido amparo à região. Os líderes da revolta eram irmãos (Tomás e Manuel) Beckman e deram nome ao evento. A rebelião durou cerca de um ano e foi debelada por tropas portuguesas em 1685.

Nas primeiras décadas do século XVIII, alguns confrontos tornaram-se notórios e todos estavam direta ou indiretamente associados à administração da Coroa Portuguesa no Brasil. Três deles são notórios e seguem abaixo:

Guerra dos Mascates:  Esse conflito ocorreu em meio à situação em que a Capitania de Pernambuco encontrava-se nas décadas que se seguiram após a expulsão dos holandeses em 1654. A situação financeira dos senhores de engenho, cujo centro político estava na cidade de Olinda, agravava-se, haja vista que os bancos da Holanda que os financiavam no passado não mais o faziam. Como tinham controle sobre a autoridade local, a Câmara de Olinda, esses senhores de engenho induziram o governo a aumentar os impostos que os comerciantes tributavam. A maior parte desses comerciantes estava em Recife e, em protesto, entre os anos de 1710 e 1711, rebelou-se contra Olinda. Esses comerciantes eram chamados de mascates, por isso o nome da revolta.

Guerra dos Emboabas: Essa guerra ocorreu dois anos antes da Guerra dos Mascates, porém na Capitania de Minas de Gerais. Assim como o termo “mascate” era atribuído pejorativamente aos comerciantes recifenses pelos senhores de Engenho de Pernambuco, o termo “emboaba” era usado pelos mineiros, em geral bandeirantes paulistas estabelecidos na Capitania de Minas Gerais, em referência aos estrangeiros que vinham a essa Capitania à procura de metais preciosos. A Guerra aconteceu, portanto, entre paulistas e os “emboabas”, tendo solução apenas no ano de 1709.

A Revolta de Vila RicaEssa revolta, conhecida também como Revolta Felipe dos Santos, também ocorreu na Capitania de Minas Gerais, porém não entre mineiros ou prospectores de metais, mas entre líderes políticos locais e a autoridade real da Coroa Portuguesa. Os motivos da Revolta de Vila Rica (lugar onde o conflito estourou) eram semelhantes às das outras: a imposição de alta carga tributária (impostos) aos nativos pela Coroa. O conflito se deu no ano de 1720, e o seu nome secundário remete a um dos revoltosos, o tropeiro Felipe dos Santos.

Insurreição Pernambucana

 

A Holanda, ao longo do processo de consolidação de sua expansão marítimo-comercial, teve de enfrentar sérias dificuldades para a expansão de suas atividades mercantis. Primeiramente, foi obrigada a entrar em um desgastante conflito no qual lutava pela independência da região dos Países Baixos do poderio espanhol. Externamente, necessitava urgentemente de ampliar seus negócios através da criação de colônias no continente americano.

Ao mesmo tempo em que lutava com os espanhóis, a Holanda criou a Companhia das Índias Ocidentais. Essa empresa foi responsável por tratar das questões mercantis holandesas. Entre suas primeiras ações, a Companhia organizou um conjunto de invasões ao território brasileiro que tinha um duplo objetivo: fixar polos de exploração açucareira no Nordeste e enfraquecer a Espanha, que na época desfrutava dos lucros das possessões coloniais lusitanas por conta da União Ibérica.


Após não conseguirem invadir Salvador, as expedições holandesas tiveram êxito em controlar a região de Pernambuco, a partir de 1630. Nesse tempo, a administração holandesa financiou a exploração açucareira oferecendo empréstimos aos senhores-de-engenho. Sob o comando de Maurício de Nassau, o Nordeste açucareiro parecia desfrutar de um período próspero. No entanto, enquanto Nassau favorecia os senhores-de-engenho, o governo holandês gastava boa parte de seus lucros com as guerras em prol de sua independência.

Esses conflitos esvaziaram os cofres do Estado holandês, que a partir de então não tinha mais condições de bancar a produção açucareira no Brasil. Com isso, a Companhia de Comércio foi pressionada a cobrar suas dívidas junto aos, senhores de engenhos nordestinos. Inconformados com a mudança na política colonial holandesa, vários proprietários de terra da região começaram a se opor à presença dos holandeses. Dava-se início a uma sequência de conflitos que marcaram a chamada Insurreição Pernambucana.

Os colonos, que inicialmente não contaram com o apoio lusitano, empreenderam a formação de tropas que venceram os primeiros embates contra a Holanda. Com a liderança de Filipe Camarão e Henrique Dias, os colonos resistiam à agora desinteressante presença holandesa. A Batalha das Tabocas e de Guararapes foram dois grandes golpes que enfraqueceram o poderio dos invasores em terras tupiniquins. Já não podendo fazer frente às tropas, luso-pernambucanas, os holandeses encerraram seu período de dominação com a derrota na batalha de Campina da Taborda, em 1654.

Ainda consta que, para garantir a reintegração de suas posses, Portugal concedeu uma indenização de 63 toneladas de ouro. A Holanda, já enfraquecida com os conflitos no cenário americano e europeu, optou pela retirada de suas tropas e o aceite da indenização. Expulsos do Brasil, os holandeses rumaram para as Antilhas onde passaram a produzir um açúcar mais barato que influenciou na crise açucareira do nordeste brasileiro.

Praticando Ensino-Aprendizagem

1.      O que foram as rebeliões nativistas ocorridas no Brasil durante o período colonial?

2.      A partir da consolidação do sistema colonial pela Corte Portuguesa, quais os territórios que se tornaram os grandes polos de atividade econômica?

 

3.      Ocorreu na Capitania de São Paulo. Consistiu em uma tentativa dos bandeirantes paulistas de elegerem o fazendeiro e também bandeirante ___________________ governador da referida Capitania à revelia da Coroa.

Assinale a alternativa correta:

a)      Tiradentes

b)      Amador Bueno

c)      Felipe Camarão

d)     D. Pedro I

4.      “O termo ____________ era usado pelos mineiros, em geral bandeirantes paulistas estabelecidos na Capitania de Minas Gerais, em referência aos estrangeiros que vinham a essa Capitania à procura de metais preciosos”. A afirmação acima se refere a qual conflito colonial?

 

5.      O que você entende por  Guerra dos Mascates?

 

6.      Como é conhecido também A Revolta de Vila Rica? Onde ocorreu? O que motivou essa revolta?

 

7.      “Os colonos, que inicialmente não contaram com o apoio lusitano, empreenderam a formação de tropas que venceram os primeiros embates contra a Holanda. Com a liderança de Filipe Camarão e Henrique Dias, os colonos resistiam à agora desinteressante presença holandesa. A Batalha das Tabocas e de Guararapes foram dois grandes golpes que enfraqueceram o poderio dos invasores em terras tupiniquins. Já não podendo fazer frente às tropas, luso-pernambucanas, os holandeses encerraram seu período de dominação com a derrota na batalha de Campina da Taborda, em 1654”.

O texto acima se refere a qual movimento do período colonial?

a)      Revolta de Beckman,

b)     A Guerra dos Mascates,

c)      A Guerra dos Emboadas,

d)     A Insurreição Pernambucana

e)      A Revolta de Vila Rica.

 

 

3 comentários:

  1. Alono:Lucas Mateus Belo Da Silva

    1-O que foram as rebeliões nativistas ocorridas no brasil durante o período colonial?Entre as revoltas nativas mais importantes estão:revolta de beckman,guerra dos emboadas,guerra dos mascates e a revolta de felipe dos santos, são revoltas separatistas:inconfidência meneira e conjuraçao

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    1. *Conjuração baiana...a guerra dos emboadas foi um conflito que ocorreu entre 1708 e 1709

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  2. 2-R:Os anos iniciais da colonização portuguesa, conhecido como período pré-colonial,foram pautados pela explicação do pau-brasil e do trabalho indígena a partir do escambo.

    3-R:b)amador bueno

    4-R:revilia coroa

    5-R:Esse conflito ocorreu em meio a situação em que a capitania de Pernambuco encontrava-se décadas que se seguiram a expulsão dos holandeses em 1654.

    6-R:Revolta felipe dos santos,na capitania de minas gerais,lugar onde o conflito estourou.

    7-R:d) a insurreição pernambucana

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