ESCOLA
MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina:
História
Professor:
Luiz Cláudio
Série:
6º Ano
Aluno:
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Grécia Antiga
Grécia Antiga ou civilização grega é
como conhecemos a civilização formada pelos gregos no sul da Península
Balcânica e que se estendeu por outras partes do Mediterrâneo , além das
Cíclades, pela Ásia Menor e por regiões costeiras no Mar Negro. A história
grega iniciou-se oficialmente com o período homérico, por volta de 1100 a.C. e
estendeu-se até a transformação da Grécia em protetorado romano, em 146 a.C.
A história
grega é compreendida em cinco períodos criados pelos historiadores, sendo o
clássico o momento de auge dos gregos. Nesse período houve grande
desenvolvimento das pólis, destacando-se Atenas e Esparta. Os gregos legaram à
humanidade uma série de contribuições significativas em áreas do conhecimento,
como história, filosofia, literatura, teatro etc.
PERÍODOS DA GRÉCIA ANTIGA
A periodização é uma estratégia utilizada pelos historiadores para
facilitar-se a assimilação e a organização do conhecimento histórico. No caso
de civilizações da Antiguidade, como os gregos, datações aproximadas foram
criadas levando-se em consideração determinadas características ou
acontecimentos que são estudados.
No caso dos
gregos, a datação estipulou a divisão em cinco períodos, que são:
· Período
pré-homérico (2000-1100 a.C.): período de formação do povo grego.
Marcado pela existência de duas grandes civilizações — minoica e micênica.
· Período
homérico (1100-800 a.C.): o “mundo grego” passa por uma grande ruralização com
a invasão dórica, e existem pouquíssimos registros sobre essa fase. A vida gira
em torno do genos, e há um grande recuo civilizacional.
· Período
arcaico (800-500 a.C.): marcado pelo surgimento da pólis, o
modelo da cidade-estado da Grécia. O aumento populacional leva os gregos a
mudarem-se à procura de novos locais. O alfabeto fonético surge.
· Período
clássico (500-338 a.C.): período de maior desenvolvimento dos gregos,
marcado pelo florescimento da cultura grega, como a filosofia. Esse
período presenciou a rivalidade entre duas grandes cidades-estado gregas:
Atenas e Esparta.
· Período
helenístico (338-136 a.C.): a Grécia foi conquistada pela Macedônia,
iniciando-se a fase da difusão da cultura grega pelo Oriente. Seu
fim ocorreu quando a Grécia converteu-se em um protetorado dos romanos.
FORMAÇÃO DA GRÉCIA
O povo grego
foi formado da mescla de povos indo-europeus que começaram a
estabelecer-se na Grécia Continental a partir de 2000 a.C. Os povos que
formaram o povo grego foram os jônios, aqueus, eólios e dórios,
cada qual chegando à Grécia em um período distinto.
· Cretenses
O avanço desses
povos indo-europeus sobre a Grécia levou-os a encontrar uma civilização
estabelecida em uma grande ilha do Mar Egeu, a ilha de Creta. Esses eram os
cretenses ou minoicos, uma grande civilização que existiu entre 2000
a.C. até cerca de 1400 a.C., quando foram assimilados pelos micênicos.
As duas grandes
civilizações do período pré-homérico foram as civilizações minoica
(também chamada de cretense) e micênica. Os minoicos eram
originários da Ásia Menor e estabeleceram-se em algumas ilhas do Mar Egeu (as
Cíclades), sobretudo em Creta. Lá desenvolveram uma civilização que sobrevivia
da agricultura e do comércio.
Desenvolveram
também um sistema de escrita hieroglífica (chamado
Linear A), que ainda não foi inteiramente decifrada pelos estudiosos do
assunto. Acredita-se que o uso excessivo do solo aliado à ocorrência de
desastres naturais, como uma erupção vulcânica que afetou severamente Creta,
tenham sido os fatores que levaram esse povo à decadência e à sua assimilação pelos
micênicos.
· Micênicos
Os micênicos
eram um dos povos indo-europeus que chegaram à Grécia no segundo milênio a.C.
Eles chamavam a si próprios de aqueus, e acredita-se que eles
chegaram à região por volta de 1600 a.C. Os aqueus
expandiram-se para o sul da Grécia, alcançando as Cíclades e a Ásia Menor
(região da atual Turquia).
Nessa expansão,
eles tiveram contato com os cretenses e assimilaram diversas
características da cultura deles. A expansão territorial dos aqueus e
a fusão de sua cultura com a cretense deram origem à civilização micênica, a
segunda grande civilização da Grécia no período pré-homérico.
Assim como os
cretenses, os micênicos estabeleceram importantes laços
comerciais com povos da região do Mediterrâneo. Eles dominavam
técnicas de metalurgia e cerâmica, e seus centros de poder (no plural,
pois se organizavam em cidades-estado) baseavam-se em um grande palácio que
abrigava um rei. Tinham como fonte de escrita um silabário, ou
seja, símbolos que representavam sílabas. Chamada de Linear B, essa forma de
escrita foi herdada da desenvolvida pelos cretenses e representava uma forma
arcaica de grego.
A partir de
1200 a.C. os micênicos entraram em decadência, e isso está
relacionado com a invasão dórica. Os dórios também eram um povo
indo-europeu que chegou ao território grego a partir de 1200 a.C., trazendo
grande destruição. A cultura micênica foi quase inteiramente destruída, e
depois se estabeleceu um período de recuo civilizacional,
conhecido como período homérico.
PÓLIS
A Grécia Antiga
tinha como grande característica a pólis, que era basicamente o seu modelo
de cidade-estado. Essa estrutura de comunidade foi surgindo de maneira
gradual na Grécia ao longo dos períodos homérico e arcaico. Portanto, não se
estabeleceu de uma hora para outra, mas foi resultado de um processo
lento que se deu à medida que o modo de vida dos gregos tornava-se
mais sofisticado.
· Genos,
as comunidades anteriores
Com a
destruição dos micênicos pelos dórios, um grande recuo civilizacional aconteceu
na Grécia. As comunidades que ali existiam ruralizaram-se, o modo de vida
tornou-se mais arcaico, a escrita foi temporariamente esquecida, e as grandes
cidades, como Micenas, deram origem ao genos.
O genos era
uma pequena comunidade agrícola, na qual os seus habitantes
possuíam laços de consanguinidade e acreditavam que descendiam
de um herdeiro mítico em comum. Essa comunidade era governada por um patriarca chamado
de pater, e os membros mais próximos dele formavam a
aristocracia do local.
Essa organização
predominou-se durante o período homérico, mas foi perdendo força a partir do
período arcaico. Apesar de formar uma comunidade que, em tese, era marcada pela
solidariedade e coletividade, o genos foi, ao longo do tempo, presenciando a
formação de uma aristocracia que controlava as terras.
Às vezes, por
questão de segurança, diferentes genos poderiam unir-se, formando fratrias,
o que reforçou a desigualdade: uma vez que grupos distintos uniam-se, a divisão
dos cargos e das terras tornava-se um problema. À medida que a população na
Grécia aumentava, o comércio reanimava-se, a moeda passava a ser utilizada, e a
fratria passava por mudanças sociais e políticas significativas.
· Formação
e características da pólis
Toda essa
transformação deu-se a partir do período arcaico e resultou no surgimento da
pólis. A urbanização da Grécia iniciou-se, portanto, a partir do século VIII
a.C. e fez surgir milhares de pólis por todo o território ocupado pelos gregos
(e que não se resume apenas à Grécia Continental). Entre as principais pólis,
estão Atenas, Esparta, Tebas, Corinto
e Rodes.
A pólis é
comumente conhecida como cidade-estado, uma vez que cada pólis
possuía ampla autonomia sobre si. As pólis eram marcadas por
autonomia política, econômica, jurídica e religiosa, e, assim, a forma de
governo adotada, os principais deuses venerados e os princípios de participação
na política eram definidos por cada cidade-estado. Exemplificando, o
funcionamento de toda a sociedade ateniense era um atributo exclusivo de Atenas,
e outras cidades não tinham autonomia nenhuma para intervir nos assuntos dessa
cidade.
Isso nos ajuda
a concluir que a Grécia Antiga não foi um império centralizado e com
fronteiras muito definidas, como em outros povos da Antiguidade. Esse
território e sua civilização basicamente correspondem a um espaço específico
onde diferentes comunidades reuniam entre si características em comum, como a
cultura, a religião, o idioma etc.
A pólis era uma
cidade, geralmente fortificada, que possuía como principal zona a Acrópole,
construída em território elevado e que reunia os principais prédios da cidade,
como os templos religiosos. O seu posicionamento em local elevado era
estratégico, pois se pensava na defesa do local em caso de guerra.
Grande parte
das pólis possuía, na Acrópole, prédios reservados para que os homens adultos,
nascidos na cidade, discutissem a política local — a Assembleia.
Essa característica, no entanto, foi tardia, uma vez que, no início, a
totalidade das pólis era aristocrática, e, portanto, somente um grupo muito
pequeno tinha direito de tal exercício.
Além disso, a
existência de um centro urbano fortificado não resume a pólis especificamente
aos limites da muralha. Pequenas aldeias próximas que
cultivavam os alimentos também eram incluídas no raio de ação
das pólis. Entre todas elas, fala-se que Esparta, ao sul da Grécia, foi a
maior, controlando um território de cerca de 8500 km2.
Durante esse
processo de estabelecimento da pólis, a desigualdade social aumentou-se
cada vez mais. Os camponeses endividados eram obrigados a tornarem-se escravos
dos aristocratas para pagarem as suas dívidas. Assim, muitos optaram por
abandonar suas terras natais e partiram em busca de estabelecer-se em novos
locais.
Isso ficou
conhecido como colonização grega, e esse acontecimento
aproveitou-se da expansão comercial dos gregos a partir do período arcaico no
século VIII a.C. Com isso, os gregos estabeleceram-se em diferentes regiões do
Mediterrâneo e até mesmo do Mar Negro.
A localização
das colônias gregas favoreceu mais ainda o desenvolvimento comercial,
pois criou um local de contato permanente de gregos com outras populações que
já habitavam nas proximidades de onde se instalaram as colônias.
· Esparta
e Atenas
Entre todas as
pólis gregas, Atenas e Esparta foram as maiores, pois
acumularam grande poderio econômico, militar e político. O auge dessas cidades
ocorreu durante o período clássico, e a história grega é marcada pela
rivalidade entre elas, que, além disso, possuíam dois modelos de
pólis absolutamente distintos um do outro.
O modelo
clássico pelo qual conhecemos Atenas desenvolveu-se a partir
do final do período arcaico, portanto, no século VI a.C. No caso dessa cidade,
esse modelo desenvolveu-se por conta das tensões sociais que demandavam
um sistema menos aristocrático. O desenvolvimento ateniense
proporcionado pelo crescimento comercial gerou riqueza, mas
também acentuou as diferenças sociais.
Essas
diferenças geraram tensões amenizadas por meio de reformas de Sólon,
governante da cidade no começo do século VI a.C. Ele decretou o fim da
escravidão por dívidas, dividiu a cidade em quatro grupos baseados na sua
renda, e permitiu que eles participassem da Assembleia, ou seja, na tomada de
decisões da administração ateniense.
Entretanto, o
grupo mais baixo desses quatro na pirâmide social não poderia participar de
outra instituição mais importante que a Assembleia — a Bulé. O sistema de
Sólon não garantiu muitas mudanças para os pobres, mas permitia a
ascensão de uma classe de novos ricos que não tinham voz no processo político
de Atenas porque não descendiam de famílias aristocratas.
No final desse
século, Clístenes, outro governante, aprofundou as transformações
em Atenas. Ele excluiu os critérios censitários de sua organização e dividiu a
cidade por localidade, permitindo que a participação na Assembleia aumentasse.
Na prática, todo homem ateniense, maior de 18 anos, tinha direito de participar
da Assembleia. Surgia, assim, a democracia ateniense.
No entanto,
esse modelo era limitado, uma vez que excluía diversos grupos que
residiam na cidade, como pessoas nascidas em outras cidades (encaradas como
estrangeiros) e as mulheres. No caso dos homens, pode-se falar que os
interesses dos ricos e aristocratas ainda prevaleciam na Assembleia (também
chamada de Eclésia).
Esparta, por sua vez, possuía um sistema diferente de
Atenas, pois, se, em Atenas, o modelo predominante era a democracia, em
Esparta, o que prevaleceu foi a oligarquia. Esparta era uma sociedade militarizada e
herdeira dos dórios. Uma pequena classe social de guerreiros possuía
privilégios, participava da política e explorava o trabalho de camponeses
pobres (periecos) e dos escravos (hilotas).
A aristocracia
espartana fazia de tudo para evitar transformações sociais e agia para a
manutenção desse sistema de exploração de grande parte da população. Conhecidos
como os melhores guerreiros da Grécia, os espartanos utilizavam-se da violência
para manter as “classes subalternas” dominadas. De tempos em tempos, os
guerreiros espartanos (chamavam a si de “os iguais”) organizavam
caçadas para chacinar parte da população hilota.
Os guerreiros
formavam essa elite que não trabalhava e dedicava-se integralmente à
vida militar.
O treinamento
militar em Esparta iniciava-se na infância e estendia-se por toda
vida. A partir de determinada idade, os militares tinham o direito de entrar na
vida política. O governo da cidade era feito por dois reis,
por um conselho (Gerúsia) que cuidava das leis, e pelo Eforato —
formado por cinco membros eleitos pela Assembleia de guerreiros para um mandato
de um ano, atuando como auxiliares na tomada de decisão dos reis.
A rivalidade
entre as duas cidades era intensa, mas, em um momento específico da história
grega, Atenas e Esparta abriram mão de suas diferenças e uniram-se para lutar
contra um inimigo em comum: os persas.
ENFRAQUECIMENTO DA GRÉCIA ANTIGA
O período
clássico é entendido como o auge da Grécia Antiga por conta do grande
desenvolvimento intelectual e econômico que nele aconteceu. No entanto, ele
também marcou o início da decadência grega, e isso está relacionado com
uma série de guerras que aconteceram entre os séculos V a.C. e IV a.C.
Os dois grandes
conflitos que abalaram a Grécia foram as duas Guerras Médicas e a Guerra do
Peloponeso.
A primeira foi
um conflito de persas contra gregos, em que estes se defenderam da
tentativa de expansão persa, enquanto a segunda foi um conflito causado pelas
rivalidades regionais entre Atenas e Esparta.
As Guerras
Médicas aconteceram em dois momentos distintos, um no qual os persas eram
liderados por Dario, e outro em que era liderados por Xerxes.
Nos dois casos,
os persas tentaram expandir seu império para a Grécia Continental, porém
foram derrotados. Na Batalha de Maratona (490
a.C.), Dario foi derrotado, e Xerxes foi derrotado na Batalha de
Plateia (479 a.C.).
Desse conflito
a cidade de Atenas saiu fortalecida. Administrada por Péricles,
Atenas passou por um desenvolvimento cultural muito importante, e politicamente
a cidade tinha ganhado projeção com sua liderança na Liga de Delos.
Com essa organização adquirindo muita notoriedade, Esparta, temendo esse
crescimento, resolveu lançar-se em guerra contra ela.
Assim foi
iniciada a Guerra do Peloponeso, conflito que se estendeu em três fases:
· Primeira fase: de
431 a.C. a 421 a.C.
· Segunda fase: de
415 a.C. a 413 a.C.
· Terceira fase: de
412 a.C. a 404 a.C.
Atenas saiu
derrotada desse conflito, e Esparta elevou-se como a cidade dominante na
Grécia. Entretanto, um século de guerras provocou a decadência grega, uma vez
que trouxe muita destruição, morte e problemas econômicos. A partir de 371
a.C., Esparta foi substituída por Tebas como a
maior potência grega.
O
enfraquecimento dos gregos permitiu que os macedônios, um povo
influenciado pela cultura grega, mas não reconhecidos como gregos, ganhassem
força e conquistassem toda a Grécia em 338 a.C. Os macedônios eram liderados
por Felipe II, mas, dois anos depois, esse rei faleceu, sendo sucedido por seu
filho, Alexandre.
Alexandre realizou grandes feitos à frente dos
macedônios. Em 13 anos de reinado, ele expandiu seu império por regiões muito
vastas, alcançando e conquistando locais como o Egito e
a Pérsia. Após a sua morte, o império macedônico foi dividido em
diferentes partes, e, tempos depois, em 136 a.C., a região da Grécia
foi assimilada pelos romanos.
Praticando Ensino- Aprendizagem.
1. Qual
a localização da Grécia Antiga?
2. Cite
os períodos da história da Grécia Antiga?
3. Quais
povos formaram a Grécia Antiga
4. O
que foi a Guerra do Peloponeso?
5. Onde
surgiu a democracia?
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
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