ESCOLA MUNICIPAL
MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina:
História
Professor: Luiz
Cláudio
Série: 8º Ano
Aluno: _____________________________________________
Período Regencial
O Período Regencial
aconteceu entre 1831 e 1840 no Brasil. Foi um período intermediário necessário
até que o príncipe tivesse idade para ser coroado imperador do Brasil.
O Período Regencial é
como conhecemos o período intermediário que existiu entre o Primeiro e o
Segundo Reinado. Estendeu-se de 1831 a 1840 e foi iniciado após o imperador D.
Pedro I ter abdicado do trono em favor de seu filho no ano de 1831. Foi
encerrado em 1840 com o que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que
garantiu a coroação de D. Pedro II como imperador do Brasil.
Contexto histórico
O Período Regencial resultou diretamente da maneira como terminou
o Primeiro Reinado (época em que o Brasil foi governado por D. Pedro I). O
Primeiro Reinado ficou marcado pelo autoritarismo do imperador e pelos crescentes
confrontos entre brasileiros e portugueses. As tensões e as pressões existentes
fizeram o imperador abdicar do
trono brasileiro em abril de 1831.
Quando
D. Pedro I abdicou do trono, o sucessor naturalmente era seu filho, Pedro de
Alcântara. Todavia, o príncipe do Brasil possuía apenas cinco anos e, por lei,
não poderia ser coroado imperador do Brasil até que completasse a maioridade,
que só seria alcançada quando obtivesse 18 anos.
Assim, a saída legal existente e que constava na Constituição de
1824 era a de fazer um período de transição em que o país seria governado
por regentes. Esse período deveria ter acontecido até 1844, quando Pedro de
Alcântara completaria 18 anos, mas seu fim foi antecipado para 1840 por meio de
um golpe parlamentar.
Fases do Período Regencial
O
Período Regencial teve uma duração razoavelmente curta (apenas nove anos). De
toda forma, ao longo desse período, o Brasil possuiu quatro regências
diferentes, as quais podem ser utilizadas como marcos divisórios, do Período
Regencial. Os quatro períodos foram:
·
Regência Trina Provisória: (1831)
·
Regência Trina Permanente: (1831-1834)
·
Regência Una de Feijó: (1835-1837)
·
Regência Una de Araújo Lima: (1837-1840)
Quando iniciado o Período Regencial, o Brasil foi governado por
uma regência trina de caráter provisório. Os eleitos para essa regência foram
três senadores: Francisco
de Lima e Silva, Nicolau
Pereira de Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos.
As principais medidas tomadas por essa regência provisória, conforme destacaram
as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, foram restituir ministros
que haviam sido demitidos por D. Pedro I, convocar uma nova Assembleia
Legislativa para composição de novas leis, anistiamento de criminosos políticos
e afastar do Exército, estrangeiros “desordeiros”|.
A Regência Trina Provisória teve vida curta, uma vez que a
política brasileira estava tumultuada e uma série de distúrbios espalhava-se
pelo país. Assim, em junho de 1831, foi eleita a Regência Trina Permanente, que era
composta por José
da Costa Carvalho, João
Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Durante a Regência Trina Permanente, houve três acontecimentos de
destaque. Um deles foi a criação
da Guarda Nacional, uma força pública composta por homens
eleitores com idade de 21 a 60 anos de idade. Essa força foi criada com o
intuito de controlar manifestações e impedir que revoltas acontecessem.
Outra medida de destaque foi uma reforma no Poder Moderador, retirando
atribuições desse poder e dando maiores possibilidades de os deputados e
senadores vistoriarem as ações do Executivo. Por fim, um último acontecimento
marcante foi o embate político entre José Bonifácio e o padre Feijó, que
resultou na saída de José Bonifácio da vida política brasileira.
A
Regência Trina Permanente também não teve força para colocar sob controle os
rumos da política nacional. Os conflitos entre Moderados, Exaltados e
Restauradores permaneciam, e revoltas pipocavam pelo país. Uma delas foi a Cabanada, que estourou
em 1832, na província de Pernambuco.
A continuidade das tensões no Brasil deixava claro que havia um
choque entre o governo e as províncias. O choque envolvia, principalmente, a
questão da centralização do poder no governo contra o desejo das províncias
brasileiras de alcançarem maior autonomia (federalismo). Para atender as
demandas das províncias e colocar a situação política sob controle, foi
aprovado o Ato Adicional de 1834, uma lei que fazia alterações na Constituição
de 1824. Com o Ato Adicional, as mudanças mais sensíveis foram:
·
Fim do poder moderador durante o Período Regencial;
·
Fim do Conselho de Estado;
·
Criação de Assembleias Legislativas provinciais;
·
Aumento dos poderes dos presidentes de província, mas a nomeação
era função do imperador;
·
Substituição da regência trina por uma regência una.
Com
as mudanças estipuladas pelo Ato Adicional, esboçava-se no Brasil um modelo que
concedia às províncias um grau considerável de autonomia. Além disso, a eleição
de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário
republicano. Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi
uma experiência republicana no meio de dois reinados.
Com a determinação de que o país seria governado por um regente
apenas, eleições foram organizadas. Em eleição realizada em 1835, o padre Feijó obteve
2826 votos e, assim, derrotou Holanda Cavalcanti, que obteve 2251|2|. A regência
de Feijó ficou marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta dos Farrapos, no
Rio Grande do Sul.
Feijó tinha humor explosivo e deparou-se com forte oposição em
todas as frentes da política brasileira. Essa oposição fez padre Feijó
solicitar afastamento da função. Com sua saída, nova eleição foi realizada, e Pedro de Araújo Lima derrotou
Holanda Cavalcanti e foi eleito regente do Brasil.
Na
regência de Araújo Lima, houve o crescimento dos políticos conservadores
(mescla dos Liberais Moderados com os Restauradores) e tentativas do regente de
tentar retirar algumas das liberdades que as províncias haviam conquistado com
o Ato Adicional de 1834.
Política no Período Regencial
O Período Regencial ficou
marcado pela intensa movimentação política que acontecia no país. O debate
político nesse período foi bastante acalorado e girava em torno de três grupos
políticos, que gradativamente se transformaram nos dois partidos políticos do
Segundo Reinado. No caso do Período Regencial, os principais grupos políticos
eram:
·
Liberais moderados: em geral, eram monarquistas que defendiam a limitação do poder
do imperador. Defendiam uma monarquia constitucional no país e tinham no padre
Feijó o seu maior representante.
·
Liberais exaltados:
eram defensores abertos do federalismo, isto é, de ampliar a autonomia das
províncias brasileiras. Alguns dos exaltados eram defensores da república, e o
nome mais influente desse grupo foi Cipriano Barata.
·
Restauradores: eram defensores do retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro e
tinham nos irmãos Andrada (José Bonifácio era um deles) seus maiores expoentes.
Ao longo do Período Regencial, esses grupos foram convertendo-se
nos dois partidos que centralizaram a política durante o Segundo Reinado. O Partido Liberal surgiu da
mescla dos liberais moderados com os exaltados, e o Partido Conservador surgiu
da mescla dos liberais moderados com os restauradores.
Revoltas
A
grande marca do Período Regencial foram às revoltas provinciais, que
aconteceram em diversos locais do país. Essas revoltas envolviam insatisfações
políticas com os rumos que o país tomava, além das disputas políticas locais,
insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade etc.
Ao
longo do Período Regencial, as principais revoltas que aconteceram foram:
·
Cabanagem: rebelião que aconteceu no Grão-Pará entre 1835 e 1840
em razão da insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade e por disputas
políticas locais.
·
Balaiada: rebelião que aconteceu no Maranhão entre 1838 e 1841 e
foi resultado de disputas políticas locais.
·
Sabinada: foi uma rebelião de caráter separatista que desejava
implantar uma república na Bahia. Aconteceu entre 1837 e 1838.
·
Revolta dos Malês: foi uma
rebelião de escravos que aconteceu em Salvador em 1835.
·
Revolta dos Farrapos: foi uma revolta motivada por insatisfações
da elite local com o governo por questões políticas e econômicas. Estendeu-se
de 1835 a 1845.
Como terminou o Período Regencial
O fim do Período Regencial foi resultado da disputa política entre
liberais e conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência de Araújo
Lima, um conservador, reagiram defendendo a antecipação da maioridade do
príncipe do Brasil, Pedro de Alcântara. Os liberais conseguiram conquistar o
apoio da maioria dos deputados e senadores e realizar o Golpe da Maioridade em
1840.
Com
esse golpe, Pedro de Alcântara teve a sua maioridade antecipada e tornou-se
imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse ato iniciou o Segundo Reinado e
deixou os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos
conservadores. Os liberais também esperavam que a coroação do imperador
colocasse fim à série de revoltas provinciais que aconteciam no país.
Praticando
Ensino-Aprendizagem
1.
O que foi o Período
Regencial no Brasil?
2.
O que foi o Ato
Adicional de 1834?
3.
Quais foram às
mudanças feitas através do Ato Adicional de 1834?
4.
Quais foram os principais grupos políticos do Período Regencial?
5.
Cite as fases do
Período Regencial.
6.
Cite as revoltas
do Período Regencial.
7.
Como terminou o Período
Regencial?
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
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QUESTÕES
1.
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