ESCOLA MUNICIPAL
MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina: História
Professor: Luiz Cláudio
Série: 7º Ano
Aluno: ______________________________________________
OS IMPÉRIOS AFRICANOS
Os impérios
africanos foram formações de Estado que abrangiam vários povos em
uma só entidade. Esta formação se dava normalmente por meio de conquistas.
Foram numerosos e importantes nas suas relações comerciais, políticas e
culturais, e cabe-nos conhecer um pouco mais alguns deles.
Império Axum
O
Império Axum data de 100 d.C., com a fundação da cidade de Axum. No século IV
já eram o Estado de maior expressão do reino da Núbia e, por conta das relações
no Mar Vermelho — local de articulação entre populações africanas e árabes —
adotaram o cristianismo, que se espalhou em boa parte do território sob o
domínio romano, inclusive no Egito.
Este
Império tinha como centro de poder a cidade de Axum, ao norte da atual Etiópia.
Ficava localizada num planalto, acima do nível do mar e longe do litoral. Desta
forma, tiveram um grande aproveitamento de recursos minerais e desenvolveram o
cultivo de cereais, como a cevada e o sorgo, e o Tefé que até os dias atuais
compõe a base da alimentação das populações etíopes.
Próximo
às comunidades agrícolas o poder era centralizado e a construção de palácios,
alteres era comum. Além disso, várias foram as estátuas e obras de devoção
encontradas. Vestígios deste Império mostram que era uma sociedade complexa,
hierarquizada e diversa, que tinha como representante máximo o título de negus.
Império Zimbábue
O
Império Zimbábue existiu entre os anos de 1200 e 1400, no litoral da
África Austral, onde hoje estão localizados Moçambique e Zimbábue. O território
era povoado por populações do tronco linguístico banto, conhecidos como shonas.
Os vestígios materiais desse império foram encontrados somente no século XIX e
a principal marca encontrada foi o Grande Zimbábue – ou Grande Casa de Pedra.
Uma construção enorme, complexa e que demonstra ostentação e poder.
Este
Império ficou conhecido por seu grande número de construções, que são
testemunhos do poder alcançado por ele. Foi um poderoso Estado com hegemonia na
região localizada entre os rios Zambeze e Limpopo.
Este
Estado, poderoso e influente, atuava no comércio de minérios e seus governantes
recebiam o título de Mwene Mutapa, o senhor das minas. Havia
divisão social do trabalho bem estabelecida, com artesãos especializados no
trabalho com cobre e ferro, ourives, escultores e tecelões.
Império Gana
Império
Gana foi o mais antigo Estado negro que se conhece, fundado no século IV, e
conquistou uma grande área onde exerceu dominação política e econômica, ao sul
do que hoje conhecemos por Mauritânia, Senegal e Mali. Foi um núcleo formado
pelos povos conhecidos como soninkê.
Inicialmente
Gana era o título dado ao governante que atribuía sua soberania aos povos
dominados. Gana conheceu seus tempos áureos após 790, quando o poder esteve sob
o controle da dinastia Cissê Tunaka, exercido de forma matrilinear. Do século
IX ao século XI a hegemonia de Gana foi reconhecida.
A
base econômica deste império baseava-se no recolhimento de tributação, imposta
aos povos conquistados e aos produtos que circulavam em seus domínios. Além
disso, atividades de subsistência como a pesca, a pecuária e a agricultura
formavam parte importante de sua economia. Além de um poderoso exército, os
soberanos tinham também ao seu dispor uma gama variada de funcionários.
A
localização e seu poder hegemônico garantiam um fluxo comercial contínuo,
articulando saarianos e sul saarianos, ou seja, conseguiam explorar uma
importante região de comercio. Assim, do Norte vinham o cobre, cauris (os
búzios), tecidos de seda e algodão e o sal, que eram trocados por marfim,
escravos e ouro.
Com
esta grande articulação comercial Gana conseguiu se manter como império até o
século XI, quando foram derrotados diante de tropas de cavaleiros e muçulmanos
do Marrocos que estavam em guerra contra os pagãos, como o povo de Gana. Gana
foi, portanto, a última barreira para a entrada do Islã na região.
Império Mali
Com
o declínio de Gana diversas disputas por influência ocorreram entre estados
menores, paralelos e independentes, no século XII. Um desses estados era
formado pelo povo conhecido por Sosso, de etnia Soninke. Foi por
meio das armas que estes se impuseram e alcançaram hegemonia no século XIII.
O
Império Mali era formado por povos presentes na região situada entre o Rio
Senegal e o Rio Níger. Dentre esses povos o mais importante eram os mandingas,
conhecedores do Islã desde o século XI. Mas, além deles, outros povos formavam
este império, como os soninkês, os fulas, os sossos e os bozos.
Sundjata
Keita foi o maior representante do Império Mali, e estendeu sua autoridade para
unidades políticas próximas, formando um estado unificado e hegemônico até o
século XV.
A
hegemonia do Mali na África Ocidental ocorreu por alguns importantes fatores,
como a formação de um exército poderoso, o controle na extração do ouro e a
existência de uma administração eficiente. Esses pontos fizeram do Mali um dos
impérios mais bem-sucedidos do continente africano.
Seu
representante supremo era chamado de Mansa, e residia na cidade de Niani, ao
norte da atual República da Guiné. O apogeu da dinastia Keita ocorreu no século
XIV, durante o governo de Kankan Mussa, o Mansa Mussa.
No
final do século XIV o império enfrenta dificuldades em manter uma área tão
grande e entra em processo de declínio.
Império Songai
O
Império Songai está relacionado com a cidade de Gao, localizada na curva do
Níger. Esta cidade foi um importante centro comercial, político e econômico,
com poder militar de arqueiros que se lançavam ao Rio Niger.
Até
o século XIV Gao estava sob o poder do Império Mali, mas no século XV
conquistaram Tombuctu, um importante centro do Islã e ponto fundamental do
comércio pelo Saara. É neste momento que ocorreu a formação do Império, num
processo de expansão militar, liderados por Sonni Ali, que além de tomarem
Tombuctu, conquistam também Djenné. Tinham práticas religiosas politeístas e
aprimoraram as experiências do império que os sucedeu – o Mali, incorporando
elementos dos impérios anteriores.
Exploravam
ouro, sal e cauris e estabeleceram uma unificação de pesos e medidas que
facilitava a cobrança de impostos e as trocas comerciais. Com uma grande extensão
territorial, o Imperio Songai tinha um comércio bem organizado e um sistema de
governo centralizado. Eram divididos entre uma elite e a população geral e suas
cidades mais influentes eram Tombuctu, Djenné e Gao.
Praticando Ensino-Aprendizagem
1. O Império
Axum tinha como centro de poder. Qual o nome deste centro e onde estava
localizado?
2. Quais
produtos agrícolas eram cultivados pelas populações que viviam no Império Axum?
3.
Qual
a característica marcante do Império Zimbábue?
4. Quais povos
formavam O Império Mali?
5.
“Exploravam
ouro, sal e cauris e estabeleceram uma unificação de pesos e medidas que
facilitava a cobrança de impostos e as trocas comerciais”. A afirmação refere-se a
qual Império?
6.
“foi o mais
antigo Estado negro que se conhece, fundado no século IV, e conquistou uma
grande área onde exerceu dominação política e econômica, ao sul do que hoje
conhecemos por Mauritânia, Senegal e Mali. Foi um núcleo formado pelos povos
conhecidos como soninkê”. A afirmação refere-se a qual Império?
7. “Os impérios africanos foram
formações de Estado que abrangiam vários povos em uma só entidade. Esta
formação se dava normalmente por meio de conquistas”.
A afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
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Texto I
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