ESCOLA MUNICIPAL
MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina:
História
Professor: Luiz
Cláudio
Série: 8º Ano
Aluno: _____________________________________________
A
Revolução Pernambucana (Insurreição Pernambucana)
A Revolução Pernambucana, ocorrida
em 1817, foi o último movimento separatista do período colonial. Está relacionada com a crise
socioeconômica que o Nordeste atravessava há quase um século em razão da desvalorização do comércio do açúcar e
do algodão brasileiro no mercado externo. Além disso,
a presença da família real portuguesa no Brasil aumentou o
custo de vida em virtude da cobrança de impostos, o que causou revolta entre os
pernambucanos. Os ideais
republicanos também colaboraram para que a revolta
acontecesse. O governo local foi tomado pelos revoltosos, mas as tropas fiéis
ao governo central conseguiram derrotá-los.
Causas da Revolução
Pernambucana
O Nordeste
brasileiro, desde o século XVIII, com a expulsão dos holandeses, atravessou uma
grave e longa crise
econômica por causa da desvalorização do açúcar produzido
na região no mercado europeu. Os holandeses aprenderam enquanto estiveram
presentes no Brasil acerca do plantio e da colheita da cana-de-açúcar e levaram
esse conhecimento para as Antilhas, tornando-se fortes concorrentes do nosso
açúcar.
Por causa
disso, a produção açucareira do Nordeste entrou em crise. Isso desencadeou
problemas econômicos e sociais por causa da pobreza e da miséria que
assolaram a região. A produção de algodão teve êxito na economia de Pernambuco,
mas logo entrou em crise por causa da cobrança de impostos por parte da coroa
portuguesa presente no Brasil.
As ideias republicanas alcançaram
a região, e as recentes nações formadas na América, que deixaram de ser
colônias e se tornaram repúblicas, serviram de exemplo para os pernambucanos.
Caso fosse implantada a república, as províncias teriam mais autonomia e mais
liberdade para se governar, não dependendo tanto do governo central. Os gastos
com a sustentação de Dom João VI e toda a sua corte no Brasil demonstravam o peso econômico do governo central sobre
as demais províncias. Para bancar os gastos da coroa portuguesa e seus luxos
excessivos, cobravam-se impostos. Como Pernambuco já estava em crise
socioeconômica, mais impostos significaram rebelião contra o governo.
Se os aspectos
econômicos e sociais em Pernambuco não iam bem, a política também não. Dom João
VI reforçou a presença
portuguesa nos postos de comando dos governos locais e das
chefias das tropas militares. Isso desagradou à elite local, que se sentiu
desprestigiada. Ao longo de todo o processo de independência do Brasil e nos primeiros anos do Primeiro Reinado, brasileiros e portugueses disputavam postos de comando nos
governos e o domínio do comércio nas cidades. Com o rei português no Brasil, a presença lusitana
intensificou-se, desagradando aos brasileiros, que já começavam
a organizar movimentos armados para depor os chefes portugueses de seus postos.
Líderes da Revolução
Pernambucana
Os líderes da revolução foram:
·
Domingos
José Martins;
·
José
de Barros Lima;
·
Cruz
Cabugá;
·
Padre
João Ribeiro.
Logo após a
derrota da revolução, eles foram
condenados e mortos de forma cruel em praça pública. O capitão José de Barros Lima foi enforcado
e teve partes do corpo cortadas e expostas para demonstrar a força da coroa
portuguesa e servir de exemplo para quem ousasse desafiá-la.
Como foi a Revolução
Pernambucana?
A Revolução
Pernambucana começou
em 6 de março de 1817, quando o militar português Manoel
Joaquim Barbosa foi assassinado pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à
voz de prisão por suposto envolvimento em conspiração contra o governo. Isso
foi o fio do estopim para a rebelião que rapidamente dominou o Recife.
O governador
da capitania, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, transferiu o governo para o
Forte de Brum. Sem forças para reagir à revolta, ele fugiu em direção ao Rio de
Janeiro. Os
rebeldes assumiram o poder da capitania e instalaram um governo provisório, que tratou logo de adotar medidas que
beneficiassem a elite local.
O movimento
contou com a participação
de vários grupos sociais, como a elite local, militares,
comerciantes e padres. Os revoltosos defendiam:
·
A
proclamação da República;
·
O
fim dos impostos cobrados por Dom João VI;
·
A
liberdade de imprensa e de culto;
·
O
aumento do soldo dos soldados;
·
A
instituição dos Três Poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário;
·
A
manutenção do trabalho escravo.
Esse último
item das reivindicações dos participantes da Revolução Pernambucana mostra que
a camada mais pobre não participou das suas atividades. Percebe-se a contradição entre o discurso e a
prática. Ao mesmo tempo em que se pregava a instalação de um
novo governo em Pernambuco que promovesse a igualdade e a liberdade, a escravidão seria
mantida, ou seja, os negros escravos não seriam iguais aos novos governantes e
nem conquistariam a liberdade. Em vários movimentos revolucionários de nossa
história, observou-se isso.
Os revoltosos
tomaram o poder em Pernambuco e formaram um governo provisório. O exemplo
pernambucano conquistou o apoio de outras capitanias, como Rio Grande do Norte
e Paraíba. No entanto, não
tardou para que o novo governo perdesse força. Como os grupos que compuseram a
revolução tinham interesses diversos, a divisão entre eles aconteceu. Dom João
VI enviou suas tropas para a região e entrou em confronto com o governo
provisório. Em 20
de maio de 1817, os revoltosos se entregaram ao general
Luís do Rego Barreto. Por ordem do rei, eles tiveram penas exemplares, como o
enforcamento e o fuzilamento em praça pública.
Data Magna
Em Pernambuco,
o dia 6 de março é feriado porque se recorda o dia em que, em 1817, começava a
revolução contra o domínio português e a instalação de um governo republicano
na região. Apesar da curta duração, apenas 75 dias, o movimento deixou raízes na
história de Pernambuco e confirmava a capitania como sendo
um local de revolta contra o domínio do governo central.
Importância da Revolução
Pernambucana
A Revolução
Pernambucana desafiou
o poder da coroa portuguesa ao questionar as abusivas
cobranças de impostos e destacou a insatisfação dos brasileiros com a presença
portuguesa em pontos importantes do comando político, econômico e militar do
Brasil. Ao tomar o poder no
Recife, os rebeldes mostraram a possibilidade
de se formar um governo próximo às exigências das revoltas. A
Revolução Pernambucana manteve a tradição da capitania de ser um ponto de
ebulição política e social.
Consequências da Revolução
Pernambucana
A revolta em
Pernambuco mostrou que os poderes locais eram instáveis quanto às ordens
emitidas do Rio de Janeiro. Além disso, reforçou para a coroa portuguesa no
Brasil e o Primeiro Reinado, logo após a independência, a necessidade de se criar tropas
militares para manter a unidade nacional, dissipar as
ideias republicanas e punir severamente os rebeldes.
Resumo sobre a Revolução
Pernambucana
·
A
Revolução Pernambucana de 1817 foi o último movimento separatista de caráter
republicano do período colonial brasileiro.
·
Teve
apoio da elite local contra a presença portuguesa.
·
Defendia
a república, manutenção da escravidão, fim da cobrança de impostos, liberdade
de credo e de expressão.
·
Apesar
do curto período no poder, os rebeldes foram derrotados pelas tropas fiéis ao
governo, condenados e punidos em praça pública.
Praticando Ensino-Aprendizagem
1. Qual foi o último movimento
separatista do Período Colonial Brasileiro?
2. Quais as causas da Revolução Pernambucana?
3.
Quais
foram os líderes da Revolução Pernambucana?
4. O que os revoltosos da Revolução Pernambucana
defendiam?
5. O que é a Data Magna em relação Revolução Pernambucana?
6.
“A Revolução Pernambucana desafiou o poder da coroa
portuguesa ao questionar as abusivas cobranças de impostos
e destacou a insatisfação dos brasileiros com a presença portuguesa em pontos
importantes do comando político, econômico e militar do Brasil”.
A
afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
7.
“Ao tomar o poder no Recife, os rebeldes mostraram a possibilidade
de se formar um governo próximo às exigências das revoltas. A
Revolução Pernambucana manteve a tradição da capitania de ser um ponto de
ebulição política e social”.
A
afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
ResponderExcluirNome Completo:
Série:
QUESTÕES
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Boa tarde.
ExcluirLucas da próxima vez quando for resolver as questões coloque todas juntas.
responde a primeira a segunda até até chegar na ultima questão. Só depois você clica em publicar.
1-R:A coroa portuguesa condenou felipe dos santos a morte e encerrou o movimento violentamente.A inconfidência mineira,ja com caráter de revolta separatista,aconteceu em 1789.
ResponderExcluirAluno(a):lucas mateus belo da silva
ResponderExcluirTurma:8°ano
Professor(a):Luiz claudio
2-R:Esse movimento foi motivado pela insatisfação popular com as péssimas condições de vida que existiam nessa época e,principalmente,pela insatisfação das élites locais,cujos interesses conflitavam com os da coroa portuguesa.Essa tenção foi ampliada com a divulgação dos ideais iluministas nessa região.
ResponderExcluir3-R:João VI de portal,maria I de Portugal,pedro I do brasil e João V de Portugal.etc...
ResponderExcluir4-R:A revolução pernambucana de 1817 foi o último movimento separatista de caráter republicano do período colonial brasileiro.
ResponderExcluir5-R:O dia da data magna, celebrado nesta sexta-feira, 6 de março, presta uma homenagem a revolução pernambucana de 1817, quando o estado de Pernambuco se rebelou contra a monarquia portuguesa e criou uma república independentemente do resto do país.
ResponderExcluir6-R:(Falso)
ResponderExcluir7-R:(verdadeiro)
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