ESCOLA MUNICIPAL
MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim
Disciplina:
História
Professor: Luiz
Cláudio
Série: 9º Ano
Aluno: ______________________________________________
REVOLTA
DA VACINA
A Revolta
da Vacina foi
uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua
motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação
obrigatória contra a varíola implantada na
cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e
saldo de 31 mortos.
Contexto da Revolta da Vacina
No começo do
século XX, a cidade do Rio de Janeiro, além de capital, era a maior cidade do
Brasil, com uma população em torno de 800 mil habitantes. O crescimento urbano
carioca aconteceu de maneira descontrolada no final do século XIX, sobretudo
depois que a escravidão foi abolida e
a economia cafeeira entrou
em decadência naquele estado.
A grande quantidade de pessoas na cidade reforçou a
habitação nas suas regiões centrais, mas, além disso, a cidade era entrada para
milhares de imigrantes e tinha um porto importante em que centenas de
embarcações atracavam. A concentração de pessoas em seus pequenos bairros e o
fluxo de viajantes que passavam pela cidade permitiram que uma série de doenças
ganhassem espaço nela.
A partir da
segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose,
peste bubônica, febre
amarela, cólera,
varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a
morte de milhares de pessoas. No ano de 1891, por exemplo, o Rio de Janeiro
tinha sofrido:
·
4454 óbitos causados
por febre amarela;
·
3944 óbitos causados por
varíola;
·
2235 óbitos causados por
malária;
·
2373 óbitos causados por
tuberculose.
Esses números repetiam-se ao longo dos anos e deixaram o
Rio de Janeiro com fama de ser uma cidade “pestilenta”, o que afastava
estrangeiros e produzia má impressão em relação ao Brasil internacionalmente.
Ao longo do século XIX, médicos e especialistas debateram medidas sobre como
resolver os problemas sanitários do Rio de Janeiro.
Muitos médicos
acreditavam que os males da cidade eram causados pelos miasmas emitidos pelos pântanos nos arredores do Rio de
Janeiro. Os miasmas eram basicamente, na visão da medicina da época, odores pútridos que rondavam os ares do Rio de
Janeiro e contaminavam a população. A quantidade de residências coletivas e as
ruas estreitas, além da geografia da cidade, impediam a circulação de ventos
que reduziriam os efeitos desses odores.
Essa teoria, como sabemos, comprovou-se falsa, no
entanto, as propostas de solução dadas pelos que acreditavam nas teorias
miasmáticas permaneceram na mentalidade das elites brasileiras, e ideias de
reforma do Rio de Janeiro ganharam força. Reformas que aconteceram em cidades
como Paris e Buenos Aires serviram de inspiração para o caso carioca.
Essas reformas
visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de promoverem
sua gentrificação, expulsando os pobres das regiões
centrais e forçando-os a morar em locais mais afastados do centro. Nesse
contexto da reforma, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.
Reforma do Rio de Janeiro
A ideia de realizar reformas modernizadoras no Rio de
Janeiro era debatida desde o século XIX, mas foi só durante o governo do
presidente Rodrigues Alves que houve possibilidade de levar-se esse projeto em
frente. Durante sua campanha eleitoral, Rodrigues Alves já defendia a
necessidade de reformar o Rio de Janeiro, e quando foi eleito, reforçou esse
desejo.
Rodrigues
Alves encaminhou o projeto de reforma da cidade para Francisco Pereira Passos,
arquiteto de formação e prefeito do Rio de Janeiro. A reforma do Rio de Janeiro
foi responsável pela demolição de centenas de
edifícios, o que
fez com que milhares de pessoas pobres fossem desalojadas de suas casas.
O alvo da
reforma foi justamente a região central do Rio de Janeiro, onde havia inúmeros
cortiços, residências coletivas que abrigavam dezenas de pessoas. Esses locais
deram espaço para avenidas largas e para prédios novos e com arquitetura
moderna (para os padrões europeus). Essa população
desalojada ou teve de ir para os subúrbios ou instalou-se nos morros da cidade.
A reforma do
Rio de Janeiro não afetou apenas as classes pobres, mas também grupos que
formavam uma espécie de classe média de
comerciantes, que tiveram
que adequar seus negócios a novos padrões impostos pelo governo.
A reforma foi conduzida de maneira autoritária, e até festas tradicionais da
cidade sofreram com a repressão policial.
Com a reforma
e modernização do Rio de Janeiro estava o projeto sanitarista para erradicar as doenças que
afetavam a população carioca. Esse projeto foi executado por Oswaldo
Cruz, líder
da Diretoria Geral de Saúde Pública, a DGSP.
Existem historiadores que sugerem que a insatisfação da
população do Rio de Janeiro iniciou-se com a forma como a reforma foi
conduzida, outros apontam que foi somente a política sanitária implantada por
Oswaldo Cruz que gerou a revolta popular.
Campanha sanitarista
O projeto
sanitarista de Oswaldo Cruz focou-se no combate de três doenças que afetavam o
Rio de Janeiro: a varíola, a febre amarela e a peste bubônica. Para a febre
amarela, criaram-se brigadas
de mata-mosquitos, equipes formadas para combater os focos de proliferação
do mosquito Stegomyia fasciata (atual Aedes aegypti).
As brigadas de
mata-mosquitos agiam de maneira brusca, invadindo
casas para
fazer vistorias, ordenando a realização de reformas, e até propondo a interdição e demolição de edifícios. No caso da peste
bubônica, as
equipes sanitárias incentivavam a população a caçar os ratos e entregá-los em
troca de dinheiro.
Por fim, no
caso da varíola, a saída encontrada foi à realização
de uma campanha de vacinação obrigatória. O projeto de vacinação foi proposto
em junho de 1904, e, em 31 de outubro, a campanha de vacinação obrigatória
tornou-se lei no Rio de Janeiro. A população demonstrou-se insatisfeita com
essa proposta, e um motim iniciou-se.
Início da Revolta da Vacina
A insatisfação
da população do Rio de Janeiro com a vacinação obrigatória foi muito grande, e
um sinal disso foi à criação da Liga Contra a
Vacinação Obrigatória.
As motivações para a insatisfação são explicadas de diferentes formas pelos
historiadores. Alguns levantam a questão da violência pela qual a reforma e a
campanha sanitarista estavam sendo realizadas.
Outros
levantam a questão da falta de informação da população, que temia os efeitos da
vacina, sobretudo por uma série de boatos que se espalhavam. A situação ficou
ruim quando vazou pela imprensa, em 9 de novembro de 1904, que uma série
de restrições seriam estipuladas em lei para
os cidadãos que não se vacinassem.
A população
revoltou-se e foi para as ruas do Rio de Janeiro. O protesto
iniciou-se em 10 de novembro, no
Largo do São Francisco, e logo se espalhou por outras regiões da cidade. O
momento mais tenso da revolta foi no dia 13 de novembro, quando houve confrontos
muito violentos dos
manifestantes com a polícia. Houve saques a prédios públicos, vandalismo pela
cidade, e até troca de tiros entre polícia e manifestantes.
Durante a
Revolta da Vacina, houve ainda mobilização de trabalhadores operários e, até
mesmo, uma tentativa de golpe militar contra o presidente Rodrigues
Alves, mas esse golpe fracassou. Rodrigues Alves foi aconselhado a fugir da
cidade para proteger-se da multidão e dos golpistas, mas decidiu ficar no Rio
de Janeiro.
Fim da Revolta da Vacina
No dia 16 de
novembro, foi decretado estado de sítio, e polícia e
o Exército foram mobilizados para reprimir os manifestantes. A última grande
ação policial deu-se no dia 23 de novembro contra trabalhadores operários
mobilizados. Ao todo, a Revolta da Vacina deixou 31
mortos, 110
feridos, quase mil presos e quase 500 pessoas degredadas para o Acre.
Praticando Ensino- Aprendizagem
1. O que foi a Revolta da Vacina?
2. Quais doenças a partir da segunda metade do século
XIX, espalhavam-se frequentemente pela
cidade do Rio de Janeiro?
3. Quais eram os objetivos destas reformas no Rio de
Janeiro?
4. “Rodrigues Alves encaminhou o projeto
de reforma da cidade para Francisco Pereira Passos, arquiteto de formação e
prefeito do Rio de Janeiro. A reforma do Rio de Janeiro foi responsável
pela demolição de centenas de
edifícios, o que
fez com que milhares de pessoas pobres fossem desalojadas de suas casas”.
A afirmação acima pode
ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
5. “O projeto sanitarista de Oswaldo Cruz
focou-se no combate de três doenças que afetavam o Rio de Janeiro: a varíola, a
febre amarela e a peste bubônica. Para a febre
amarela, criaram-se brigadas
de mata-mosquitos, equipes formadas para combater os focos de proliferação
do mosquito Stegomyia fasciata (atual Aedes aegypti)”.
A
afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
6. “Por fim, no caso da varíola, a saída encontrada foi à realização
de uma campanha de vacinação obrigatória. O projeto de vacinação foi proposto
em junho de 1904, e, em 31 de outubro, a campanha de vacinação obrigatória
tornou-se lei no Rio de Janeiro. A população demonstrou-se insatisfeita com
essa proposta, e um motim iniciou-se”.
A
afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
7. “No dia 16 de novembro, foi
decretado estado de sítio, e polícia e
o Exército foram mobilizados para reprimir os manifestantes. A última grande
ação policial deu-se no dia 23 de novembro contra trabalhadores operários
mobilizados. Ao todo, a Revolta da Vacina deixou 31
mortos, 110
feridos, quase mil presos e quase 500 pessoas degredadas para o Acre”.
A
afirmação acima pode ser considerada:
( ) Verdadeira ( ) Falsa
MODELO DE COMO ENVIAR AS QUESTÕES
ResponderExcluirNome Completo:
Série:
QUESTÕES
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Gabrielly Vasconcelos da Silva
ResponderExcluir9° ano
Revolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e saldo de 31 mortos.
2.A partir da segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. No ano de 1891, por exemplo, o Rio de Janeiro tinha sofrido:
· 4454 óbitos causados por febre amarela;
· 3944 óbitos causados por varíola;
· 2235 óbitos causados por malária;
· 2373 óbitos causados por tuberculose.
3.Essas reformas visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de promoverem sua gentrificação, expulsando os pobres das regiões centrais e forçando-os a morar em locais mais afastados do centro. Nesse contexto da reforma, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.
4.( verdadeira)
5.( verdadeira)
6.( verdadeira)
7.( verdadeira)
João Manoel vascomselos da silva 9 ano
ResponderExcluirRevolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e saldo de 31 mortos.
2.A partir da segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. No ano de 1891, por exemplo, o Rio de Janeiro tinha sofrido:
· 4454 óbitos causados por febre amarela;
· 3944 óbitos causados por varíola;
· 2235 óbitos causados por malária;
· 2373 óbitos causados por tuberculose.
3.Essas reformas visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de promoverem sua gentrificação, expulsando os pobres das regiões centrais e forçando-os a morar em locais mais afastados do centro. Nesse contexto da reforma, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.
4.( verdadeira)
5.( verdadeira)
6.( verdadeira)
7.( verdadeira)
Joaquim Domingos da silva neto
ResponderExcluir9° ano
Revolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e saldo de 31 mortos.
2.A partir da segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. No ano de 1891, por exemplo, o Rio de Janeiro tinha sofrido:
· 4454 óbitos causados por febre amarela;
· 3944 óbitos causados por varíola;
· 2235 óbitos causados por malária;
· 2373 óbitos causados por tuberculose.
3.Essas reformas visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de promoverem sua gentrificação, expulsando os pobres das regiões centrais e forçando-os a morar em locais mais afastados do centro. Nesse contexto da reforma, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.
4.( verdadeira)
5.( verdadeira)
6.( verdadeira)
7.( falsa )
Artur bandeira da Silva Neto
ResponderExcluir9 ano
Revolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e saldo de 31 mortos.
2.A partir da segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. No ano de 1891, por exemplo, o Rio de Janeiro tinha sofrido:
· 4454 óbitos causados por febre amarela;
· 3944 óbitos causados por varíola;
· 2235 óbitos causados por malária;
· 2373 óbitos causados por tuberculose.
3.Essas reformas visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de promoverem sua gentrificação, expulsando os pobres das regiões centrais e forçando-os a morar em locais mais afastados do centro. Nesse contexto da reforma, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.
4.( verdadeira)
5.( verdadeira)
6.( verdadeira)
7.( verdadeira)