Oito chefes de estado de países
latino-americanos acompanham festejo com o presidente cubano, Raúl Castro.
Acompanhado por chefes de Estado de
oito países latino-americanos, o presidente de Cuba, Raúl Castro, liderou nesta
sexta-feira (26), na cidade de Santiago, um ato em comemoração pelo 60º
aniversário do assalto ao quartel Moncada, considerado o início da revolução no
país.
Castro, irmão mais novo de Fidel,
assumiu o governo do país em 2006 e têm colocado em vigor uma série de reformas
sociais e econômicas, dentre elas o relaxamento das restrições para viagens e a
abertura limitada para pequenos negócios e cooperativas privadas.
O evento principal de celebração
começou às 7h15 locais (8h15 de Brasília) no antigo Quartel Moncada, que em 26
de julho de 1953 foi alvo da primeira, e fracassada, ação armada de Fidel
Castro contra o ditador Fulgencio Bastista.
Esse levante, que incluiu além
disso o quartel Carlos Manuel de Céspedes, na cidade de Bayamo, e que contou
também com a participação do atual presidente, é uma das datas emblemáticas do
calendário político cubano ao lado do triunfo revolucionário de 1º de janeiro
de 1959, e é celebrado na ilha como o "Dia da Rebeldia Nacional".
Os 60 anos do "26 de
julho", como ficou conhecido depois o movimento guerrilheiro de Fidel
Castro, reuniu os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; Bolívia, Evo
Morales; Nicarágua, Daniel Ortega; o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño;
assim como os primeiros-ministros e líderes de quatro países do Caribe
insulano: Antígua e Barbuda, Dominica, São Vicente e Granadinas e Santa Lúcia.
Uma das presenças mais simbólicas neste ato é a do presidente do Uruguai, José
Mujica, ex-guerrilheiro tupamaro que passou quatorze anos na prisão durante a
ditadura de seu país.
Discursos
Durante seus discursos, os líderes
prometeram solidariedade a Cuba, protestaram contra o "imperialismo"
estadunidense e o embargo econômico de Washington, que já dura 51 anos, fizeram
elogios ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e disseram que a revolução
cubana inspirou levantes armados e políticos em seus próprios países.
"As bandeiras da rebelião de
Moncada continuam pertinentes", disse Maduro, cujo país fornece bilhões de
dólares por ano em petróleo subsidiado para Cuba. "Cuba, Fidel, Raúl, a
revolução cubana, inspiram os povos das nossas Américas e do mundo, acendendo a
inextinguível chama da revolução", declarou Ortega.
Cerca de 10.000 pessoas, segundo a
imprensa oficial cubana, assistiram ao ato realizado no Quartel Moncada. (com
informações do CubaDebate.cu)
Fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/14468
26/07/2013
Foto: CubaDebate.cu
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