Alexandre
Barreto
Em 2012, a Ferrovia do Diabo completou 100 anos de
idade. Contar a história da ferrovia é contar a história de uma máquina de moer
gente, que foi construída tendo em vista a exportação principalmente da
borracha. Os rios Madeira e Mamoré, afluentes do Amazonas, são relatados pelos
historiadores do século XIX como rios intransponíveis, em função das suas 28
cachoeiras e só com a construção da ferrovia esse problema foi “resolvido”.
Inicialmente aventuram-se na região capitais
ingleses, que nem sequer conseguiram construir 10% da ferrovia. A insalubridade
da região é colocada como a principal causa deste insucesso: morte por malária,
mosquitos, cobras, índios assassinando os trabalhadores, febres que levavam ao
delírio e total incapacidade de trabalho [1]. Num segundo momento,
sob as mãos do americano Percival Farqhar – que hoje dá nome a uma das
principais avenidas de Porto Velho – houve uma segunda tentativa de construção
da ferrovia. Podemos dizer que foi uma verdadeira obra internacional –
engenheiros e trabalhadores americanos, contratação de trabalhadores espanhóis,
húngaros, cearenses.
A borracha natural era componente vital para a nascente
indústria automobilística. Lembremos que em 1883 foi inventado o motor a
combustão. No início do século XX, Ford conseguiu padronizar e produzir carros
relativamente baratos, sendo o mais conhecido o Fort T. Com o roubo de cerca de
7.00 mudas de seringueiras por um inglês e seu plantio na Ásia, os seringais da
Amazônia foram colocados num segundo plano pelo capital internacional. A razão
é que na Malásia as árvores foram plantadas lado a lado, ao passo que na
Amazônia isso era impossível.
Durante a 2ª Guerra Mundial, com a ocupação dos
Seringais da Malásia pelos japoneses, novamente o Acre e Rondônia entram na
cena do mercado mundial da borracha. Assistimos neste momento a um novo ciclo
migratório para a região, principalmente dos “soldados da borracha”, em grande
medida cearenses. Um pouco depois, nos anos 1950 e 1960, sob o período JK, há
um novo impulso ao mercado de borracha vegetal e sintética no Brasil.
Assistimos nesta época à formação de planos para desenvolvimento e integração
da nação. No nordeste, houve a criação da SUDENE, sob a direção de Celso
Furtado, no Norte há a constituição da Superintendência do Plano de Valorização
Econômica da Amazônia em 1953, o Banco da Borracha, etc.
Estávamos vivendo a construção do sistema automobilístico
“brasileiro”, tendo como alicerce a instalação de poderosas indústrias
automobilísticas estrangeiras, fábricas de máquinas, equipamentos, a construção
de rodovias no país, avenidas e ruas nas principais cidades.
Concorrendo com
esta proposta e nitidamente perdendo esta guerra, assistimos à formação da
indústria automobilística nacional, sendo a fábrica da Gurgel e a Fábrica
Nacional de Motores (FNM) os melhores exemplos deste paradigma.
Já diante da contrarrevolução de 1964 a região iria
assistir um novo ciclo de Faroeste Caboclo [2]. A ditatura militar,
sob o lema “integrar o Brasil para não entregar”, construiu a BR 364, outra
máquina de moer gente e “ocupou” a região – como se esta não fosse ocupada. Um
capítulo que mereceria um destaque é a eleição do Governador José Augusto de
Araújo. Nos anos 1960, ele foi eleito o primeiro governador do Acre, aos 32
anos de idade mas deposto logo em seguida ao golpe militar.
A ditadura militar criou uma política de “ocupação”
da região. Assassinatos de índios, roubo de terras, assassinato de
trabalhadores, posseiros, grilagem de terras foram palavras constantes neste
momento. Assistimos a uma migração de paranaenses, gaúchos, catarinenses que
criaram cidades em Rondônia e no Acre.
Em Rondônia, esta rodovia aproveitou a
maior parte do traçado Ferrovia do Diabo, e hoje ainda é possível ver trechos
da mesma abandonada. Os moradores da região nos lembram que muitos
trabalhadores morreram na construção da BR, outro campo de concentração e morte
de miseráveis.
Nos anos 1980-90, vivemos a extração de minérios e
massacre de Corumbiara. Segundo informações da Assessoria jurídica da Comissão
Pastoral Terra de Rondônia e a CJP (Comissão Justiça e Paz de Porto Velho): “O
massacre de Corumbiara foi o resultado de um conflito violento ocorrido em 9 de
agosto de 1995 no município de Corumbiara, no estado de Rondônia.
O conflito
começou quando policiais entraram em confronto com camponeses sem-terra que
estavam ocupando uma área, resultando na morte de 12 pessoas, entre elas uma
criança de nove anos e dois policiais.
Em agosto de 1995, cerca de 600 camponeses haviam
se mobilizado para tomar a Fazenda Santa Elina, tendo construído um acampamento
no latifúndio improdutivo. Na madrugada do dia 9, por volta das três horas,
pistoleiros armados, recrutados nas fazendas da região, além de soldados da
Polícia Militar com os rostos cobertos, iniciaram os ataques ao acampamento.
O número oficial de mortos no massacre é de 16
pessoas e há sete desaparecidos. Para os agricultores, entretanto, o número de
mortos pode ter passado de 100, pois, segundo eles, muitos mais teriam sido
mortos por policiais e jagunços, e enterrados sumariamente.
Depois de horas de
tiroteio, os camponeses não tinham mais munições para suas espingardas. O Comando
de Operações Especiais, comandado na época pelo capitão José Hélio Cysneiros
Pachá, jogou bombas de gás lacrimogêneo e acendeu holofotes contra as famílias.
A chacina ocorreu no governo do agora senador Valdir Raupp (PMDB).
Mulheres foram usadas como escudo humano pelos
policiais e pelos jagunços do fazendeiro Antenor Duarte. A pequenina Vanessa,
de apenas seis anos, teve o corpo trespassado por uma bala “perdida”, quando
corria junto com sua família. Cinquenta e cinco posseiros ficaram gravemente feridos.
Os laudos tanatoscópicos provaram execuções sumárias. O bispo de Guajará Mirim,
dom Geraldo Verdier, recolheu amostras de ossos calcinados em fogueiras do
acampamento e enviou a Faculté de Médicine Paris-Oeste, que confirmou a
cremação de corpos humanos no acampamento da fazenda.
Desde 1985 os camponeses se organizavam, tendo
criado as vilas de Alto Guarajús, Verde Seringal, Rondolândia, e mais tarde o
povoado de Nova Esperança – posteriormente cidade de Corumbiara. Dez anos
depois, foram vítimas da chacina. E até hoje os parentes das vítimas aguardam a
indenização. É uma das vergonhas de Rondônia. É uma das vergonhas nacionais”.
A mais nova máquina de moer gente da região se deu
com a construção das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Quase 100 anos depois da
internacionalização da região, Rondônia assiste a uma nova obra internacional.
A Usina Santo Antônio pertence ao grupo Tractebel, uma corporação franco-belga.
As turbinas de Jirau estão sendo feitas por uma corporação chinesa – que
ofereceu as turbinas com preços “baixíssimos” e pela Voith (alemã). A
Odebrecht, conhecida corporação “brasileira”, fica com a parte da montagem. Em
Jirau, a construção da parte civil está por conta da Camargo Correa e a Enesa é
a montadora da parte mecânica [3]. O financiamento da obra envolve
o BNDES, Santander, Caixa, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander.
O canteiro de obras destas Usinas deve ser caracterizado
como uma organização bastante complexa. Ficamos com a impressão que o canteiro
de obras também é uma verdadeira máquina de moer gente – o calor é
insuportável, ausência de condições de trabalho adequadas, super-exploração do
trabalho, ritmo de trabalho alucinante, trabalho noturno, engenheiros e
encarregados pressionando por maior produtividade. Nos campos de concentração
de Santo Antônio e Girau, o único direito dos trabalhadores é o direito a morte
por exaustão.
Depois de muitas lutas e denúncias contra as
condições de moradia insuportáveis, os alojamentos dos trabalhadores foram
climatizados e melhor adequados. Os trabalhadores vão do inferno e do calor
inóspito ao ar livre e dentro das construções para o frio gelado do ar
condicionado.
Têm direito a descanso pós almoço, nos espaços para TV não
climatizados ao redor dos refeitórios, mas logo são sugados até a alma. Sobre
os refeitórios, não deixa de ser curioso destacar que “os engenheiros e peões
comem no mesmo lugar e a mesma comida”, mas em horários diferenciados. Existem
áreas de “lazer” e esporte para acalmar a massa de trabalhadores.
Os trabalhadores têm dificuldade de acesso a
bebidas alcoólicas, mas fácil acesso a prostíbulos. Bancos, Hospitais, Salas de
Culto, CIPA, Dentista, ABIN,… Têm fácil acesso ao Sedex e ao Telefone Celular,
mas não conseguem se teletransportar e se mandar do inferno. Um engenheiro nos
relatou que no fim de semana, na obra de Jirau que “está no meio do nada”, os
trabalhadores só não se matam porque não tem uma arma na mão.
É a difícil
rotina da vida de gado. A força de trabalho é constituída por migrações em
massa do Pará, Maranhão, Rondônia,… É a vida de gado de trabalhadores que fazem
parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro, que tanto caminha e dá
muito mais que recebe.
No Faroeste rondoniense, muitos trabalhadores deixam
suas famílias. Trata-se de um povo migrante na sua própria terra, vivem 2 anos
na Usina X, 3 anos na Usina Y. São desterrados na própria terra, como nos
lembra Sérgio Buarque de Holanda, ou trabalhadores que só têm uma parte neste
latifúndio chamado Brasil, uma parte designada para eles a 7 palmos abaixo do
chão, como nos sugere João Cabral de Melo Neto.
É possível perceber a presença de muitas mulheres
na produção, algo que não era tão presente em outras usinas hidrelétricas e
todas as piadinhas “vai pilotar fogão”, “mulher não sabe montar nada”, “vocês
não sabem fazer isso”.
Na obra encontramos máquinas pesadas e caras e
padrões de exploração da força de trabalho degradantes da construção civil
brasileira, em comparação com a forma como são utilizadas as máquinas,
equipamentos e a força de trabalho europeia, ao menos até os anos 1980.
Não
queremos com isso ignorar a existência de polos avançados na economia
brasileira (cervejarias, petroquímicas, etc.), mas salientar a convivência e a
umbilical relação entre o polo moderno e o polo atrasado da nossa economia.
A ausência de condições dignas de trabalho, a luta
por melhores salários, alojamento, transporte, as lutas por vacinação, “lazer”,
direito a visita a família a cada três meses, dentre outros fatores, levaram às
revoltas na Usina de Jirau a maior revolta da obra.
Depois das revoltas de 2012
– que levaram ao assassinato do trabalhador Josivan França Sá no dia
12/02/2012, os campos de concentração de Santo Antônio e Jirau contam com a
presença ativa da Força de Segurança Nacional – uma “novidade” nas Usinas
Hidrelétricas. A função estratégica desta é impedir a explosão de novas
revoltas ou conduzi-las “adequadamente”.
Segundo informações obtidas na Folha
de São Paulo do dia 17/2/2012: “Preocupado com a violência em canteiros de
obras de hidrelétricas e com a proximidade de dissídios coletivos, Paulo Godoy,
presidente da Abdib [Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de
Base], vai aproveitar a reunião de amanhã na Casa Civil para pedir reforço
policial. A Abdib defenderá a necessidade de um plano de ação do governo
federal ante repetidos casos de violência e incêndio em canteiros de obras de
hidrelétricas.
Os casos mais recentes de vandalismo ocorreram nas
obras de Ferreira Gomes (Amapá) e Colíder (Mato Grosso). Jirau, Santo Antônio e
Belo Monte também tiveram instalações destruídas.
“É difícil afirmar que sejam
coordenados, mas é estranho que os eventos se sucedam, às vezes, gerados por
boatos, como na Colíder”, diz. “Precisamos também de um trabalho de
inteligência [informação e espionagem] para saber se há um comando ou se são
esporádicos e regionais”, afirma. “Pediremos que o governo federal avalie se os
Estados têm condição de proteger os trabalhadores e as obras, que são bens
públicos.”
Para ele, alguns casos demandam uma força nacional, ao menos
temporária. “Vêm agora os dissídios coletivos. Observamos que se espalham
boatos de que pagamentos não serão feitos, de condição desumana em canteiros.
São os mais avançados do país, diferentemente de outros pequenos, que podem ter
uma condição precária.”
Há uma massa de trabalhadores terceirizados, bem
típica do novo padrão de acumulação flexível, nas obras de Santo Antônio e
jirau. Eles fazem praticamente o mesmo trabalho, mas recebem um salário menor.
Constatamos a dificuldade – mas não impossibilidade
– de organização de lutas anti-capitalistas num campo de concentração que moi
trabalhadores a cada segundo e com alto controle do que fazem ou que poderiam
fazer os trabalhadores.
As corporações e a Força de Segurança Nacional têm o
controle quase absoluto da vida dos trabalhadores – detecção de foragidos,
“assassinos”, trabalhadores sindicalizados, hábitos de consumo, hábitos de
higiene, se se encontram para atividades “subversivas” e onde...
Como sabemos,
as classes dominantes brasileiras têm o hábito de inverter o crime. Os
honoráveis bandidos são convertidos em deuses e mentores do “progresso”, do
“desenvolvimento do país”, e os trabalhadores convertidos em assassinos.
Os engenheiros nos relataram que, em função da
enorme migração de trabalhadores para a região e diante da ausência de
estrutura no Estado, as próprias corporações construíram creches, escolas,
reformaram hospitais e entregaram para o Estado.
Eles alegam a alta
probabilidade de desvios e corrupção. Somos contra o controle de todas as
esferas da nossa vida por parte das corporações, construindo casas, escolas,
hospitais, etc. mas também não podemos deixar de reconhecer que o Estado de
Rondônia se tornou um boa forma de roubo e acumulação de capital no faroeste
rondoniense.
Ao andar pela cidade de Porto Velho, qualquer pessoa com um mínimo
de curiosidade poderá rapidamente perceber a quantidade de túneis e avenidas
inacabadas, ausência de tratamento de água e esgoto que foram drenados para a
construção das fortunas das elites regionais. A TV da região, de péssimo nível,
controlada pelas elites regionais, tenta ocultar e dissimular diariamente os
problemas do povo rondoniense.
Os “impactos” dessas obras não se resumem ao
deslocamento em massa de trabalhadores para a região, mas também os impactos na
fauna e na flora, mulheres grávidas abandonadas, deslocamento de atingidos por
barragens, ribeirinhos, posseiros na maior parte das vezes sem seus direitos
reconhecidos e passando a viver em locais que não reproduzem nem de perto as
boas condições de vida que tinham.
Em nome do “progresso” da região, de fazer
“nascer uma nova Amazônia”, do “emprego para o desenvolvimento da região e do
país”, “de atração de indústrias” as Usinas de Santo Antônio e Girau promovem
na verdade a “auto-valorização do capital” cada vez mais financeirizado,
super-exploram os trabalhadores e criam novas contradições, impedindo os
trabalhadores da região de criar se integrar ao mundo por uma rota alternativa
a proposta pelo grande capital.
Na obra de Jirau, a vila dos engenheiros fica a
cerca de 20 km. Não deixa de ser curioso que alguns engenheiros moravam na
obra, mas estão sendo retirados em função de possíveis sequestros, caso venham
a acontecer novas revoltas.
Na obra de Santo Antônio, os engenheiros moram em
casas de luxo na cidade de Porto Velho, a cerca de 15 km do centro da cidade.
Temos engenheiros vindo do Sudeste e Sul – trabalhando num ritmo alucinante em
tempos de produção enxuta e entrega das obras menor tempo possível.
Não é
difícil perceber, em comparação com outras usinas hidrelétricas, a intensificação
do trabalho de boa parte destes engenheiros. Colados 24 horas por dia nos
celulares, realizando inúmeras reuniões, baixando sarrafo para aumentar a
produção, infartando e infartando seus encarregados, ficando loucos,
estressados.
A Usina de Santo Antônio, que está sendo montada
pela Odebrecht, uma das últimas corporações de capital “nacional”, mas com seus
tentáculos em muitas partes do mundo, recebe a visita dos seus principais
gestores vindos da Bahia e Rio de Janeiro, que não moram e jamais morariam em
lugares tão longínquos e “inóspitos”.
Na negociação para a construção destas complexas
obras, não podemos deixar de destacar a revitalização de um trecho de 7 km da
Ferrovia Madeira-Mamoré – a Ferrovia do Diabo, luta de uma pequena parcela da
sociedade rondoniense, que teve como aliado o IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional), a construção de um museu do Índio na Vila de
Santo Antônio, diga-se de passagem, muito modesto para a importância que
deveria ter. Alguns pesquisadores da UNIR (Universidade Federal de Rondônia)
tentam salvar o que podem, mas muitos são intimidados ou cooptados pelas
corporações.
Em 2006 foi finalizado o Presídio de Segurança
Nacional de Rondônia, bem visível, ali ao lado da BR 364, a cerca de 40 km de
Porto Velho. Mas para frente e para trás na BR 364 estão os campos de
concentração visíveis para alguns, invisíveis para outros, de Santo Antônio e
Jirau.
Acreditamos que estas obras fecham o quarto ciclo longo da máquina de
moer gente chamada Rondônia – Ferrovia do Diabo, anos 1945-60, construção da BR
364. Que lutemos para não haver mais um novo ciclo longo de mortes nos campos
de concentração de Rondônia!
Notas
[1] Lembremos que no Acre tivemos inúmeras lutas
de resistência à tentativa de criação pelos americanos e ingleses de um Estado
Autônomo na região. A alegação da época era que a Bolívia não teria como criar
as condições de produção da borracha. Com a atuação de Assis Brasil e o Barão
de Rio Branco, no início do século XX, e sob o pagamento de uma enorme
quantidade de dólares, o Brasil passa a ser dono da região acreana,
expropriando então terras bolivianas e peruanas e impedindo a criação do Estado
autônomo.
[2] Um morador da região nos disse que a música
de Renato Russo Faroeste Cabloco, cabe muito mais para o caso de
Rondônia do que de Brasília. A seguir, um trecho da música: “Faroeste Cabloco –
música de Renato Russo “Quando criança só pensava em ser bandido / Ainda mais
quando com um tiro de soldado o pai morreu / Era o terror da sertania onde
morava / E na escola até o professor com ele aprendeu / Ia pra igreja só pra
roubar o dinheiro / Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar / Sentia
mesmo que era mesmo diferente / Sentia que aquilo ali não era o seu lugar”.
[3] Boa parte da Enesa foi vendida ao Santander.
Conforme informações obtidas na internet: “A empresa de engenharia Enesa
Participações protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido para
realizar uma oferta pública de ações na bolsa. Segundo o prospecto preliminar
disponível na CVM, a companhia que atua na área de montagem e manutenção
eletromecânica quer fazer uma distribuição primária (quando são emitidos novos
papéis) e secundária (venda de ativos dos atuais sócios) na BM&FBovespa.
Além dos acionistas pessoas físicas da Enesa, o prospecto cita o Banco
Santander, o fundo Óleo e Gás Fundo de Investimento em Participações – gerido
pela Modal Administradora de Recursos – e o fundo FIP Brasil de Governança
Corporativa – gerido pela gestora BR Educacional, do economista Paulo Guedes –
entre os acionistas vendedores da oferta. A operação será coordenada pelo Itaú
BBA, com o auxílio dos bancos Credit Suisse, BB Investimentos, BTG Pactual e
Modal”.
Referências
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FERREIRA, M. R. A Ferrovia do Diabo. São Paulo: Melhoramentos/Furnas, 2004. 2ª Edição.
MARQUES, G. SPVEA – O Estado na crise do desenvolvimento regional amazônico. Revista de Economia Política, jan-2013, p. 163-198.
SEVÁ FILHO, A. O. Problemas intrínsecos e graves da expansão mineral, metalúrgica, petrolífera, e hidrelétrica nas Amazônias. I Seminário Nacional sobre Desenvolvimento e Conflitos Ambientais, UFMG, Belo Horizonte, em 03/04/2008. Disponível em: www.fem.unicamp.br/~seva .
SHIVA, V. Biopirataria: a Pilhagem da Natureza e do Conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2001.
http://www.santoantonioenergia.com.br/hotsite/
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SHIVA, V. Biopirataria: a Pilhagem da Natureza e do Conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2001.
http://www.santoantonioenergia.com.br/hotsite/
Fonte: http://editora.expressaopopular.com.br/batalha-das-ideias/canteiros-de-obras-em-rond%C3%B4nia-continuam-moer-gente
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