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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

CAPIM 6ºANO GEOGRAFIA 30/09/2021

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: Geografia

Professor: Luiz Cláudio

Série: 6º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

 

Atmosfera: tempo e clima


Tempo e clima são conceitos distintos. Tempo refere-se a um estado momentâneo das condições atmosféricas. Já clima é duradouro, tratando-se de uma sucessão habitual de tempos.

É comum ver o uso dos termos “tempo” e “clima” para designar um mesmo estado atmosférico. Tempo e clima são elementos que se complementam na descrição do ambiente atmosférico. Esses conceitos, porém, referem-se a condições diferentes do ambiente, e usá-los como sinônimos é um equívoco.

Diferença entre tempo e clima

 

Principais elementos do tempo

→ Temperatura;

→ Umidade do ar;

→ Chuva;

→ Vento.


Clima é uma condição duradoura do ambiente atmosférico e equivale ao conjunto dos tipos de tempos mais comuns em um determinado lugar ao longo de um período de aproximadamente 30 anos. Representa, portanto, um padrão geral das condições meteorológicas (variações anuais de temperatura, umidade, pressão do atmosférica, ventos), que se alteram de acordo com as estações do ano. Quando alguém diz que Tocantins é um estado muito quente e seco, refere-se ao clima desse estado, que é tropical seco. Contudo, ao longo dos dias, Tocantins pode apresentar uma variedade de tempos.

O clima é influenciado por elementos e fatores climáticos, que fazem com que a atmosfera tenha características distintas dependendo da localização no mundo. Por esse motivo, há vários tipos de climas.

 

Principais fatores do clima

 

→ Latitude;

→ Altitude;

→ Maritimidade e continentalidade;

→ Massas de ar;

→ Correntes marítimas;

→ Localização geográfica.

 

Principais elementos do clima

→ Radiação;

→ Temperatura;

→ Pressão atmosférica;

→ Umidade do ar.

 

Tipos de clima

Os principais tipos de clima do mundo são: Equatorial, Tropical, Temperado, Subtropical, Mediterrâneo, Frio, Frio de Montanha, Polar, Desértico e Semiárido.

 

O clima mundial é influenciado por diferentes fatores e elementos climáticos, que contribuem para uma grande diversificação climática. Assim, dependendo da região do mundo e dos fatores que influencia, a atmosfera terá características totalmente diferentes.

Atualmente, existem diferentes classificações climáticas que definem o clima de acordo com os seus principais elementos: radiação, temperatura, pressão atmosférica, umidade etc. Uma das classificações mais utilizadas é a do geográfo alemão Wladimir Petter Kópen, proposta em 1900 e aperfeiçoada por outros geográfos a partir de então. Essa classificação volta-se, principalmente, para a temperatura e a umidade de cada tipo de clima. De acordo com essa classificação, o planeta possui vários tipos e subtipos de clima, a saber:

·         Clima Equatorial: Presente nas zonas tropicais (Amazônia, África e Indonésia), próximas à Linha do Equador. Apresenta temperaturas elevadas, com médias anuais em torno de 25°C, pequena amplitude térmica (diferença entre a maior temperatura registrada e a menor) e muita umidade, com médias pluviométricas superiores a 2.000 milímetros por ano.

·         Clima Tropical: Ocorre na maior parte das regiões localizadas entre os trópicos de Capricórnio e de Câncer. Apresenta elevadas temperaturas, com médias anuais em torno de 20ºC, e duas estações bem definidas: uma quente e úmida (verão) e outra mais fria e seca (inverno). A quantidade de umidade varia conforme a sua localização. Regiões tropicais próximas ao litoral, que são influenciadas pela maritimidade, são mais úmidas do que as regiões localizadas no interior do continente, que são influenciadas pela continentalidade. Assim, as médias de pluviosidade variam entre 1.000 e 2.000 por ano e dependem da região em que se encontram. Em virtude dessa variação de umidade, o clima tropical pode ser dividido em: Clima tropical úmido ou litorâneo e Clima tropical continental ou clima tropical típico. As áreas mais elevadas do clima tropical apresentam temperaturas mais amenas em razão da variação de altitude, o que configura o clima tropical de altitude.


Clima Temperado: Presente em áreas de médias altitudes, é o único tipo de clima que possui as quatro estações bem definidas: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Possui temperaturas mais amenas, com médias anuais que variam em torno de 8ºC e 15ºC, e umidade que varia de acordo com a sua localização (quanto mais próximo ao litoral, mais úmido). Esse tipo de clima é dividido em: 1) Clima temperado oceânico - É um clima mais úmido e que apresenta invernos menos rigorosos em virtude da influência da umidade oceânica. Como a água demora mais tempo para se resfriar, ela mantém a temperatura atmosférica por mais tempo, diminuindo, assim, a amplitude térmica entre o verão e o inverno. 2) Clima temperado continental - como não é influenciado pela umidade oceânica, é mais seco e apresenta invernos mais rigorosos.

·         Subtropical: Presente em áreas de transição entre o clima tropical e o clima temperado. Apresenta temperaturas mais amenas e grande amplitude térmica anual, com temperaturas negativas no inverno e acima dos 30ºC no verão. As estações do ano, apesar de não serem tão bem definidas como as do clima temperado, já começam a se delinear. As chuvas são bem distribuídas durante o ano e apresentam maior ocorrência durante o verão.

·         Mediterrâneo: Ocorre, principalmente, nas regiões próximas ao Mar Mediterrâneo. Apresenta duas estações bem definidas: verão (quente e seco) e inverno (chuvoso e menos quente). As médias de temperatura assemelham-se muito às do clima tropical, mas a quantidade de chuvas é ligeiramente menor no clima mediterrâneo.

·         Frio (subpolar): Presente nas regiões temperadas mais próximas aos polos e apresenta duas estações bem definidas: Verão fresco, com temperaturas em torno de 10º C, e inverno bastante rigoroso, com temperaturas negativas. O índice pluviométrico varia entre 100 e 1000 milímetros, sendo comum a precipitação em forma de flocos de neve durante o inverno.

·         Frio de Montanha: Ocorre em regiões com grandes cadeias de montanhas, como os Andes, Himalaia, as Montanhas Rochosas e os Alpes. Caracteriza-se pelas baixas altitudes, com uma grande variação de temperatura conforme a altitude (quanto maior a altitude, menor a temperatura), e a presença de neves eternas (que nunca derretem).

·         Polar ou Glacial: Ocorre nas zonas polares ou em latitudes muito elevadas, próximas aos polos norte e sul. Apresenta temperaturas baixas durante o ano todo, com médias anuais próximas a -30º C, uma grande variação na duração do dia e da noite e baixa umidade, com um índice pluviométrico de menos de 200 milímetros anuais.


Desértico: Presente tanto em regiões temperadas quanto em regiões tropicais (norte da África, Oriente Médio, oeste dos Estados Unidos, norte do México, litoral do Chile e do Peru, Austrália e noroeste da Índia), geralmente em regiões de depressões. Apresenta uma grande amplitude térmica durante o dia (com temperaturas próximas aos 50ºC durante o dia e temperaturas negativas durante a noite), baixa umidade, chuvas escassas e irregulares e índices pluviométricos inferiores a 250 mm por ano.

·         Semiárido: Localiza-se nas bordas dos desertos da América do Norte, América do Sul, Austrália, África e na região Nordeste do Brasil, que, embora não esteja próxima a um deserto, também possui esse tipo de clima em virtude da baixa umidade existente na região.  O semiárido caracteriza-se pela presença de altas temperaturas, com médias anuais em torno de 27º C, baixa umidade, chuvas escassas e irregulares e médias pluviométricas que variam em torno de 300 a 800 milímetros por ano.

 

 

Praticando Ensino-Aprendizagem

 

1.    Qual é o conceito de Clima?

2.    Qual é o conceito de tempo?

3.    Quais são os principais elementos do tempo?

4.    Quais são os principais fatores do clima?

5.    Quais são os principais tipos de clima do mundo?

6.    Polar ou Glacial: Ocorre nas zonas polares ou em latitudes muito elevadas, próximas aos polos norte e sul”.

 

           A questão 6 é para marcar Certo ou Errado

                     (         ) Certo          (         ) Errado

 

 

7.    Clima temperado oceânico - É um clima mais úmido e que apresenta invernos menos rigorosos em virtude da influência da umidade oceânica”.

                        A questão 7 é para marcar Certo ou Errado

                     (         ) Certo          (         ) Errado

 

 

CAPIM 7ºANO GEOGRAFIA 30/09/2021

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: Geografia

Professor: Luiz Cláudio

Série: 7º Ano

Aluno:______________________________________________________

 

Migrações no Brasil

 

O termo ”migrações” corresponde à mobilidade espacial da população, ou seja, é o ato de trocar de país, de região, de estado ou até de domicílio. Esse fenômeno pode ser desencadeado por uma série de fatores: religiosos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos e ambientais.


No Brasil, os aspectos econômicos sempre impulsionaram as migrações internas. Durante os séculos XVII e XVIII, a intensa busca por metais preciosos desencadeou grandes fluxos migratórios com destino a Goiás, Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Em seguida, a expansão do café nas cidades do interior paulista atraiu milhares de migrantes, em especial mineiros e nordestinos.

No século XX, o modelo de produção capitalista criou espaços privilegiados para a instalação de indústrias no território brasileiro, fato que promoveu a centralização das atividades industriais na Região Sudeste. Como consequência desse processo, milhares de brasileiros de todas as regiões se deslocaram para as cidades do Sudeste, principalmente para São Paulo.

Outra consequência do atual modelo de produção é a migração da população rural para as cidades, fenômeno denominado êxodo rural. Essa modalidade de migração se intensificou nas últimas cinco décadas, pois as políticas econômicas favorecem os grandes latifundiários (empréstimos bancários), além da mecanização das atividades agrícolas em substituição da mão de obra.

A Região Sudeste que, historicamente, recebeu o maior número de migrantes, tem apresentado declínio na migração, consequência da estagnação econômica e do aumento do desemprego na região. Nesse sentido, ocorreu uma mudança no cenário nacional dos fluxos migratórios, onde a Região Centro-Oeste passou a ser o principal destino.

As políticas públicas de ocupação e desenvolvimento econômico da porção oeste do território brasileiro intensificaram a migração para o Centro-Oeste. Entre as principais medidas para esse processo estão: construção de Goiânia, construção de Brasília, expansão da fronteira agrícola e investimentos em infraestrutura. O reflexo dessa política é que 30% da população do Centro-Oeste são oriundas de outras regiões do Brasil, conforme dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Outro aspecto das migrações internas no Brasil é que os fluxos são mais comuns dentro dos próprios estados ou regiões de origem do migrante. Esse fato se deve à descentralização da atividade industrial no país, antes concentrada na Região Sudeste e em Regiões Metropolitanas.

Praticando Ensino-Aprendizagem

 

1.    O que significa o termo migrações?

2.    Quais são os fatores que contribuem para que as migrações aconteçam?

3.    No Brasil, os aspectos econômicos sempre impulsionaram as migrações internas. Assim sendo, durante os séculos XVII e XVIII, quais foram os lugares destes fluxos migratórios?

4.    A partir do século XX qual foi à região brasileira que mais atraiu essas migrações?

5.    O que caracteriza esse fenômeno denominado êxodo rural?

6.    Que modalidade de migração se intensificou no Brasil nas últimas cinco décadas?

7.    Quais foram os motivos que intensificaram a migração para o Centro-Oeste?

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

CAPIM 7º ANO HISTÓRIA 27/09/2021

  

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 7º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

 

A IDADE MÉDIA 

 

A Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo após a queda do Império Romano do Ocidente, e termina no século XV, com a conquista de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano. Foi um período marcado pela síntese da herança romana com a cultura dos povos bárbaros que invadiram o Império Romano.

A Igreja Católica tornou-se uma instituição poderosa e influente não apenas na religião, mas também na sociedade medieval. A invasão bárbara provocou a fuga da cidade em direção ao campo. A Europa ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a terra. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica, e a produção dos feudos era para o próprio sustento.

A partir do século XIII, por conta dos renascimentos comercial e urbano, o mundo medieval começou a entrar em crise. A centralização do poder nas mãos dos reis derrotou os senhores feudais, pacificou as revoltas servis e abriu as portas da Europa para a Idade Moderna..

 

Por que o nome “Idade Média”?

 

Durante muito tempo, o termo “Idade Média” foi muito discutido na historiografia. Os estudiosos modernos, do século XV em diante, fervorosos defensores do pensamento racional e grandes admiradores da cultura greco-romana, fizeram uma análise sobre o período que se encerrara.

Desde a queda do Império Romano do Ocidente até o século XV, cunhou-se Idade Média como um termo pejorativo, como se fosse um intervalo entre a Antiguidade Clássica, ou seja, os tempos áureos da Grécia e Roma Antiga, e a Idade Moderna, período de resgate da cultura humanística idealizada pelos primeiros filósofos gregos e concretizada pelos romanos.

Por conta desse sentido pejorativo, chamou-se também a Idade Média de “Idade das Trevas. Além de ser um intervalo, o período medieval era tido como obscuro tomado pelas crenças ditadas pela Igreja Católica, que desprezava o pensamento racional, e que não teve produções intelectuais de relevo.

No entanto, o termo Idade das Trevas já não é mais utilizado pela historiografia. Reconhece-se hoje a vasta produção cultural da época medieval, a importância da  filosofia medieval para o conhecimento humano e a importância dos livros e documentos da Antiguidade Clássica terem sido preservados da destruição ao serem guardados nos mosteiros.

 

Características da Idade Média

 

Como a Idade Média é um período extenso da história geral, convencionou-se dividi-la em dois momentos:

·         Alta Idade Média (séc. V ao século X)

·         Baixa Idade Média (séc. X ao século XV)

É importante ressaltar que esses momentos não estão separados, mas um complementa o outro.

 

·         Alta Idade Média

O período da Alta Idade Média corresponde à formação da Europa medieval até o seu apogeu, no século X. O Império Romano do Ocidente acabou no século IV, e o imenso território conquistado pelos romanos pertencia então aos povos bárbaros. O termo “bárbaro” era como os romanos chamavam os povos que não faziam parte do seu império, que estavam fora dos limites romanos, ou seja, eram aqueles que não compartilhavam do mesmo costume romano, que não tinham a cidadania romana.

A Alta Idade Média constituiu-se pela junção da herança romana com os costumes dos povos bárbaros. A invasão bárbara alcançou a cidade de Roma, que foi saqueada diversas vezes. O temor dessas invasões fez com que os habitantes das cidades buscassem refúgio e trabalho no campo. Ocorreu o que chamamos de ruralização da Europa.

Os reinos germânicos adaptaram seus costumes aos os dos romanos. A Igreja Católica  aliou-se aos reis e tornou-se a grande ponte entre o mundo germânico e o mundo romano.. Os povos bárbaros abandonaram suas antigas práticas religiosas e aderiram ao cristianismo. A fé cristã  expandiu-se pela Europa ocidental, reforçando o poder do papa. Foi no  Império Carolíngio,  no século VII, que a Igreja conseguiu consolidar o seu domínio.

O imperador Carlos Magno conquistou uma grande quantidade de terras e doou algumas delas à Igreja. Começava a formação dos Estados pontifícios, grandes quantidades de terra que estavam sob o domínio do papa. Carlos Magno promoveu a distribuição de terras aos senhores feudais exigindo em troca a sua fidelidade e seu auxílio em caso de guerra. Logo após a sua morte, seus filhos não conseguiram manter a unidade do império, que acabou dissolvendo-se. O poder foi descentralizado, entre os senhores feudais.

A sociedade medieval era estamental, ou seja, não possibilitava a ascensão social. No topo da pirâmide estava o clero, logo abaixo vinha à nobreza, e na base estavam os servos, os únicos que trabalhavam e sustentavam as classes de cima. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica. Os servos trabalhavam na terra para o seu próprio sustento, de sua família e do seu senhor.

Havia uma dinâmica ao lidar-se com a terra aproveitando-a ao máximo sem desgastá-la. Enquanto uma parte da terra era utilizada para o cultivo, uma outra porção dela ficava em repouso. Logo após a colheita, a terra trabalhada ficava em repouso e a outra era utilizada. Esse era o sistema de rotação, que evitava o desgaste do solo.

A cultura da Alta Idade Média estava concentrada nos mosteiros. A produção da Antiguidade Clássica foi guardada, e os monges copistas tinham a missão de copiar os textos antigos para que não se perdessem com o tempo. O acesso às bibliotecas dos mosteiros era restrito e o trabalho era manual.

·         Baixa Idade Média

aumento populacional ocorrido a partir do ano 1000 foi motivado principalmente pela diminuição significativa das guerras bárbaras. Por isso, chama-se esse ano de “O ano da paz de Deus”. Esse aumento populacional provocou significativas mudanças na estrutura medieval e, mais tarde, levou à sua crise, no século XV.

A forma de lidar com a terra modificou-se. A produção agrícola aumentou e passou-se a usar as terras que ficavam em repouso. Dessa forma, o desgaste da terra não tardou a acontecer, acarretando dificuldades na produção.

As cidades voltaram a ter movimentação mais intensa, pois o aumento populacional levou as pessoas a saírem do campo e retornarem a elas. O comércio também voltou com atividade mais intensa por meio da troca de mercadorias.

As Cruzadas começaram como movimento religioso, mas, com o passar do tempo, transformaram-se em expedições comerciais ao trazer as especiarias orientais para a Europa ocidental. Essa movimentação Ocidente–Oriente fez retomar as navegações pelo mar Mediterrâneo, até então abandonadas por causa da ruralização da Europa e do domínio islâmico. Gênova e Veneza enriqueceram com o comércio marítimo logo após fazerem um acordo com os comerciantes islâmicos do Oriente.

As universidades promoveram mudanças na vida cultural da Idade Média. Surgidas no século XIII, elas se tornaram locais de estudos e discussão livre de ideias. Os mosteiros começaram a perder sua força cultural, que, desde o início do período medieval, era intensa. A moeda circulando com mais intensidade pela Europa por causa da volta às atividades comerciais passou a financiar a produção artística e intelectual.

A retomada do comércio fez surgir às feiras. Elas funcionavam ao redor dos feudos e comercializavam os produtos vindos do Oriente. Outras feiras formavam-se às margens das estradas para garantir a segurança das comitivas do comércio e a instalação de bancos para a troca de moedas. Cidades como Champagne, na França, surgiram dessas feiras. Uma nova classe social apareceu: a burguesia.

Essas transformações no mundo medieval começaram a fazer a estrutura social entrar em crise. As bases da Idade Média foram afetadas. A agricultura perdia espaço para o comércio. O campo esvaziava-se, e as cidades enchiam-se. As ideias que eram dominadas pela Igreja circulavam livremente pelas universidades. A fé, que era o elemento norteador do pensamento humano, perdia espaço para a razão.

Feudalismo

O feudalismo é uma das principais características da Idade Média. Trata-se de um sistema social, econômico e político que vigorou por todo período medieval. Nesse sistema, terras eram concedidas por um suserano ao seu vassalo em troca de fidelidade e ajuda militar. Os senhores feudais controlavam os feudos, e a mão de obra era servil. Os servos deveriam pagar impostos e trabalhar para os senhores e o clero.

atividade econômica feudal era a agricultura, essa produção atendia as demandas internas do feudo. A Igreja Católica exercia grande influência dentro dos feudos, onde aconteciam as cerimônias religiosas e os registros de nascimento, casamento e morte. O feudalismo entrou em crise no século XIV, logo após as revoltas servis.

É importante destacar que, os camponeses e servos tinham uma relação interessante: os camponeses cuidavam das terras dos nobres e os nobres eram responsáveis pela segurança e qualidade de vida dos servos. O clero, portanto, era quem regia todo o processo social e político da época.

Deste modo, eram obrigados a pagar vários impostos. Portanto, esses tributos eram cinco: corveia, talha banalidade, capitação e mão-morta. A corveia consistia no trabalho sem remuneração dos servos em instâncias públicas; a talha consistia na porcentagem referente ao que foi produzido no manso servil; a banalidade era o pagamento recorrente da utilização de algum mecanismo que pertencesse ao feudo; a capitação era o imposto anual pago ao senhor feudal; e a mão morta era o imposto pago caso o chefe da família viesse a falecer e a família continuasse a usar as

Crise do século XIV

 A crise do século XIV pode ser resumida em três palavras:

·         fome

·         peste

·         guerra

fome foi resultado da escassez de alimentos provocada pela redução da produção agrícola por causa de intemperes naturais.

A Peste Negra foi uma doença que matou milhões de pessoas e espalhou-se rapidamente pela Europa. Vinda do Oriente, essa peste foi beneficiada pela ausência de higiene dos medievais. Com o alto número de mortos, começou a faltar mão de obra para o trabalho no campo. Os poucos servos que ainda trabalhavam nos feudos tiveram que trabalhar mais. Isso gerou uma revolta servil que abalou a estrutura feudal. As guerras entre os reinos europeus e as revoltas servis foram derrotadas pelos reis, que passaram de simples chefes militares a governantes dos reinos.

Fim da Idade Média

As mudanças da Baixa Idade Média levaram a Europa ocidental à crise. A centralização do poder nas mãos dos reis reduziu os poderes locais, que estavam sob o comando dos senhores feudais. Além disso, os reis questionavam a influência do poder do papa nas decisões políticas. Esses poderes reais deram início à formação dos estados nacionais, decretando-se o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.

 

Praticando Ensino-Aprendizagem

1.    O que significa feudalismo?

2.    Como a Idade Média é um período extenso da história geral, convencionou-se dividi-la em dois momentos. Cite-os

3.    Como estava organizada a sociedade medieval?

4.    Quais eram os tributos pagos pela classe camponesa?

5.    Quais foram os elementos que contribuíram para que ocorresse a crise no século XIV?

6.    Qual era a economia medieval?

7.    “A Alta Idade Média constituiu-se pela junção da herança romana com os costumes dos povos bárbaros”.

A questão 7 é para marcar Certo ou Errado

                     (          ) Certo                    (         ) Errado

8.    “O aumento populacional ocorrido a partir do ano 1000 foi motivado principalmente pela diminuição significativa das guerras bárbaras. Por isso, chama-se esse ano de ‘O ano da paz de Deus”’.

 A questão 8 é para marcar Certo ou Errado

                      (          ) Certo                    (         ) Errado

9.    “As mudanças da Baixa Idade Média levaram a Europa ocidental à crise. A centralização do poder nas mãos dos reis reduziu os poderes locais, que estavam sob o comando dos senhores feudais”.

 A questão 9 é para marcar Certo ou Errado

                      (          ) Certo                    (         ) Errado