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quinta-feira, 11 de maio de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim 9°Ano

 ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 9º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

Guerra Fria

Guerra Fria é o nome que damos ao conflito político e ideológico que se estendeu do final da década de 1940 até o ano de 1991. Esse acontecimento teve como protagonistas os Estados Unidos e a União Soviética, países que representavam duas ideologias distintas que eram o capitalismo e o socialismo, respectivamente.

A Guerra Fria impactou de diversas maneiras o mundo, ao longo do século XX, e resultou em disputas nos campos científico, econômico, esportivo, bélico, além da clara disputa política e ideológica. Ao longo desse conflito, a rivalidade e a disputa geopolítica levaram à deflagração de uma série de conflitos em outras partes do planeta.

 

CAUSAS DA GUERRA FRIA

A Guerra Fria teve início na década de 1940, pouco depois que a Segunda Guerra Mundial teve fim. Esse conflito foi resultado da disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética, os dois países que saíram com status de potência após a guerra. A diferença de ideologia é a chave para entendermos esse conflito.

Os historiadores consideram um discurso realizado pelo presidente norte-americano Harry Truman o ponto de partida para o início da Guerra Fria. Nesse discurso, realizado em 1947, Truman pedia aumento na liberação de verbas para que os Estados Unidos barrassem o avanço do socialismo pelo mundo.

A partir daí, nasceu a Doutrina Truman, a ideologia que reunia o conjunto de medidas tomadas pelos Estados Unidos para conter o avanço do socialismo pela Europa. Dentro da Doutrina Truman está o Plano Marshall, que foi o plano de financiamento dos países europeus que haviam sido destruídos com a Segunda Guerra.

O discurso maniqueísta propagado por essa ideologia acabou criando um clima alarmista que contribuiu para acirrar os ânimos entre as duas nações. Conforme a rivalidade aumentou, os soviéticos também aderiram ao discurso maniqueísta, consolidando a polarização do mundo.

Ao longo da duração da Guerra Fria (1947-1991), algumas ações puderam ser observadas, como a corrida armamentista, pois a disputa entre americanos e soviéticos fazia com que o clima de guerra entre os dois lados existisse e isso levou as duas nações a investirem maciçamente no desenvolvimento de armas.

Houve também, nesse período, a corrida espacial, pois a rivalidade entre americanos e soviéticos fez com que os dois países investissem no desenvolvimento tecnológico, e a exploração espacial acabou sendo um campo dessa disputa. Os soviéticos foram os primeiros a enviar um satélite, um animal e um ser humano para o espaço, e os americanos conseguiram levar o primeiro humano à Lua.

interferência estrangeira também foi uma marca desse conflito, uma vez que soviéticos e americanos disputavam a sua influência em diversos países considerados estratégicos do ponto de vista geopolítico. Isso resultou em conflitos em regiões da Ásia e África e na em golpes de Estado na América Latina.

Outra característica marcante da Guerra Fria foi a polarização do mundo em dois grandes blocos: um em apoio aos Estados Unidos e adepto ao capitalismo, e outro em apoio à União Soviética e adepto ao socialismo. A formação desses blocos ocasionou a formação de uma série de tratados econômicos e militares.

No campo econômico, podemos destacar a formação da União Europeia, formada entre as nações capitalistas da Europa Ocidental, e do Comecon, formado pelas nações socialistas do leste europeu; no campo militar, por sua vez, podemos destacar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS.

REVOLUÇÃO CHINESA

A guerra entre os comunistas na China e os nacionalistas (capitalistas) estendia-se desde a década de 1920, sendo interrompida por conta da invasão japonesa na década de 1930. Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o conflito foi retomado e os comunistas liderados por Mao Tsé-Tung, consideraram derrotar os nacionalistas. Em 1949, a China converteu-se em uma nação comunista, e os Estados Unidos passaram a intervir mais abertamente na Ásia para impedir que outros países fossem influenciados pela China.

GUERRA DA COREIA

A Coreia foi ocupada e dividida por americanos e soviéticos, no final da Segunda Guerra Mundial, e dessa divisão nasceram duas nações: a Coreia do Norte, comunista, e a Coreia do Sul, capitalista. Essa divisão resultou em uma guerra iniciada em 1950, quando os norte-coreanos invadiram a Coreia do Sul com o objetivo de conquistá-la e de reunificar as Coreias.

Os sul-coreanos lutaram com o apoio aberto dos Estados Unidos que chegaram, inclusive, a enviar soldados para participar dessa guerra. Em 1953, um armísticio (tratado de paz) foi assinado entre os dois lados, e a divisão entre Coreia do Sul e Coreia do Norte permanece existindo até hoje.

Outro símbolo da interferência norte-americana na geopolítica da Ásia durante a Guerra Fria foi o Vietnã. Esse país era uma antiga colônia francesa que conquistou sua independência após uma guerra de oito anos de duração (os EUA apoiaram os franceses). Depois desse conflito, o país dividiu-se em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul, sendo os primeiros influenciados pelo comunismo e os segundos, pelo capitalismo.

A Guerra do Vietnã teve início em 1959, e a entrada dos Estados Unidos nesse conflito aconteceu em 1965. O envolvimento americano na guerra foi extremamente impopular na sociedade norte-americana, teve um peso altíssimo para a economia do país e matou milhares de jovens americanos, além de ter resultado em enorme barbárie no país asiático. Em 1973, as tropas norte-americanas foram retiradas do Vietnã e, em 1976, os comunistas venceram a guerra e reunificaram o país.

CRISE DOS MÍSSEIS

A Crise dos Mísseis é, provavelmente, o momento de maior tensão em toda a Guerra Fria, uma vez que a possibilidade de guerra entre norte-americanos e soviéticos foi real. Tudo começou quando uma revolução nacionalista aconteceu em Cuba, em 1959. Por conta da pressão norte-americana sobre Cuba, o pequeno país caribenho alinhou-se com os soviéticos para fugir do embargo econômico.

Em 1962, soviéticos e cubanos chegaram a um acordo de instalar uma base de mísseis em Cuba, mas a informação foi descoberta pelos americanos e uma crise diplomática teve início. Os EUA afirmaram que declararia guerra caso os mísseis soviéticos fossem instalados. Depois de duas semanas de negociação, a saída foi encontrada: os mísseis soviéticos não seriam instalados em Cuba, e os americanos retirariam mísseis instalados na Turquia.

MURO DE BERLIM

Talvez o grande símbolo da polarização da Guerra Fria tenha sido o caso da Alemanha, país que se dividiu em duas nações e assim permaneceu durante grande parte da segunda metade do século XX. A região ocupada pelos soviéticos, ao final da Segunda Guerra, converteu-se na Alemanha Oriental, enquanto que a parte ocupada por americanos, franceses e britânicos converteu-se na Alemanha Ocidental, cada qual inspirada na sua própria ideologia.

Essa divisão, somada à fuga da população da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental, principalmente em Berlim, a capital dos dois países, levou os alemães orientais e soviéticos a investirem na construção de um muro que isolava a capital da Alemanha Ocidental e impedia que as pessoas se mudassem para lá.

O Muro de Berlim teve sua construção iniciada em 1961, permanecendo de pé até 1989, quando a crise do bloco socialista na Europa e a crise econômica e política que atingiu a Alemanha Oriental, levou a população a derrubar o muro. Em 1990, a Alemanha reunificou-se.

FIM DA GUERRA FRIA

A Guerra Fria chegou ao seu fim com a decadência da União Soviética e do bloco socialista. A crise soviética relaciona-se com o fato de a economia soviética ter entrado em declínio a partir da década de 1970. O historiador Angelo Segrillo afirma que a crise econômica soviética está diretamente relacionada com a incapacidade do país em adaptar-se ao sistema de produção toyotista e a falta de inovação tecnológica no país em relação aos Estados Unidos.

Os problemas na economia soviética eram mascarados por conta da valorização do preço do petróleo, que fazia com que a arrecadação do país fosse suficiente para esconder problemas latentes, como o da agricultura. O envolvimento da União Soviética com a Guerra do Afeganistão , em 1979, acabou ampliando o desgaste econômico dos soviéticos.

Em 1985, Mikhail Gorbachev assumiu o comando soviético e tinha como função solucionar a crise que o país enfrentava naquele momento. Gorbachev propôs reformas por meio da Glasnot e Perestroika, mas as reformas propostas pelo governante soviético contribuíram para aumentar o desgaste do modelo soviético.

Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou, e a União Soviética foi dissolvida. No seu lugar, quinze nações conquistaram sua independência, e o bloco socialista deixou de existir no leste europeu. Esses acontecimentos marcaram o fim da Guerra Fria.

 

 

Praticando Ensino-Aprendizagem

 

1.    O que foi a Guerra Fria?

2.    Quando teve início a Guerra Fria?

3.    Qual é a chave para entendermos a Guerra Fria?

4.    Para os historiadores qual terias sido o ponto de partida para o início da Guerra Fria.

5.    Ao longo da duração da Guerra Fria (1947-1991), algumas ações puderam ser observadas. Cite-as

6.     Durante a Guerra Fria (1947-1991) o que poderemos destacar no campo econômico e no campo militar?

7.    Explique o fim da Guerra Fria

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS CAPIM/ EXTREMOZ-RN 8º ANO

 ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS CAPIM/ EXTREMOZ-RN 

DISCIPLINA: HISTÓRIA

PROFESSOR: LUIZ CLÁUDIO

ALUNO:____________________________________________________________


LIBERDADE DE EXPRESSAR PUBLICAMENTE AS IDEIAS

 

 

A ascensão dos valores iluministas em parte da sociedade europeia a partir do século XVIII possibilitou às pessoas demonstrar publicamente seus pensamentos e opiniões sem o medo de sofrerem censura e punições por parte da igreja ou do Estado. A liberdade de expressão, formada durante o movimento iluminista, tornou-se um dos preceitos que definem as sociedades democráticas.  

“[...] no período em que os conflitos religiosos se generalizaram [católicos x protestantes], no século XVI, alguns letrados observaram que a liberdade de consciência — e de crítica — era incompatível com a paz: discordância pública sobre o que era certo ou errado levaria à guerra. Deste modo passaria a existir uma nítida divisão entre o mundo exterior, político, no qual só quem fala é o monarca, e o mundo interior, em que o indivíduo esconde a sua consciência. É justamente aí, no espaço secreto da consciência, que vai se desenvolver o esclarecimento.

O processo do esclarecimento é a projeção para o mundo público desta nova racionalidade. Isto terá um impacto ainda maior na medida em que o século XVIII vai conhecer uma inédita expansão da alfabetização e um significativo barateamento da produção de textos. Um autor que simboliza esta transposição de atitude de um mundo privado e cientifico para um mundo público e político é [...] John Locke, através do seu Ensaio sobre o entendimento humano, de 1690. Para ele, a capacidade individual de formar juízo existe independente da vontade do soberano, independente da autorização estatal [...]. A sociedade se submete às suas próprias leis morais, que têm a mesma importância das leis civis (criadas pelo governo). Forma-se, paulatinamente, a chamada ‘opinião pública’, capaz de definir o que é uma ação virtuosa — que deve ser encorajada; e uma ação viciosa — que é objeto de censura.

A razão materializada no infinito processo de crítica legitima a si própria. É este o mundo dos letrados do início do século XVIII, no qual as ideias são evidentemente conflitantes. Mas a atitude de discutir publicamente, por escrito, sobre todos os assuntos se tornaria a regra da atividade intelectual nos países que conheceram o esclarecimento (daí a improbidade de um ‘absolutismo esclarecido’). [...]

A ilustração, ou esclarecimento, não é um conjunto de ideias: é a atitude de falar publicamente usando a própria razão e recusando as explicações tradicionais. Os resultados deste método nem sempre formam um conjunto coerente e definitivo de ideais — assim como seria incoerente como o esclarecimento se acreditássemos que as noções correntes de liberdade e democracia devem estar isentas de crítica.”

ELIAS, Rodrigo. Essa luz. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, n.104, maio 2014.p.19–21.

  

     PRATICANDO

 

1.   De acordo com o texto por que antes do iluminismo não era possível aos indivíduos expressarem-se livremente na esfera pública? A quem era reservado esse direito?

2.      Qual é a relação, segundo o autor, entre consciência individual e iluminismo? Justifique sua resposta com trechos do texto.

3.      Redija um pequeno texto estabelecendo relação entre iluminismo e a frase: “seria incoerente com o esclarecimento se acreditássemos que as noções correntes de liberdade e democracia devem estar isentas de críticas”.

4.         Em sua opinião, a liberdade de expressão deve ser irrestrita ou existem limites para ela? Dê exemplos que justifiquem sua resposta.

5.      Analise a seguinte frase: “A liberdade de expressar publicamente as ideias”. Faça um comentário

quarta-feira, 10 de maio de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS - CAPIM EXRTREMOZ/RN 6º ANO

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 6º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________

 

 Pré-História 

                                            

Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a partir do momento que os hominídeos começaram a usar ferramentas de pedra. Encerrou-se com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C.

A Pré-História é, basicamente, dividida entre PaleolíticoMesolítico (período intermediário) e Neolítico. Nesses períodos, acompanhamos o desenvolvimento dos hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo sapiens, sapiens, há cerca de 300 mil anos.

 

Divisão da Pré-História

 

A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”.

A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões de anos atrás a 3.500 a.C. e é dividida da seguinte maneira:

 

·         Paleolítico

 

O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram produzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico InferiorMédio e Superior.

Cada um desses períodos possui as suas particularidades e veremos um breve resumo de cada uma delas, começando pelo Paleolítico Inferior. Esse período começa a ser contado exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras ferramentas para sua sobrevivência.

Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 250 mil anos atrás.

Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40.000 a.C. e é caracterizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já existia nessa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais difundido.

Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C. a 10.000 a.C. Nesse período, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande diversidade. Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura rupestre, realizada nas paredes das cavernas.

 

Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficavam escassos.

Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou a experimentar as primeiras experiências religiosas, e o desenvolvimento do estilo de vida dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo.

 

·         Mesolítico

O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História destacam que o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em locais onde houve glaciações intensas. Aconteceu na Europa e em partes da Ásia e estendeu-se, aproximadamente, entre 13.000 a.C. e 9.000 a.C.

Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamente da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida.

 

·         Neolítico

 

O Neolítico é a última fase do período pré-histórico e estendeu-se de 10.000 a.C. até 3.000 a.C. Essas datas (que são aproximativas) assinalam dois marcos importantes para a história do desenvolvimento humano. Primeiro, houve o surgimento da agricultura, um importante marco para a sobrevivência do homem e, por fim, houve o desenvolvimento da escrita.

Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o seu estilo de vida, uma vez que a agricultura permitia o homem fixar-se em um só local (sedentarização do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da agricultura também levou o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plantio.

Junto do desenvolvimento da agricultura veio também à domesticação dos animais, que auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia de alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram a sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que, com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo.

O Neolítico também ficou marcado pelo desenvolvimento da arquitetura, o que permitia o homem construir casas de pedra e construções megalíticas. Essas últimas, até hoje, não tiveram sua finalidade muito bem esclarecidas pela arqueologia. A olaria surgiu em muitos lugares e foi aprimorada em outros.

Ao passo que os agrupamentos humanos cresciam, as sociedades que se formavam tornavam-se mais complexas e mais desiguais, uma vez que as pessoas que estavam diretamente envolvidas com o gerenciamento dos recursos tornavam-se mais importantes e mais influentes.

O fim do período Neolítico ficou marcado pelo desenvolvimento da metalurgia, isto é, a capacidade de produzir ferramentas a partir da fundição de metal e pelo desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade, a escrita cuneiforme.

 

 

DIVISÃO DO TRABALHO NA PRÉ-HISTÓRIA

 

A divisão do trabalho na Pré-História foi acontecendo conforme o estilo de vida dos agrupamentos humanos foi ficando mais sofisticado. Sendo assim, os homens foram sendo responsáveis pela caça de animais, enquanto que as mulheres foram tornando-se responsáveis pela coleta de alimentos para alimentarem-se e alimentarem seus filhos. À medida que a agricultura foi desenvolvida, essa atividade também passou a ser responsabilidade, em geral, das mulheres.

A professora e socióloga alemã Maria Mies sugere que a sobrevivência dos agrupamentos humanos, durante parte da Pré-História, foi possível, sobretudo, a partir do papel desempenhado pelas mulheres, uma vez que grande parte do alimento consumido era oriundo da coleta e da agricultura, e uma parte diminuta era resultado da caça, função masculina.

 

ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA

 

A arte na Pré-História assumiu características distintas. Os especialistas não sabem ao certo os motivos pelos quais os seres humanos produziam tais objetos artísticos, mas especulam que podem ser um registro artístico apenas como um registro do cotidiano. No sentido da “arte pela arte”. Outros sugerem que poderiam ter uma função ritualística, com o objetivo de integrar o homem com a natureza.

Do período Paleolítico, destacam-se, principalmente, as pinturas rupestres, que eram feitas nas paredes das cavernas que são encontradas em diversos locais do mundo, inclusive no Brasil. As pinturas rupestres representavam o homem em meio a grandes grupos de animais, simbolizando as caçadas, e representavam também outras cenas do cotidiano humano.

No Paleolítico, também eram feitas pequenas esculturas das quais destacam-se as estatuetas de Vênus, datadas do período entre 40.000 a.C. e 10.000 a.C. Essas estatuetas foram encontradas em diferentes partes do mundo e representavam um corpo feminino nu com formas voluptuosas, podendo estar associadas ao culto da Deusa-mãe.

No Neolítico, destacam-se as construções megalíticas, construções realizadas com grandes rochas. Os especialistas ainda não sabem o real objetivo dessas construções, mas especulam-se que poderiam funcionar como marcadores de tempo ou poderiam ter relação com a observação dos astros. A construção megalítica mais famosa é Stonehenge, localizada na Inglaterra.

 

CURIOSIDADES SOBRE A PRÉ-HISTÓRIA

 

·         O estudo da Pré-História é um ofício realizado, principalmente, por arqueólogospaleontólogos e geólogos.

·         O estudo da vida dos seres humanos pré-históricos (e também dos animais desse período) inclui a análise de coprólitos, isto é, fezes fossilizadas.

·         No Brasil, o principal sítio arqueológico localiza-se na Serra da Capivara, que fica no estado do Piauí.

·         A estatueta de Vênus mais famosa é a Vênus de Willendorf, localizada na Áustria e que tem cerca de 25 mil anos.

 

 

Praticando o Ensino-Aprendizagem

                                                                                                                           

1.    O que significa Pré-História?

2.   Com está divido a Pré-História?

3.    Como também é conhecido o período Paleolítico?

4.    Quais são as três fazes do período Paleolítico?

5.    No Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C, a 10.000 a. C. Qual foi o tipo de arte desenvolvido neste período?

6.    O que aconteceu no fim do período Paleolítico?

7.     O que foi o período Mesolítico?

8.    O que foi período Neolítico?

9.Quais foram os grandes marcos do período Neolítico?

10. O que marcou o fim do período Neolítico?

11. Como estava dividido o trabalho na Pré-História entre homens e mulheres?

12.  “A arte na Pré-História assumiu características distintas. Os especialistas não sabem ao certo os motivos pelos quais os seres humanos produziam tais objetos artísticos, mas especulam que podem ser um registro artístico apenas como um registro do cotidiano. No sentido da “arte pela arte”. Outros sugerem que poderiam ter uma função ritualística, com o objetivo de integrar o homem com a natureza”.

A questão número 12 é somente para marcar certo ou errado.

 

(         ) Certo                    (       ) Errado