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quarta-feira, 29 de março de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS- CAPIM/EXTREMOZ 7º ANO

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS- CAPIM/EXTREMOZ

Série: 7º Ano

Disciplina: História

Tema: Império Carolíngio

Professor: Luiz Cláudio

Aluno­­­­­­­­­­­­­­_______________________________________________________

 

Império Carolíngio

Império Carolíngio foi formado a partir da coroação de Pepino, o Breve, em 751, embora se considere que seu pai, Carlos Martel, já era poderoso o suficiente, apesar de não ser rei. Os carolíngios eram uma dinastia que fazia parte do Reino dos Francos e substituiu a decadente dinastia merovíngia.

principal reinado carolíngio foi o de Carlos Magno, caracterizado como uma real tentativa de restaurar um império grandioso tal qual o Império Romano do Ocidente. Carlos Magno reformou a administração do reino e realizou muitas conquistas territoriais. Após a morte de seu filho em 843, o Império Carolíngio nunca mais foi o mesmo.

 Formação dos carolíngios

Império Carolíngio é uma designação moderna para se referir à dinastia carolíngia, que governou territórios dos francos entre os séculos VIII e X. Então, quando falamos de carolíngios, estamos, na verdade, falando de francos, um povo germânico que se estabeleceu na região da Gália, por volta do século V, durante o processo de desagregação do Império Romano do Ocidente.

ascensão dos carolíngios ocorreu ao longo do século VIII à medida que os reis merovíngios se enfraqueciam. Tiveram como grande destaque o rei Carlos Magno, e historiadores como Jacques Le Goff consideram que os carolíngios realizaram uma das primeiras tentativas de unificar a Europa sob o comando de apenas um povo.

história do Reino dos Francos se iniciou quando Clóvis I tornou-se rei em 481, dando início à dinastia dos merovíngios. Por meio dele as tribos francas foram unificadas sob seu comando, e o cristianismo se consolidou como a grande religião na Europa Central, quando Clóvis se converteu a essa religião. Clóvis foi filho de Quilderico I, rei de uma das tribos francas antes de sua unificação.

Os francos estabelecidos na Europa Central formaram esse reino, e a dinastia merovíngia se estendeu até o século VIII. Acontece que, nesse período, a ineficácia do comando de muitos reis merovíngios fizeram com que essa dinastia se enfraquecesse a ponto de que os últimos reis ficassem conhecidos como “reis inúteis” e “reis preguiçosos”, conforme diz Le Goff|.

Com o passar do tempo, a administração do rei passou a ser realizada por figuras conhecidas como “mordomos do palácio”, também chamados como “prefeitos do palácio”. Carlos Martel, por exemplo, era considerado praticamente rei, uma vez que o poder era exercido plenamente por ele. Ele, assim como outros mordomos, pertencia à família Pippinides, uma família que ocupava a função de mordomo de maneira hereditária.

Carlos Martel foi particularmente poderoso e influente porque ele havia liderado tropas francas na luta contra os muçulmanos na Batalha de Poitiers. A vitória franca marcou o fim do avanço muçulmano na Europa.

filho de Carlos Martel, chamado Pepino, o Breve, aproveitou-se desse poderio legado a ele, aliou-se com a Igreja Católica e, por meio dos papas Zacarias e Estevão II, conseguiu tornar-se rei. Apoiado também pelos nobres francos, ele destituiu o último merovíngio do trono. Em 751, Quilderico III foi derrubado, e Pepino, o Breve, tornou-se rei franco. Era o início da dinastia carolíngia.

Pepino, o Breve, teve o seu poder sobre o trono franco reconhecido pela Igreja Católica e, em troca, ele reconhecia o direito da Igreja de deter terras ao redor de Roma. Foi um acordo que garantiu posses à Igreja e poder político e títulos para os carolíngios. Pepino reinou de 751 a 768, ano que seus filhos Carlomano I e Carlos Magno assumiram o trono, cada um dominando uma parte diferente do reino. A morte de Carlomano I em 771 permitiu a Carlos Magno unificar o reino sob seu comando.

 Reinado de Carlos Magno

 Quando falamos de Império Carolíngio, é inevitável falarmos de Carlos Magno. Ele teve um longo reinado, foi um dos reis mais poderosos da Idade Média, obteve grandes conquistas territoriais, procurou reforçar o seu poder como rei, realizou importantes reformas em seu reino e representou uma tentativa de unificação da Europa Ocidental sob o comando dos carolíngios.

Na questão administrativa, Carlos Magno lidava com um grande problema: a fragmentação do poder real. O rei nesse período não era aquela figura absoluta que existiu durante a Idade Moderna, portanto era necessário que o rei usasse certos mecanismos para fazer valer o seu poder. Ele procurou reforçar suas ordens e os aparatos usados por seus enviados.

Para isso, ele apelou para a escrita, algo que não era comum entre os povos de tradição germânica. Parte das leis reais começou a ser escrita e enviada em documentos, que ficaram conhecidos como ordenanças ou capitulares. Ele também não hesitou em usar a força quando necessário, e Le Goff fala que ele chegou a ordenar a morte de 4500 pessoas em uma rebelião que aconteceu em Verden.

Para garantir o apoio dos nobres, Carlos Magno distribuía o poder e a riqueza entre esse grupo. As terras francas foram divididas em muitos condados, e a administração de cada uma dessas terras era atribuição dos condes. Essa prática de fornecer terras em troca de serviço e fidelidade deu origem à relação de suserania e vassalagem.

Manter os condes sob o seu controle era uma missão fundamental e, para isso, Carlos Magno contava com funcionários conhecidos como “missi dominici” ou “enviados do senhor”. Esses funcionários tinham a função de informar o rei sobre o que os condes faziam.

Carlos Magno também buscou reforçar o seu poder por meio de uma aliança com a Igreja Católica e buscava diferenciar-se a partir da erudição. Ele incentivou consideravelmente o desenvolvimento da alfabetização e das artes em seu reino. Alguns historiadores chegam a considerar o investimento de Carlos Magno como parte de uma “renascença carolíngia”.

Expansão territorial

 Todas essas ações de Carlos Magno aconteceram com o objetivo de fortalecer o reino, dando unidade e reforçando a autoridade real. Isso porque Carlos Magno percebeu que o Império Carolíngio estava cercado de ameaças. A sudoeste, os muçulmanos; ao sul, os lombardos; a nordeste, os saxões; a leste e sudeste, os ávaros e eslavos.

Como ameaças não faltavam, Carlos Magno, além de garantir o fortalecimento do reino para se proteger, partiu para o ataque. Seu reinado foi permeado de guerras do início ao fim e, somente em 2 anos (790 e 807), de 46 de reinado, não houve nenhum tipo de campanha militar. Para garantir o seu sucesso em guerra, Carlos Magno contava com todos os súditos possíveis. Le Goff diz que ele chegou a montar um exército de 50 mil homens, um número muito expressivo na Idade Média.

Entre todas as guerras travadas pelos carolíngios no reinado de Carlos Magno, a mais significativa foi à vitória sobre os lombardos, um povo germânico que era cristão, mas que constantemente atacava as terras da Igreja Católica. Carlos Magno, em socorro a Roma, atacou os lombardos, derrotando o rei Desidério e se autoproclamando rei dos lombardos.

A disposição de Carlos Magno para reforçar a influência do cristianismo ocorreu em outras demonstrações, como as conversões forçadas. Os que se recusavam a se converter eram mortos. Outras lutas travadas — e vencidas — por Carlos Magno ocorreram contra bretões, ávaros e saxões.

Durante essa expansão, Carlos Magno escolheu Aachen (ou Aix-la-Chapelle, em francês) para ser a capital de seu império. Lá ele ordenou a construção de um grande palácio, símbolo de seu poder. Ele tentou tornar a capital um símbolo de sua autoridade, mas essa cidade entrou em declínio depois que ele morreu.

Carlos Magno também promoveu campanhas militares na Península Ibérica, mas as dificuldades nas lutas contra muçulmanos e bascos fizeram com que ele não tivesse grandes conquistas por lá. De toda forma, as grandes conquistas de Carlos Magno e seu esforço para defender a Igreja fizeram com que Leão III o nomeasse como Imperador do Ocidente em 800.

 Decadência do Império Carolíngio

A morte de Carlos Magno aconteceu em 814 e, depois disso, o Império Carolíngio se enfraqueceu. O seu filho, Luíso Piedoso, governou o reino até 843, mas como não tinha a mesma competência de seu pai, foi enxergado como um rei fraco e que contribuiu para enfraquecer o poder da dinastia carolíngia. Depois que ele morreu, o território carolíngio se fragmentou, e o último rei carolíngio foi substituído pelas Capetos no final do século X.

 

Atividade Proposta

1.      1. O que você entende por Império Carolíngio?

         2.Quando iniciou A história do Reino dos Francos?

   3. Então, quando falamos de carolíngios, estamos, na verdade, falando de francos, um povo germânico. Assim sendo, onde esse povo se estabeleceu?

 

4.      4. “Carlos Martel foi particularmente poderoso e influente porque ele havia liderado tropas francas na luta contra os muçulmanos na Batalha de Poitiers. A vitória franca marcou o fim do avanço muçulmano na Europa”.

 A afirmação acima pode ser considerada:

 (      ) Verdadeira                       (        ) Falsa

 5.  “Para garantir o apoio dos nobres, Carlos Magno distribuía o poder e a riqueza entre esse grupo. As terras francas foram divididas em muitos condados, e a administração de cada uma dessas terras era atribuição dos condes. Essa prática de fornecer terras em troca de serviço e fidelidade deu origem à relação de suserania e vassalagem.

 A afirmação acima pode ser considerada:

 (      ) Verdadeira                       (        ) Falsa

  6.  “ Carlos Magno também buscou reforçar o seu poder por meio de uma aliança com a Igreja Católica e buscava diferenciar-se a partir da erudição. Ele incentivou consideravelmente o desenvolvimento da alfabetização e das artes em seu reino. Alguns historiadores chegam a considerar o investimento de Carlos Magno como parte de uma “renascença carolíngia”.

 A afirmação acima pode ser considerada:

 (      ) Verdadeira                       (        ) Falsa

 7.  A morte de Carlos Magno aconteceu em 814 e, depois disso, o Império Carolíngio se enfraqueceu. O seu filho, Luís, o Piedoso, governou o reino até 843, mas como não tinha a mesma competência de seu pai, foi enxergado como um rei fraco e que contribuiu para enfraquecer o poder da dinastia carolíngia”.

 A afirmação acima pode ser considerada:

 (      ) Verdadeira                       (        ) Falsa

 

segunda-feira, 27 de março de 2023

ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO FABRÍCIO — EXTREMOZ/RN — SANTA MARIA 9º ANO

 

ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO FABRÍCIO — Extremoz/RN — SANTA MARIA

Disciplina: Geografia

Tema:  Cultura e globalização

Professor: Luiz Cláudio

Série: 9º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 

As relações entre cultura e globalização perpassam pela compreensão dos meios de comunicação e pela democratização em seus usos e acessos.

 

 

O espaço geográfico encontra-se repleto de elementos próprios do processo de globalização, como as antenas de TV e celular, os meios de transporte cada vez mais modernizados, os cabos de fibra óptica, as redes (que nem sempre são visíveis, mas se fazem presentes no espaço), entre outros elementos.

Isso também acontece com a cultura. O espaço geográfico constrói suas bases em inúmeros campos e configurações (economia, política, sociedade, educação), de modo que a cultura se encontra plenamente inserida nesse contexto. Assim, observam-se as transformações das paisagens que variam do natural ao cultural, carregando ambientes constitutivos de todas as sociedades capitalistas, mas com elementos culturais locais ou regionais, que denotam a singularidade dos lugares.

Mas como podemos compreender o comportamento e as transformações da cultura na era da globalização? Como elas se expressam em um espaço social cada vez mais interligado com o global? É possível dizer que estamos passando por uma padronização cultural?

Com a Globalização, ampliaram-se as facilidades de comunicação e, consequentemente, a transmissão dos valores culturais. Assim, observa-se que as diferentes culturas e os diferentes costumes podem se interagir sem a necessidade de uma integração territorial. Entretanto, observa-se também que esse processo não se dissemina de forma igualitária, de modo que alguns centros economicamente dominantes transmitem em maior número os seus elementos culturais.

Um exemplo disso é a chamada Indústria cultural, termo criado por sociólogos no início do século XX, mas que se mantém atual. Essa indústria é capaz de gerar e controlar os padrões de comportamento e os costumes das pessoas, como as roupas, os padrões de etiqueta e comportamento, as atividades de lazer que exercem etc.

Por esse motivo, muito se fala em uma homogeneização das culturas, isto é, a padronização dos modos de ser e agir dos indivíduos com base em uma referência dominante, fazendo sucumbir os valores locais e tradicionais. Nesse sentido, muitos acusam o processo de globalização de ser um sistema perverso, uma vez que ele não se democratiza inteiramente e só atinge os setores economicamente dominantes do mundo e das sociedades.

Por outro lado, à medida que os sistemas de comunicação, informação e transporte vão elevando a sua capacidade de disseminação, observamos também a possibilidade dos costumes e valores locais se interporem aos elementos globais. Isso ocorre a partir do momento em que comunidades tradicionais ou culturas regionais conseguem disseminar e divulgar para além de suas fronteiras as suas características. Com base nessas concepções, há quem diga que a Globalização, na verdade, promove uma heterogeneização cultural.

Por fim, é necessário observar que há uma hierarquia nos sistemas de comunicação. Apesar do advento da internet e da possibilidade de expressão por parte de inúmeras pessoas, ainda algumas formas de pensamento e ideias socialmente dominantes sobrepõem-se às demais, através do uso preferencial sobre os elementos midiáticos, a exemplo do que ocorre com filmes e seriados, geralmente mantidos sob um padrão e influenciando os estereótipos comportamentais. Nesse sentido, muitos são os que afirmam que, na verdade, o que ocorre é uma hegemonização cultural na globalização.

Mas antes de tirarmos uma conclusão definitiva sobre os elementos culturais e suas transformações na mundialização das sociedades, é necessário estarmos sempre atentos aos eventos e informações, sempre com a preocupação de compreender e assimilar os fatores modernos da sociedade, sem negar ou sobrepor os valores tradicionais dela constitutivos.

 

PRATICANDO

 

1.      O espaço geográfico encontra-se repleto de quê?

 

2.      Explique o que é a chamada Indústria cultural?

 

3.      Na tua concepção a globalização propicia uma homogeneização cultural ou heterogeneização cultural?

ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO FABRÍCIO — EXTREMOZ/RN — SANTA MARIA 8º ANO

 ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO FABRÍCIO — Extremoz/RN — SANTA MARIA

Disciplina: Geografia

Tema: Dispersão da população mundial e migrações 

Professor: Luiz Cláudio

Série: 8º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 





















PRATICANDO


                  1.  O CHAMADO HOMEM MODERNO OU HOMO SAPIENS E SEUS ANCESTRAIS ESPALHARAM-SE  PELOS CONTINENTES A PARTIR DE QUE PERÍODO?

2. EXPLIQUE QUANDO OCORREM AS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS?

3. EXPLIQUE O QUE SÃO  MIGRAÇÕES INTERNAS

4.EXPLIQUE O QUE É EMIGRANTE?

5.EXPLIQUE O QUE É IMIGRANTE?











quinta-feira, 23 de março de 2023

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS 9º ANO.

 

ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — EXTREMOZ- CAPIM

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 9° ANO 

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 

 República Oligárquica

A República Oligárquica inaugurou um novo período político no Brasil, durante a Primeira República, no qual a oligarquia rural cafeeira paulista dominou o poder político.

Com a proclamação da República, em 1889, inaugurou-se um novo período na história política do Brasil: o poder político passou a ser controlado pelas oligarquias rurais, principalmente as oligarquias cafeeiras.

 

Entretanto, o controle político exercido pelas oligarquias não aconteceu logo em seguida à proclamação da República – os dois primeiros governos (1889-1894) corresponderam à chamada República da Espada, ou seja, o Brasil esteve sob o comando do exército. Marechal Deodoro da Fonseca liderou o país durante o Governo Provisório (1889-1891).

 

Após a saída de Deodoro, o Marechal Floriano Peixoto esteve à frente do governo brasileiro até 1894.

No ano de 1894, os grupos oligárquicos, principalmente a oligarquia cafeeira paulista, estavam articulando para assumir o poder e controlar a República. Os paulistas apoiaram Floriano Peixoto.

Dessa aliança surgiu o candidato eleito nas eleições de março de 1894, Prudente de Morais, filiado ao Partido Republicano Paulista (PRP).

A partir de então, o poder político brasileiro ficou restrito às oligarquias agrárias paulista e mineira, de 1894 a 1930, período conhecido como República Oligárquica.

Assim, o domínio político presidencial durante esse intervalo de tempo prevaleceu entre São Paulo e Minas Gerais, efetivando a política do café-com-leite.

Durante o governo do presidente Campo Sales (1898-1902), a República Oligárquica efetivou o que marcou fundamentalmente a Primeira República: a chamada política dos governadores, que se baseava nos acordos e alianças entre o presidente da República e os governadores de estado, que foram denominados Presidentes de estado.

Estes sempre apoiariam os candidatos fiéis ao governo federal; em troca, o governo federal nunca interferiria nas eleições locais (estaduais).

Mas, afinal, como era efetivado o apoio aos candidatos à presidência da República do governo federal pelos governadores dos estados?

Esse apoio ficou conhecido como coronelismo: o título de coronel surgiu no período imperial, mas com a proclamação da República os coronéis continuaram com o prestígio social, político e econômico que exerciam nas vizinhanças das localidades de suas propriedades rurais.

Eles eram os chefes políticos locais e exerciam o mandonismo sobre a população.

Os coronéis sempre exerceram a política de troca de favores, mantinham sob sua proteção uma enorme quantidade de afilhados políticos, em troca de obediência rígida. Geralmente, sob a tutela dos coronéis, os afilhados eram as principais articulações políticas.

Nas áreas próximas à sua propriedade rural, o coronel controlava todos os votos eleitorais a seu favor (esses locais ficaram conhecidos como “currais eleitorais”).

Nos momentos de eleições, todos os afilhados (dependentes) dos coronéis votavam no candidato que o seu padrinho (coronel) apoiava. Esse controle dos votos políticos ficou conhecido como voto de cabresto, presente durante toda a Primeira República, e foi o que manteve as oligarquias rurais no poder.

Durante a Primeira República, o mercado tinha o caráter agroexportador e o principal produto da economia brasileira era o café.

No ano de 1929, com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, a economia cafeeira brasileira enfrentou uma enorme crise, pois as grandes estocagens de café fizeram com que o preço do produto sofresse uma redução acentuada, o que ocasionou a maior crise financeira brasileira durante a Primeira República.

Na Revolução de 1930, Getúlio Vargas assumiu o poder após um golpe político que liderou juntamente com os militares brasileiros.

Os motivos do golpe foram às eleições manipuladas para presidência da República, as quais o candidato paulista Júlio Prestes havia ganhado, de forma obscura, em relação ao outro candidato, o gaúcho Getúlio Vargas, que, não aceitando a situação posta, efetivou o golpe político, acabando de vez com a República Oligárquica e com a supremacia política da oligarquia paulista e mineira.

 

 

Atividade Proposta

1.     O que foi República Oligárquica.

2.     Qual presidente civil foi eleito no Brasil  em 1894?

3.     O que aconteceu no governo Campo Sales? Comente.

4.     O que aconteceu no cenário mundial que afetou a economia brasileira?

5.     Quem assume o governo do Brasil após a revolução de 1930?

 

ESCOL A MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS 8° ANO CAPIM

 


 ESCOLA MUNICIPAL MARIA ISABEL DANTAS — Extremoz/RN — Capim

Disciplina: História

Professor: Luiz Cláudio

Série: 8º Ano

Aluno: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____________________________________________

 

Rebeliões Separatistas

Vislumbrando o processo de independência do Brasil, notamos que a busca por nossa autonomia política é bem anterior à chegada da Família Real Portuguesa, em 1808. De fato, nos tempos coloniais, presenciamos a articulação das chamadas revoltas nativistas. Sob o seu aspecto, essas primeiras rebeliões fomentam um sentimento de autonomia, mas não são claramente sustentadas de acabar definitivamente com as relações entre Brasil e Portugal.

Ao atingirmos o século XVIII, observamos que as contradições entre a colônia e a metrópole se aprofundavam de um modo diferente. Nessa época, alguns integrantes da elite econômica e intelectual da colônia se influenciaram pelas críticas fundamentadas pelo pensamento iluminista. De acordo com tal pensamento, as relações coloniais eram contaminadas por práticas autoritárias que iriam contra a defesa da liberdade dos homens.

De fato, relembrando que o século XVIII é marcado pelo auge da atividade mineradora, vemos que Portugal desenvolveu a cobrança de vários impostos abusivos e ampliou seus métodos de controle sobre a produção de riqueza no espaço colonial. Em pouco tempo, discussões secretas e panfletos misteriosos circulavam denunciando os abusos das autoridades metropolitanas e a necessidade de completa autonomia para a resolução dos problemas sociais, políticos e econômicos daquela época.

Mesmo que saindo em defesa do fim do pacto colonial, vemos que muitos participantes das rebeliões separatistas não almejavam a uma ampla transformação com a independência. Isso acontecia porque alguns separatistas compunham a elite econômica colonial e, por tal razão, não pretendiam abandonar os antigos hábitos que legitimavam sua situação econômica confortável. Sendo assim, as rebeliões separatistas não raro se aproximavam de propostas visivelmente elitistas.

A primeira das rebeliões separatistas aconteceu em Minas Gerais (Inconfidência Mineira), quando uma série de insurretos da cidade de Vila Rica, no ano de 1789, pretendia romper com as exigências portuguesas sobre a exploração da atividade mineradora. No ano de 1798, a chamada Conjuração Baiana marcou época ao abrir portas para um projeto de independência com tons mais amplos e populares. Por fim, a Revolução Pernambucana de 1817 surgiu como último levante antes do nosso processo de independência, ocorrido em 1822.

 

Inconfidência Mineira

 

A Inconfidência Mineira foi uma revolta organizada pela elite de Minas Gerais, contrariada com os altos impostos. O levante foi denunciado antes de ser deflagrado.

Inconfidência Mineira foi à revolta, de caráter republicano e separatista, organizada pela elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o domínio colonial português. Também conhecida como Conjuração Mineira, demonstrou a insatisfação local com a política fiscal praticada por Portugal. Essa revolta fracassou e teve em Tiradentes um de seus participantes mais conhecidos.

 

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

 

A Inconfidência Mineira não foi o único movimento de revolta e insatisfação dos colonos contra a Coroa portuguesa, mas, com certeza, foi um dos mais importantes — apesar de não ter sequer sido iniciado. Foi uma de muitas demonstrações de insatisfação da capitania das Minas Gerais com Portugal.

No século XVIII, Minas Gerais era a capitania mais próspera do Brasil, fruto da atividade mineradora, que trouxe riqueza e desenvolvimento para aquela região. Na década de 1750, Vila Rica, por exemplo, era uma das cidades mais populosas da América Latina, com cerca de 80 mil habitantes. Isso fazia com que a atenção de Portugal em relação a Minas Gerais fosse relativamente maior.

A relação entre colonos e a Coroa nunca foi boa, mas, ao longo do século XVIII, ela foi piorando à medida que os impostos aumentavam. Ao longo desse século, diversas revoltas aconteceram naquela capitania, e, a partir da década de 1750, a situação agravou-se porque a política fiscal de Portugal tornou-se mais rigorosa.

Na década de 1750, Portugal era administrado pelo Marquês de Pombal, e sua administração, conhecida como pombalina, impôs um aumento de impostos sobre a colônia, visando a reconstrução de Lisboa, que tinha sido destruída pelo terremoto de 1755. A continuidade de pesados impostos levou os colonos à conspiração.

 

PARTICIPANTES DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA

 

A Inconfidência Mineira foi uma realização da elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais. Tiradentes, por exemplo, foi uma exceção, uma vez que ele não pertencia à elite da capitania. Ele era militar e comandava a tropa que monitorava o Caminho Novo, estrada que ligava Rio de Janeiro a Minas Gerais.

Apesar, de ser um movimento de elite, os envolvidos, com a inconfidência eram dos mais variados ofícios, e entre os conspiradores havia membros da Igreja Católica, magnatas da região, comerciantes, fazendeiros, médicos etc.

CAUSAS DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA

 

Como citado, a razão direta que levou à conspiração foi à insatisfação com a política fiscal praticada por Portugal. Essa contrariedade sempre existiu, mas alguns acontecimentos específicos da década de 1780 fortaleceram a ideia de rebelião e levaram a elite local a organizá-la.

A conspiração que fez parte da Conjuração Mineira foi iniciada em algum momento da década de 1780 (não se sabe a data com precisão). Os envolvidos estavam insatisfeitos com os excessivos impostos e com o rigor de Portugal nessa questão, mas o que os empurrou para a rebelião foi a constatação de que a capitania poderia ser autossuficiente economicamente. Assim, planejaram transformá-la numa república independente.

A insatisfação foi transformada em ação contra Portugal, por conta das gestões de Luís da Cunha Meneses e do Visconde de Barbacena, ambos os governadores da capitania. O primeiro foi governador de Minas Gerais entre 1783 e 1788, e seu governo ficou marcado pela corrupção e pelo abuso de poder. Ainda conseguiu irritar as elites locais ao prejudicar os interesses dessas em benefício de seus amigos mais próximos.

Já Luís Antônio Faro, ou simplesmente Visconde de Barbacena, assumiu o cargo em 1788, com a instrução de alcançar a meta de 100 arrobas de ouro estipulada pela Coroa. Se necessário fosse, o visconde deveria realizar uma derrama, isto é, uma cobrança obrigatória que visava cumprir a meta citada.

Foi a possibilidade de realização de uma derrama que levou os inconfidentes (ou conjuradores) a pegarem seu plano e colocá-lo em execução. A revolta que se iniciaria em Vila Rica estava marcada para acontecer na data da derrama. A indignação foi motivada pelo fato de a derrama sobrecarregar uma capitania já cheia de impostos a pagar e que enfrentava uma crise pela redução do ouro extraído.

 

QUAIS ERAM OS PLANOS DOS INCONFIDENTES?

 

Como mencionado, os inconfidentes pensavam em iniciar sua rebelião no dia que fosse estipulada a derrama. A rebelião seria iniciada em Vila Rica e depois espalhada por toda a capitania de Minas Gerais. Para vencer pretendiam impor uma guerra de desgaste, que sangraria as finanças de Portugal, forçando-a a negociar com os colonos.

Se tivessem sucesso, pretendiam:

·         Proclamar uma república inspirada nos moldes existentes nos Estados Unidos;

·         Realizar eleições anuais;

·         Incentivar a diversificação econômica da capitania e instalar manufaturas;

·         Formar uma milícia nacional;

·         Perdoar as dívidas dos inconfidentes.

Sobre a questão do trabalho escravo não existia consenso. Alguns defendiam a abolição desse tipo de atividade, enquanto outros, sua permanência. De toda forma, essa pauta estava longe de ser prioridade dos inconfidentes. Estes também procuraram o apoio internacional, mas os franceses recusaram-se a dá-lo, e os americanos até sinalizaram algum, mas nunca tomaram medidas efetivas nesse sentido.

Os ideais que inspiravam os inconfidentes de Minas Gerais baseavam-se nas ideias políticas do Iluminismo, um movimento filosófico e artístico que inspirou transformações também na política e deu nascimento a ideias como a igualdade entre os homens. A elite de Minas Gerais teve acesso a esses ideais, principalmente na Universidade de Coimbra, em Portugal, local em que muitos dessa elite estudaram.

Além disso, o fato de Vila Rica ser uma grande cidade tornava-a um importante centro cultural em Minas Gerais, o que fazia da cidade um local que facilitava a circulação dos ideais iluministas. Uma das manifestações dos ideais iluministas em Vila Rica deu-se por meio do Arcadismo, uma escola literária da época. Um dos líderes da Inconfidência Mineira, Cláudio Manuel da Costa, foi um dos grandes nomes do arcadismo no Brasil.

 

RESULTADO DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA


A Inconfidência Mineira ficou marcada na história brasileira como uma das maiores demonstrações de insatisfação dos colonos contra a metrópole portuguesa. Essa conspiração, no entanto, nunca chegou a ser iniciada, pois foi descoberta antes de ser deflagrada. As autoridades coloniais em Minas Gerais receberam denúncias acerca de uma conspiração em curso.

No dia 18 de maio de 1789, alguns dos líderes da Inconfidência foram avisados de que sua conspiração tinha sido denunciada e que todos corriam perigo. O governador da capitania, Visconde de Barbacena, recebeu seis denúncias, e a mais consistente foi realizada por Joaquim Silvério dos Reis.

Joaquim Silvério dos Reis era um fazendeiro e dono de minas de ouro. Naquela altura (1789) estava consideravelmente endividado com as autoridades portuguesas, e, para livrar-se de suas dívidas, resolveu denunciar o movimento. Contou tudo, com grande detalhamento, dos planos dos inconfidentes.

Em posse de valiosas informações, o visconde de Barbacena ordenou a suspensão da derrama e deu início às prisões dos nomes denunciados. Em meio a prisões e interrogatórios, o julgamento estendeu-se por três anos. A leitura da sentença aconteceu no dia 18 de abril de 1792 e durou 18 horas.

As sentenças foram variadas e algumas das penas foram: degredo para a Áfricaprisão perpétua e morte por enforcamento. Tiradentes e muitos outros foram condenados à morte por enforcamento, mas, antes de execução da pena, uma carta enviada por d. Maria, rainha de Portugal, concedeu o perdão real a todos, menos a Tiradentes.

Entre todos os membros, Tiradentes era o de posição social mais humilde — ele não era membro da elite econômica de Minas Gerais. Além disso, sua função na conspiração era de extrema importância: ele era o propagandista do movimento. Por isso foi tirado como exemplo, e sua pena foi a única mantida.

Tiradentes foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, foi também esquartejado e partes do seu corpo foram colocadas na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais (Caminho Novo). Sua cabeça foi colocada em exposição na praça central de Vila Rica, atual Ouro Preto. Hoje no local existe um monumento em homenagem a esse personagem histórico.

A Inconfidência Mineira, portanto, fracassou. A denúncia levou ao desmantelamento da conspiração antes que ela fosse iniciada, e os envolvidos foram punidos, sendo Tiradentes o que recebeu a pena mais rigorosa por parte das autoridades coloniais. Essa tentativa de levante, no entanto, foi acompanhada de outros movimentos de insatisfação, sendo a Conjuração Baiana um desses de destaque.

 

Praticando Ensino-Aprendizagem

1.    O que foram as rebeliões separatistas?

 

2.    Qual a primeira rebelião separatista?

 

3.    Quais as características da Inconfidência Mineira?

 

4.    O que pretendiam os Inconfidentes de Minas Gerais?

 

5.    Quais os participantes da Inconfidência Mineira?

 

6.    Quem foi Tiradentes? Qual o seu papel na Inconfidência Mineira?

 

7.     “A Inconfidência Mineira, portanto, fracassou. A denúncia levou ao desmantelamento da conspiração antes que ela fosse iniciada, e os envolvidos foram punidos, sendo Tiradentes o que recebeu a pena mais rigorosa por parte das autoridades coloniais.”

 

           A respeito da questão “7” marcar Verdadeira ou Falsa.

(      ) Verdadeira               (       ) Falsa