A história mostra que pode levar tempo, mas que
dia chegará em que aqueles que desrespeitam a legislação internacional e
subvertem a já delicada ordem mundial terão de responder por seus crimes.
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Baby Siqueira Abrão |
Navi Pillay, alta comissária de Direitos Humanos
das Nações Unidas, advertiu nesta quinta-feira (21), em Genebra, que as
violações de direitos humanos não prescrevem. Foi um recado direto às
autoridades haitianas, que, segundo ela, “têm a obrigação de garantir que não
haja impunidade” para os “sérios crimes cometidos no passado”, durante o
governo de Jean-Claude Duvalier.
A advertência veio a propósito da retomada, ainda
esta semana, das audiências acerca desses crimes no Tribunal de Apelação de
Porto Príncipe. Navy lembrou que o direito internacional não estabelece prazo
para a punição de violações de direitos humanos considerados crimes
internacionais, como tortura, execuções extrajudiciais, desaparecimentos
forçados e rapto.
“Essas violações sistemáticas não podem ficar
impunes”, declarou ela. “Todos os haitianos que sofreram com tais abusos têm o
direito de obter justiça. Estimulo as autoridades judiciais a agir de acordo
com suas responsabilidades e assegurar às vítimas a justiça, já bastante
atrasada, que elas merecem.”
Fica o aviso para as autoridades de Israel e dos
Estados Unidos: tortura, execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e
rapto são crimes internacionais que não prescrevem.
A roda do poder é como a
roda da fortuna do tarô: gira sem parar. O apogeu é sempre seguido pela queda.
A história mostra que pode levar tempo, mas que dia chegará em que aqueles que
desrespeitam a legislação internacional e subvertem a já delicada ordem mundial
terão de responder por seus crimes.
Fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/12058
21/02/2013
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